Eu serei a Rainha | ✅

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Verão tinha escolhido um vestido vermelho vivo, pensando que assim se escondería no meio de todas, as escaladas escolheriam cor fortes e chamativas, escolher uma discreta seria entregar o jogo, estaria escondida no meio da multidão.

Sábado se abriu em um dia nublado e ventoso, em duas semanas teriam o baile de inverno, nele eram convidados pessoas conhecidas de todo o país, apostava que os país das socialites estariam ali.

O príncipe também estaria, e a rainha, com sua coroa na cabeça. Mas a rainha Luara era perdida e silenciosa... o plano, ele estava se formando e sua cabeça.

Tinha uma semana que já estava no castelo, quase não se sentia não surpresa pelo enorme banquete, quase. Era muita comida, mais comida que já viu na vida e imaginou o que as pessoas de sua cidade fariam por uma coisa dessas. Na verdade, não queria imaginar.

Depois de tantos dias, imaginou se seu pai saberia que estava no castelo, se ele tinha saído do beco onde dormia e tinha em algum momento ficado sóbrio o bastante para saber, se sua mãe minha lhe contado, não, Gabriela não contaria, ela não olharia na cara de seu pai, o que ele fez...

"Imperdoável"

Uma coisa que a animava era que Maya não tinha sido afastada, talvez fosse por conta da cesta que viria, mas de qualquer jeito isso fez Mariana ficar vermelha de raiva. Gostava disso, de ver uma pessoa que tem tudo não conseguir o que quer.

Mas naquela noite, era a festa das populares, o baile de gala, seu vestido era parecido com o do primeiro jantar, branco e liso com as bordas entalhadas em ramos dourados, nos pulsos e nos pés. Se vestiu no quarto de Marina, Mariana não estava lá, provavelmente no quarto de Madson. Eram muitos nomes com "M"!

As duas meninas se vestiram e riram, mais rir do que conseguir se arrumar, apenas parando quando uma criada fingia tossir para que elas se lembrassem que tinham que estar prontas até as sete.

E lá estavam elas, duas princesas, a juventude e beleza aparente em seus rostos.

Seguiram pelo corredor, estava vazio, como sempre as últimas, mas não importava, a festa não tinha começado.

— Sabe — Marina passava os dedos pelo papel da parede, parecendo gratificada pelo alto-relevo — As vezes eu sinto que somos apenas figurantes nessa competição. São sempre entre as influentes que ganham, somos apenas para a contentação do povo.

— Uma peça. Você... não acha que pode ganhar.

— Qual é Verão. Eu sou perfeita, não preciso dinheiro para ganhar essa droga — Sua ironia era o que Verão mais gostava dela — Eu como escaladas no café da manhã.

— Credo, teve ser gosto de plásticos aquelas Barbies duras — Era diferente, talvez nunca tinha se deixado ser tão feliz, talvez estivesse tão enterrada em deixar seu irmão bem que esqueceu de perguntar se ela estava bem.

E não estava, só não conseguia admitir, não queria admitir por que sua dor não era nada ao lado da vida de merda que João teria. Mas doía, todos os dias, vendo o roxo embaixo dos olhos de sua mãe, vendo seu pai bebado caído em algum lugar, ver seu irmão que não podia nem sair de casa que logo ficaria doente.

Não se permitia chorar, não, tinha que aguentar, as mulheres Yo são guerreiras, elas lutam com tudo que tem por sua família e sabia que conseguiria aquela coroa, por que não deixaria que fizessem nada e se mesmo assim Tiago atacasse, ela o mataria, o mataria apenas por pensar em tocar em seu irmão. E mataria todos que viessem depois dele.

— Seu rosto — Disse Marina que não tinha percebido como a encarava — As vezes você fica seria, distante.

— Desculpa.