.𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 41.

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(𝑩𝒐𝒏𝒏𝒊𝒆 𝑨𝒏𝒅𝒓𝒆𝒘𝒔 𝒏𝒂 𝑴𝒊́𝒅𝒊𝒂)
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𝐽𝑎𝑐𝑘𝑠𝑜𝑛𝑣𝑖𝑙𝑙𝑒, 23 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑟𝑐̧𝑜 𝑑𝑒 2019

Acordo sentindo o calor do quarto, ou é meu corpo entrando em choque com a mão do Jasper sobre o meu peito, que está com o sutiã.

Olho para baixo e me vejo de roupa íntima.
Eu realmente não me lembro de ter vestido essas roupas, mas nada importa.

Olho para o lado e retiro a mão do Jasper com cuidado, o afastando.
A noite de ontem vai ficar colada em minha mente e não estou disposta a esquecê-la.
Foi especial demais para deixar de lado.

Me levanto meio tonta e vejo o relógio, anunciando o meu atraso.

Trabalho!!!

Começo a correr de forma desesperada pelo quarto, a procura da minha roupa.
Capturo meu short no chão e me lembro que minha blusa está na sala.

Abro a porta em um único movimento e esbarro com o Daryl.
Eu arregalo meus olhos e solto um grito.

Ele gargalha da minha expressão e olha para o meu corpo, de forma folgada, como se estivesse em uma exposição no museu.

__ O que você está fazendo aqui? __ Digo nervosa e posicionando o short em meu corpo, tentando me esconder.

Seus olhos saem do meu corpo e encaram os meus olhos.
Eu prefiro assim, que ele olhe somente os meus olhos.

__ Eu estou na minha casa.

Ah, é claro. Esqueci desse detalhe.

Tento passar por ele e seus olhos acompanham meu movimento.
Sem destampar meu corpo, eu pego minha blusa e corro para a cozinha, o único outro cômodo que conheço.

Me visto de qualquer jeito e volto para a sala, sendo surpreendida mais uma vez pelo Daryl.

__ Cada dia que passa eu acho você ainda mais maluca.

__ Eu não fiz nada de errado.

__ Ah... mas ainda vai fazer, certeza que vai.

Procuro pela minha bolsa, encontrando-a no chão.
Me volto para o Daryl, que está com as mãos dentro do bolso.

__ Por que não gosta de mim? __ Pergunto.

__ Quem disse isso?

__ Ninguém. Só... você deixa transparecer a discórdia que tem comigo. É porque eu tirei o seu irmão da cadeia e não você?

__ Você não sabe de nada.

Olho para baixo, ajeitando meu short e depois meu cabelo.

__ Não deve ser isso. Não deve porque você não se importa nem consigo mesmo. É difícil demais para você.

Ele se aproxima de forma perigosa e quando estou prestes a me afastar, ele me puxa pelo pulso, me dando uma sacudida.
Eu não sei quem ele é ou o que ele faz da vida, tenho medo dele me machucar.

Qualquer tipo de movimento eu vou gritar.

O encaro com medo, lhe enviando meu desconforto.

__ Você vai se decepcionar. __ Ele diz.

É como uma promessa.

Me aproximo do seu rosto, ficando a alguns centímetros de distância.
Ele levanta um pouco a cabeça, com atitude e autoridade.

__ Você não vai atrapalhar os meus planos. __ Puxo meu braço com força e velocidade e saio da casa.

Cada dia que passa eu odeio mais a sua atitude.

O que eu fiz de tão ruim para ele?

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Depois de 1 hora eu passo pela catraca da Campbell e recebo o olhar de desaprovação da Janne.
Eu prefiro quando ela está bêbada, ela fica bem mais interessante.

__ Que cara horrível, Whintermore. Estava na cama de quem? __ Ela provoca.

Tentei ao máximo esconder minha olheira em casa, mas parece que não fiz um trabalho muito bom.
Por ter passado na mansão, eu estou ainda mais atrasada.

__ De um representante, é claro. Não é assim que você diz que eu consigo tratamento especial aqui?

Pego o cartão sobre o balcão e corro em direção ao elevador.

Passo em velocidade da luz pelos corredores e quase me jogo em minha porta, abrindo-a com precisão.
Sou surpreendida com a Bonnie sentada no meu sofá, de forma folgada.

Ela se levanta, com surpresa.

__ Onde você estava sua doida? __ Ela quase grita. __ O senhor Campbell estava te procurando e...

__ O SENHOR O QUE?

Eu me agito e olho para a minha roupa, vendo se está arrumada.

__ Fica tranquila, eu inventei uma desculpa. __ Ela diz de forma calma. __ Eu te liguei a manhã toda, que saco cara.

Me sento de forma calma em minha cadeira, colocando a mão sobre o peito e respirando fundo.

__ Errou o horário ou estava com coisas mais interessantes para fazer?

__ Se eu disser os dois, você vai ficar desconfiada?

Minha amiga coloca o dedo nos lábios e fica pensativa.

__ É claro que eu vou ficar.

Ela caminha pela sala, batendo seus saltos no chão.

Ela caminha até a minha mesa e se apoia em minha frente, com os cotovelos apoiados e com a cabeça inclinada em minha direção.

__ Você está alegre demais. Ou sua mudança de humor se expandiu, ou aconteceu algo. Ganhou na loteria?

__ Ganhei. __ Sussurro.

Minha amiga grita e arregala os olhos.

__ Quantos milhões?

__ Não... Não isso. É modo de falar que ganhei uma coisa boa.

__ Então você ganhou uma coisa boa?

Confirmo com a cabeça e me sinto intimidada.
Antes de dizer, eu penso nas carícias do Jasper ontem e como ele me levou as alturas. Eu realmente não estava pensando em ninguém e somente o admirando.

Meus sentimentos por ele vai muito mais além do que uma simples fascinação por ele ser ex presidiário ou pela sua história.
Eu realmente gosto dele, gosto da sua conversa, do seu jeito de tentar ser durão e do seu jeito carinhoso comigo.

Eu precisava disso, precisava de alguém que estivesse disposto a conversar comigo.
Meu último relacionamento não existia diálogo e isso me irritava pra caramba.
Não preciso de buquê de flores nem de caixas de chocolate, eu preciso dele... preciso do Jasper.

Não preciso de alguém que foi marcado por não conseguir me manter ao seu lado.
Ele pode levar seus buquês de flores para outro alguém, a garota que ele evitou conversar não mora mais no Texas, ela se mudou.

Talvez esteja na hora de aceitar, eu preciso do Jasper, eu acho que... amo ele.

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