(𝑱𝒂𝒔𝒑𝒆𝒓 𝑷𝒓𝒊𝒄𝒆 𝒏𝒂 𝑴𝒊́𝒅𝒊𝒂)
---❤︎---Depois de horas reorganizado os arquivos da empresa, eu saio da sala do Leon e encaro a sala do senhor Campbell.
Bato na mesma e não obtenho resposta. Entro e vejo o senhor Campbell concentrado atrás da sua enorme máquina.
__ Eu não lhe deixei entrar, senhorita Whintermore.
Argh! O antigo senhor bonzinho da recepção sumiu pelos ares.
Resmungo e fecho a porta, batendo na mesma novamente.
Eu calculo dessa vez... já se passaram 1 minuto que estou do lado de fora, esperando sua permissão.Isso é humilhante! Ele se sente no direito de excluir e se sentir superior a todo mundo.
Isso porque ele se sente o magnata da engenharia. Já que não tem nenhuma outra empresa a altura para competir com a Campbell.Quando estou prestes a sair deste corredor, a tão esperada permissão soa de dentro da sua sala.
Entro em um único movimento e sem esperar ele dizer algo, eu me sento em sua frente.Eu continuo calada, esperando ele me olhar para começar.
O senhor Campbell levanta somente o olhar e permanece com seus olhos intensos em mim.__ Quer me dizer algo?
Sua voz é grossa, sem emoção. É como se eu fosse uma qualquer aqui dentro.
Ele tem que relevar que o que faz a empresa Campbell ser o que ela é hoje, somos nós, todos os funcionários.__ Eu sei que você quer fazer as coisas do seu jeito, mas precisa aceitar nossas ideias.
__ A sua ideia? De sair culpando meus funcionários de confiança?
De novo ele está relevando esse assunto. O assunto que imaginei que teríamos zerado.
Ele fecha seu notebook com ignorância e apoia os cotovelos sobre a mesa.
__ Sabe, Savannah...
Agora ferrou! O senhor Campbell nunca me chamou pelo nome. Eu até achava que ele não soubesse o meu nome.
__ As vezes eu penso em algumas ideias, assim como você.
__ Que tipo de ideia? __ Digo assustada.
__ A ideia de que talvez você mesma esteja encobrindo isso.
Arregalo meus olhos e me levanto extasiada.
__ O QUE? __ Aumento o tom da minha voz sem perceber. __ Está dizendo que eu fiz isso? Eu desviei os 80 mil?
__ É só uma ideia... você tem várias em mente...
Deve ser o meu desespero por esse assunto. Ele deve estar imaginando que eu esteja querendo tirar meu nome da reta.
Eu tenho acesso a conta da empresa, mas uso ela para fazer o controle, é a minha área e função nessa empresa.__ Eu só quero resolver isso. Sempre fui fiel ao meu trabalho, mesmo sabendo que posso ser de uma área maior. Nunca cogitei a ideia de passar por despercebido aqui dentro. Se eu estou fazendo isso, é para garantir meu emprego nesta empresa.
Ele não responde e apenas continua me encarando.
__ Eu trabalhei duro pra chegar até aqui e não aceito que o senhor me diga o que não sabe ao meu respeito. Sinto muito por tentar ajudar. Não farei mais isso.
Coloco minhas pastas em cima de sua mesa. As pastas de reclamações e contas de diversos clientes.
Todas resolvidas.__ Pode me demitir se quiser.
Saio da sua sala e fecho a porta atrás de mim.
Eu não preciso de ninguém pra acabar com o meu futuro, eu faço isso sozinha.
Nervosa e chateada pelo que eu acabei de fazer, eu saio da empresa.
Se o senhor Campbell levar minhas palavras a sério, eu tô no olho da rua.Onde eu estava com a cabeça de dizer aquilo?
Posso preparar meu emocional para o meu próximo encontro com ele.
Engolindo a seco as lágrimas que ameaçam a escapar dos meus olhos, eu caminho pela calçada em direção a lanchonete mais longe que conheço nessa cidade.
Não quero ser atrapalhada por ninguém.Depois de alguns longos minutos, eu avisto a lanchonete, com suas paredes vermelhas e luzes piscando no letreiro.
Entro na mesma e a porta emite um barulho.Me sento no balcão e encaro o cardápio, vendo as diversas opções de misturas de vitaminas e sucos naturais.
Uma atendente bonita dos cabelos longos para em minha frente, sorrindo.
Encaro por uma última vez o cardápio e sorrio por está prestes a experimentar uma mistura exótica.
__ Quero este. __ Aponto para o desenho do copo colorido e a atentamente anota em seu tablet.
Olho para os lados e vejo várias pessoas sentadas e conversando de forma pacífica dentro da lanchonete, enquanto outras estão concentradas na enorme televisão que está anunciando o noticiário diário.
Encaro as últimas mesas, onde as cadeiras são acolchoadas e tem um espaço maior, para clientes em grupo.
Vejo com surpresa o Jasper e o Daryl em uma das mesas, com um homem bastante esquisito.
O cara tem um olhar traiçoeiro, cabelos cacheados e uma tatuagem indecifrável em um dos braços.Volto meu corpo, ficando de costas para eles.
Que merda!
O Daryl tinha razão, nós sempre vamos nos esbarrar, querendo ou não.
Olho de forma insistente e inquietante para frente da cabine, onde é feita as vitaminas, esperando a minha ficar pronta o mais rápido possível.
A mesma atendente que me atendeu entra na cabine e sai com uma bandeja, com minha bebida e mais duas.
Sem esperar ela me entregar, eu estendo o braço e pego minha bebida, em seguida, coloco o dinheiro sobre o balcão.Quando vou me virar para sair da lanchonete, eu esbarro em uma criança que passa correndo por mim.
A garotinha dos cabelos em rabo de cavalo deixa drasticamente seu bolo de chocolate cair no chão, fazendo uma meleca.A criança olha para cima, me encarando com seus enormes olhos azuis.
Ela faz uma carinha de choro e cai em prantos, chorando na maior altura.Me abaixo ao seu lado e tento fazê-la parar de chorar, mas a criança começa a se sacudir e fazer pirraça, enquanto aponta para o doce no chão.
Seu choro irritante e cansativo ecoa por todo local, fazendo todos me encararem com desaprovação.
Ótimo! Agora eu sou a vilã.
Assim como todos, os irmãos também me encaram.
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MÁ INFLUÊNCIA
RomanceQuais são os problemas de se apaixonar por um presidiário? Foi o que aconteceu com a doce e dedicada Savannah Whintermore, uma garota esforçada e com um futuro promissor. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela recebe uma ligação misteriosa, d...