Epílogo

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ROMANCES MENSAIS

LIVRO XI – MEMÓRIAS DE NOVEMBRO

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EPÍLOGO

A noite estava fria e uma camada grossa de neve cobria toda a cidade. Para todo lugar que olhasse, era possível ver os enfeites de Natal, lembrando das festas de fim de ano que se aproximavam. Dentro do apartamento de Steve não era muito diferente. Apesar de terem chegado a Hawkins há somente três dias, havia sido o suficiente para que as crianças se empolgassem em cuidar da decoração natalina junto a Felicity, Oliver e toda a família Barton.

Sentada ao lado da lareira, Peggy observava Kayla fazendo chamada de vídeo com Peter, enquanto Alex brincava com Liz no sofá da sala. Steve estava terminando de se arrumar, já que a tarefa se tornou mais complicada com o braço quebrado. O ambiente trazia um conforto inexplicável a Peggy. Era como se sua vida tivesse finalmente entrado nos trilhos.

Sorrindo ao ouvir as gargalhadas de Liz, a mulher relembra de como sua vida tinha mudado drasticamente em tão pouco tempo. Do dia para a noite, ela deixou de ser uma mulher solitária, que vivia para o trabalho e se tornou uma mãe de família dedicada, que não consegue mais ver sua vida sem ser ao lado das três crianças que sugam todo o seu tempo livre e quase a fazem ir a loucura.

Depois da morte de Schmidt, Steve e Peggy decidiram retornar para Hawkins. Apesar de amarem Beaufort, sua família e amigos estavam em sua cidade natal. Também havia o fato de que Steve precisava retornar para o seu posto como CEO da The Avangers. Mesmo Tony tomando de conta dos negócios enquanto ele esteve fora, o homem não achava certo deixar toda a responsabilidade da empresa de sua família nas mãos do amigo que já tinha que lidar com as Indústrias Stark e com suas missões como agente da CIA.

Então, assim que recebeu a alta do hospital e que conseguiu o encaminhamento escolar de Kayla e Alex para se matricularem em uma das escolas de Hawkins, eles fizeram as malas e retornaram para a cidade onde tudo começou. Ainda era difícil para Kayla andar nas ruas onde morou e sofreu por anos, mas ter o apoio de sua família ajudava a amenizar os traumas, que aos poucos estavam se tornando apenas lembranças de momentos do passado que felizmente não voltariam mais.

Kayla finalmente encontrou a felicidade. Ela tinha um pai amoroso e ciumento, uma mãe carinhosa e confiável, irmãos que ela amava como se compartilhassem do mesmo sangue e um namorado gentil, divertido e que a fazia sentir borboletas na barriga e o coração bater forte em seu peito, mesmo que eles estivessem há milhares de quilômetros de distância.

No fim, mesmo com todas as inseguranças que sentiam, Kayla e Peter resolveram dar uma chance aos seus sentimentos e começaram a namorar. Não era fácil lidar com a distância e ainda tinha o fato de Peter estar na época da entrega dos trabalhos finais e das últimas provas do ano. Mas eles estavam resistindo a dor da saudade. Eles só precisavam suportar apenas mais um mês para finalmente voltarem a ficar juntos.

Isso porque depois de ver o quanto Peter fazia bem a filha e querendo ver a felicidade de sua menina, Steve teve que dar o braço a torcer e pedir a ajuda de Clint, que sensibilizado pelas histórias de vida de Kayla e Peter, acabou encontrando uma forma de pegar o criminoso que vinha ameaçando a segurança do garoto. Agora só precisava que as aulas de Peter chegasse ao fim para pedir a transferência do garoto para Hawkins, onde iria morar com Clint em sua mansão.

Peggy sorri ainda mais ao pensar o quanto era grata ao excêntrico e bilionário amigo. Clint não havia apenas cuidado para que Peter pudesse finalmente se libertar do programa de proteção a testemunhas, como também havia oferecido seu lar ao garoto e ainda estava ajudando no processo de adoção de Kayla, Alex e Liz.

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