(𝑺𝒂𝒗𝒂𝒏𝒏𝒂𝒉 𝑾𝒉𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒓𝒆 𝒏𝒂 𝑴𝒊́𝒅𝒊𝒂)
---❤︎---__ Tenho que ir. __ Ele diz nervoso e passando por mim.
Deixe ele ir, deixe ele ir, deixe ele ir.
Me viro para trás, sem saber o que dizer ou o que fazer.
__ Pensei que não se envolvesse com política. __ Digo.
Ele se vira para trás e tenho certeza que ele está tentando esconder seu pequeno sorriso.
Eu sei que ele pode ser melhor do que isso. Sei que no fundo existe um Daryl que se importa com os outros.__ Digo o mesmo sobre você. Você fez mais maluquices do que eu, tudo, envolvendo política.
__ Não interessa, aliás, o que vocês fizeram para eles? Ninguém fica estressado sem motivo.
Ele se reaproxima de mim, nitidamente desconfortável.
__ Já disse, Jasper se envolveu com a galera errada. Eram amigos dele no passado.
Faço uma cara de desconfiança e logo tento um sorriso, em seguida olho para o prédio, pensando no acerto de contas que preciso ter daqui a pouco.
Não pode ser mais adiado.
__ Eu... espero que resolva seu problema. Que vocês dois resolvam...
Começo a subir novamente os degraus e ouço o Daryl me chamando baixinho.
__ Desistiu desse espetáculo todo? __ Ele pergunta, em um tom zombeteiro.
Agora ele está zombando de mim.
__ É... sim... cansei de ser a palhaça do show.
__ Eu falei para você. Fica longe do Jasper.
Jasper me manda ficar longe do Daryl e o Daryl me manda ficar longe do Jasper.
Enquanto o mundo todo me manda ficar longe dos dois.
Ou do contrário, eu poderia me afasta dos dois.
Eu estava decidida a fazer isso, mas depois que os conheci eu vivo me esbarrando com eles.__ Eu sou patética. A verdade é essa. E o seu irmão só me provou isso. Vocês dois são iguais nesse quesito.
A expressão do Daryl se torna surpresa e ele sobe um degrau, ficando na minha altura.
Ele não aceita isso, não aceita que falem mal dele.Ele pega uma mecha do meu cabelo, brincando com a mesma.
Empurro sua mão com gentileza.__ Qual quesito?
__ Sentimentos. Vocês não ligam... __ Olho para o hospital e respiro fundo. __ Tenho que ir. Espero não me encontrar com você novamente.
Volto a subir os degraus, sem hesitar.
__ Você vai se encontrar. Você mesmo disse, você já se envolveu demais conosco.
Ele sorrir satisfeito e começa a andar em direção às ruas adiante.
É sempre assim... Ele tem sempre a última palavra.
Resmungo comigo mesma e o encaro se afastando.
Nego com a cabeça e sem mais delongas, entro no hospital.
Minha entrada é permitida e eu passo pelos corredores em alta velocidade, a procura da última sala.
Nos corredores, observo as inúmeras salas de psicólogos e salas para tratamento.Ignoro as salas de lazer e olho para o elevador, que leva para os estágios acima.
Paro em frente à sala da minha irmã e respiro fundo.
Entro na mesma e espio o lado de dentro, vendo minha irmã com seu uniforme azul claro e com alguns objetos hospitalares na mão.Ela se volta para mim e sua expressão se torna decepcionada.
Eu tento um sorriso, o sorriso que eu evito sempre, por não gostar das situações que eu uso ele.
__ Desculpa. __ É o que eu consigo dizer.
Minha irmã larga seus objetos e se senta, cruzando as pernas e os braços.
__ Você tinha razão. Eu tinha que seguir minha vida.
Tento controlar minhas lágrimas e minha irmã percebe bem. Sua expressão se torna mais confiante e chateada.
__ Ele iria te decepcionar, só queria clarear isso. __ Ela diz.
Não tenho mais nada para dizer. Tudo que tenho a falar é como o Jasper me magoou e isso não é novidade, a Montserrat tinha me alertado sobre isso.
Sorrio e abro meus braços, esperando ela vim me abraçar.
Ela continua sentada, me encarando com satisfação.__ Vai me deixar no vácuo?
Ela revira os olhos divertida e vem ao meu encontro.
Ela me abraça e depois deposita um beijo no topo da minha cabeça.__ Não devia estar se preocupando com esse cara. Não sei se você se lembra, mas você é casada. __ Ela gargalha abertamente.
Arregalo meus olhos com suas palavras. Umas palavras que ela retirou do fundo do baú.
Quando eu tinha 11 anos de idade eu me apaixonei por um garotinho muito bobinho. Ele era filho do dono da cafeteria mais badalada do Texas.
Ficamos amigos muito rápido e em nome da nossa amizade, o ensinei uma porrada de coisas necessárias. Que "bom dia" se dá acompanhado de um abraço e um beijo na bochecha. Que não há nada mais saudável para um almoço do que sanduíches e batatas fritas. Que todas as casas devem ter árvores. Que todas as plantas devem ser amadas e que bons amigos se casam.
Eu era jovem demais para saber o que era estar apaixonada de verdade.
Meses depois do nosso "casamento de mentirinha", a cafeteria foi fechada e ele foi embora, levando consigo as coisas necessárias que lhe ensinei.E mesmo ele indo embora para outra cidade... Eu... como a boa amiga que era... permaneci casada com ele!
Saio dos meus devaneios e sorrio, mostrando a minha irmã que lembrar disso está fora de cogitação.
Lhe conto sobre o que acabou de acontecer. A atitude estranha do Daryl e os caras da gravação.
Minha irmã processa tudo com uma preguiça impressionante.__ Eles estão se envolvendo com pessoas erradas novamente. Não aprendem. Uma vez errado, sempre errado.
Talvez a Montserrat esteja certa, eles não fazem parte do meu convívio social. Não falam a minha língua.
Eu nunca me envolvi em problemas e sempre corri de todos eles.
Encaro a minha irmã e sorrio.
__ Não sorrir dessa situação, pelo amor de Deus. Da última vez que você fez isso, você tirou um criminoso da cadeia. __ Ela brinca.
__ Ele não era---
__ Não importa o que ele é, San. Ele anda com criminosos, convive com eles. O que o torna diferente?
Não respondo e mantenho a resposta comigo mesma.
Tudo torna o Jasper diferente.
E cá estou eu, pensando em suas qualidades e ignorando o fato de que ele só me magoou desde quando saiu daquela merda de cadeia.
Preciso de um banho de água fria, e bem rápido.
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MÁ INFLUÊNCIA
RomanceQuais são os problemas de se apaixonar por um presidiário? Foi o que aconteceu com a doce e dedicada Savannah Whintermore, uma garota esforçada e com um futuro promissor. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela recebe uma ligação misteriosa, d...