MÁ INFLUÊNCIA

𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 25

(𝑴𝒐𝒏𝒕𝒔𝒆𝒓𝒓𝒂𝒕 𝑾𝒉𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒓𝒆 𝒏𝒂 𝑴𝒊́𝒅𝒊𝒂)
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Ele simplesmente me olha e não diz nada.

Esse papel dourado não passa de um mísero enfeite.
Poderia colocá-lo como decoração na minha mansão. Só para mim me lembrar do meu fracasso.

__ Vejo você por aí... patricinha.

Ele se afasta sem dizer mais nada e sai da minha sala.
Eu gostaria muito de jogar essa mesa na cabeça dele, mas não teria força para ergue-la.

Não tive nem a cabeça de perguntar a ele o que ele está fazendo aqui. Aposto que não é para apreciar a decoração.

Olho para o papel e o amasso, o jogando dentro do lixo.

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Ao anoitecer, depois da promoção de alguns funcionários, eu me pego olhando fixamente para o meu copo vazio, com um ar depressivo.
Eu não aguento mais ficar aqui sem fazer nada.

Assim que saí da minha sala, eu chamei a Montserrat para ir embora, mas seus planos eram outros. Ela queria se divertir na festa de comemoração.
Ela está agora gargalhando com um garoto ao seu lado, enquanto diz que está ansiosa para liberarem o salão no último andar.

O garoto sorrir para ela e cochicha algo em seu ouvido, depois se afasta.

__ Fico feliz que não estou mais segurando vela. __ Digo.

__ Não seja chata, San. É dia de festa.

__ Você disse a algumas horas atrás que a melhor coisa a se fazer era ir embora. Já se passaram 1 hora e você continua no mesmo lugar.

__ Não, gata. Você continua no mesmo lugar. __ Ela gargalha.

Olho para o garoto que estava aqui agora pouco e vejo ele conversando e sorrindo para uma loira magra e alta do outro lado do salão.

__ Você merece alguém que te proteja, mesmo que você saiba se proteger. __ Digo.

__ Eu conheço meus limites, Savannah. Eu coloco freio no amor quando é preciso. Você devia frear suas emoções também. Seu ex namorado se preocupou tanto em te agradar e acabou se esquecendo de proteger e te ajudar a controlar suas inseguranças e emoções.

Prefiro não responder. Eu sei que ela está certa. Montserrat sempre esteve, eu que nunca a ouvir.

Suas palavras são base das palavras oficiais da minha família.
Meus pais são rigorosos com os sentimentos. Eles não gostam de se magoar e sempre dizem que precisamos parar de insistir em caras que não nos protegem, ou do contrário, nós vamos sempre tentar nos proteger deles.

Minha irmã segura minha mão e aponta para o elevador, que está lotando de gente aos poucos.

As pessoas se animam com a ideia da festa no salão no último andar e correm para as escadas e para os elevadores.

Vejo que não vou sair tão cedo daqui e puxo a Montserrat em direção a escada.

__ Você está maluca? A gente só vai chegar lá amanhã. __ Ela diz nervosa e parando no meio do corredor.