𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 5

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(𝑺𝒂𝒗𝒂𝒏𝒏𝒂𝒉 𝑾𝒉𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒓𝒆 𝒏𝒂 𝑴𝒊́𝒅𝒊𝒂)
---❤︎---

Ainda presa em minha cadeira e encarando os papéis, eu não estou mais prestando atenção ao meu redor.

A porta da minha sala se abre e rapidamente o Nate passa por ela.
Vejo que ele está com uma bandeja nas mãos e sorrir divertido.

__ Estão dando sanduíche de graça na lanchonete.

Ele coloca a bandeja sobre minha mesa e aponta para o plástico.

__ Não é todo dia que isso acontece. __ Ele sorrir satisfeito.

Eu encaro o sanduíche e meu estômago rejeita.

__ Estou sem fome, literalmente.

O meu amigo se senta ao meu lado e me abraça pelo ombro.

__ Gastar sua inteligência e cérebro não vai resolver nada. Tenta relaxar.

__ Mais? Eu não consigo. O meu emprego depende disso.

__ O senhor Campbell sabe o quanto você é esforçada, ele sabe o quanto você precisa dessa vaga.

O Nate fecha meu notebook e me força a levantar.
Ele me puxa até o sofá e me faz sentar. Ele se senta ao meu lado e me aconchega em seus braços.

__ Lembra como eram as coisas na época que você se mudou? __ Ele sorrir.

__ Era divertido. Nós saímos todos os finais de semana e falávamos mal das roupas das garçonetes.

Ele confirma com a cabeça e gargalha concordando.

__ Lembro de quando o seu ex te ligou e você estava bêbada. Você fez o maior show naquele bar, xingando ele. E devo dizer, suas palavras não tinham nenhum contexto.

Suas palavras trazem recordações em minha mente.
Eu tinha acabado de chegar na Flórida e estava furiosa com meus pais e com todos. O meu ex acabou me ligando no pior momento e me lembro de ter falado várias coisas na cara dele, mas como o Nate disse, as palavras não faziam sentido.

Ele era um cara tranquilo, até demais para o meu gosto.
Um tempo antes da gente se conhecer eu senti que ele era o cara certo. Eu me apeguei a ele muito rápido. Me tornei especialista em amá-lo e no final nossa relação perdeu a graça.

As mensagens não chegavam com a mesma força de antes, parecia que todas as coisas lentas tomou posse dele. Acho que ele só queria me agradar e eu queria viver intensamente.

Sinto que falhei junto com ele, deveria ter insistido mais. Mas, realmente, o encanto sumiu.

Era tarde, eu sei, mas eu peguei o primeiro trem para longe de nós.

__ Eu acho que devia ter tentado dar outra prorrogação do empréstimo. __ Digo sem animação.

Já ciente do assunto, o Nate se levanta.

__ San, não... não faz isso. Você disse que o banco já havia dado dois adiantamentos, não é? Se não paga a hipoteca você perde a sua casa.

Ele sorrir e me estende a mão.

__ O que ela esperava? Não é sua culpa. Não pode se martirizar por isso.

Eu sorrio e abaixo a cabeça, respirando fundo.

Afasto esse assunto dos meus pensamentos e tento prestar atenção no Nate.

__ Viu a Bonnie hoje? __ Pergunto.

__ Não. Aliás, eu vou procurá-la. Antes que ela resolva desmontar seus computadores e jogar na cabeça do senhor Campbell.

O Nate deposita um beijo suave em minha bochecha e se levanta.

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