𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 51

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(𝑺𝒂𝒗𝒂𝒏𝒏𝒂𝒉 𝑾𝒉𝒊𝒏𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒓𝒆 𝒏𝒂 𝑴𝒊́𝒅𝒊𝒂)
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Começo a andar em direção a casa, sempre olhando para trás e para os lados.

Se alguém me vê aqui vai ser horrível.

Como alguém consegue morar em um ambiente sujo como esse?
Talvez eu esteja acostumada com a minha mansão organizada. É... deve ser isso.

Encaro as janelas da casa de forma assustada e tremo por completo.

Quais são as chances disso dar muito errado?

Antes de pensar em desistir, eu penso seriamente no porque aceitei isso.
Estou aqui pelo Jasper.
Tenho que me lembrar porque quis entrar nessa.

Não me importo com o que o Daryl diz, ele não sabe de nada. Fala da boca pra fora.

Vou para trás da casa e vejo a janela de um dos cômodos aberta.
Parece ser uma espécie de quarto. Vejo pela janela a enorme cama desarrumada, papéis no chão, cigarros apagados e pôsteres de bandas antigas nas paredes.

Uau... Nirvana. O dono dessa casa tem um incrível gosto musical.

Olho para além da porta, que está aberta. Vejo um corpo deitado em um sofá escuro, com os braços pendurados e cabeça meio torta para fora do sofá.

Merda!

Pensei que não teria ninguém em casa.

Meu coração bate como louco e eu encosto minhas costas na parede. Inclino a cabeça para olhar para a rua e não vejo mais o carro dos irmãos a distância.

Que grande merda...
É... essas merdas acontecem...

Eles podem ter ido para o outro lado, para vigiar ou ficar mais perto da casa.

Respiro fundo e com uma coragem que acabei de cavar, eu abro ainda mais a janela de forma bem lenta, sem desespero.

Me ergo e consigo subir na janela, colocando o corpo para dentro e conseguindo entrar sem emitir um barulho muito alto.

Olho para a sala e vejo o cara ainda deitado, sem se mexer.

Na ponta dos pés eu começo a revirar as gavetas, encontrando camisinhas, caixas de cigarro, uma pequena faca de pão e vários papéis aleatórios.
Nada muito interessante.

Vou até o guarda-roupa e o abro, o mesmo emite um barulho baixo, mas estridente.
Fecho meus olhos e faço uma careta.

Começo a retirar as roupas das gavetas e olhar por baixo de cada peça.

"Sei que eles precisam de ajuda, mas não sou a deusa que vai fazer tudo por eles".

Que mentirosa eu sou!

Olha onde eu vim parar. A algumas semana atrás eu estava oscilando dentro da minha sala, questionando sobre um erro na empresa e trabalhando como nunca, na profissão que escolhi seguir.
E agora eu estou aqui, invadindo a casa de um criminoso atrás de algo importante para uma pessoa importante.

Após vasculhar todos os cantos, eu saio do quarto e me encontro em um pequeno corredor que no final tem um banheiro, do outro lado, a porta para a cozinha e em minha frente, a sala.

Vou para a cozinha e vejo o fogão cheio de gordura, com panelas sujas em cima e uma pia lotada de vasilhas.
Começo a abrir os armários e tudo que encontro é panela, tampa e vasilha rachada.

Não tem mais nada para abrir aqui.
Olho para o corredor e vejo que terei que ir para a sala. Se não estiver lá, eu não tenho ideia de onde esteja.

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