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O castelo era enorme, nas vezes seguintes Serena não desgrudou os olhos de Penélope. Sua criada ficou vermelha como um pimentão quando viu o príncipe na porta do ateliê.

— Obrigada — Agradeceu as duas meninas ao futuro rei.

Ele olhou para Serena, para os olhos cinzentos e sua pele sem cor, tão branca que poderia ser sido papel, por isso "Serena", a cor da paz, a cor da serenidade.

— Espero poder te ver no futuro — Ele sorriu, dentes brancos e retos, as covinhas surgiram em suas bochechas — Até mais senhorita Guimarães.

— Até mais alteza — Ficou olhando conforme ele começava a sumir no corredor, vendo como suas costas era retas e seus ombros e braços eram fortes de um moto tão gracioso, como o terno se encaixava em seu corpo e como seus olhos eram vivos.

Porra Serena! Seu namorado acabou de morrer! E você já está dando uma de vadia?

Não, isso não era nada, Samuel era apenas um menino, toda a cordialidade era por ele ser um príncipe. Respeito, apenas isso.

Nada nunca acontecer, ela provavelmente nem o veria novamente, é isso a deixava triste, era um rosto muito bonito para não poder ver de novo.

Penélope limpou a garganta as suas costas.

— Isso é proibido — Sussurrou nervosa.

— É? Ninguém me falou... — Olhou mais uma vez, o corredor estava vazio.

— Entre, eu lhe conto as regras.

Aquela noite dormiu melhor, a tarde foi cheia, quase não teve tempo para pensar em Gustavo e quando viu estava realmente sem vontade de pensar. Era como se nada tivesse mudado. Como se o amor nunca tivesse estado ali.

Serena não entendia e ninguém tinha as respostas para ela.

Sonhou com a risada de Samuel. Não sabia porque isso tinha a marcado tanto, mas era engraçado ver um rosto que era tão sério na televisão rindo.

— Acho que foi bom ter te encontrado — Disse o príncipe caminhando com as mãos no bolso ao seu lado naquela tarde.

— Por que?

— Fazia tempo que eu não conversava com alguém assim.

— A gente só está andando a cinco minutos — Ela tapou o risinho.

— Mesmo assim — Ele a olhou, amava quando ele fazia isso, parecia ver dentro dela — Valeu a pena.

Então o outro dia veio, o dia em que todas iria chegar. Não estaria mais sozinha, tomou o café sem se importar com o silêncio do local, na verdade seu mente estava barulhenta no lugar disso.

— Tu não sabe andar de bicicleta? — Perguntou a Samuel, Samuel, ele não se incomodou por ela o chamar assim — O que fez na infância.

— Eu tinha muitas aulas, mas eu sei andar a cavalo.

— Hmm. Nunca vi um cavalo — Pensou um pouco — Mas meu tio tinha uma vaca, eu montava nela.

Depois disso tudo que falavam acabava em risadas.

Então os portões abriram e ela pode ouvir todas as vozes se colocando sobre as outras.

Então os portões abriram e ela pode ouvir todas as vozes se colocando sobre as outras

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