ROMANCES MENSAIS
LIVRO XI – MEMÓRIAS DE NOVEMBRO
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CAPÍTULO XV - ADOLESCÊNCIA
Eu me sentia uma adolescente novamente, rindo sem motivo nenhum aparente, enquanto Steve me conduzia pelo salão ao ritmo de uma música country qualquer. Ele também não estava muito diferente. Seus olhos expressavam aquele brilho genuíno de felicidade, que aquecia meu coração e me fazia lembrar com alegria de sua declaração.
Ele me rodava e me abraçava, fazendo questão de roubar vários beijos. Não que eu me incomodasse. Na verdade, estava adorando me sentir como uma jovem de quinze anos saindo pela primeira vez com o namorado para se divertir. Nós recebíamos alguns olhares divertidos, outros repreendedores, provavelmente incomodados com a bagunça que fazíamos, enquanto dançávamos e riamos como dois loucos.
Mas muitos desses olhares eram de admiração, afinal, para todos os efeitos, nós estamos casados há quinze anos e temos três filhos. Eles também pareciam felizes em ver como nós nos divertíamos sem nos importarmos com o que os outros pensariam. Era como se um novo mundo tivesse se revelado diante de nós.
E quando a música divertida chegou ao fim, decidimos que precisávamos sentar um pouco e beber alguma coisa para recuperar as energias. Depois de termos nos declarado, permanecemos mais algum tempo aos beijos no depósito do salão de festa até decidir que não poderíamos continuar fugindo da festa e continuar namorando no escuro de um depósito as escondidas como dois adolescentes. Se nos pegassem naquele lugar, definitivamente teríamos problemas.
Assim, quando retornamos para o salão de festas, a energia romântica do local parece ter aflorado e nos contagiado ainda mais, por não resistimos a vontade de dançar e brincar como se não houvesse um amanhã. Como se não tivéssemos que voltar para casa cedo, porque três adoráveis crianças estão nos esperando.
- Eu vou pegar uma bebida para nós. – Avisa Steve, assim que retornamos para a nossa mesa. Ele estava suado e ofegante, mas ainda era o homem bonito que eu já vi em toda a minha vida.
- Tudo bem. Obrigada. – Agradeço e recebo um beijo doce em meus lábios antes dele se afastar para ir ao bar do outro lado do salão.
Observo-o de longe, não conseguindo controlar o sorriso idiota em meus lábios. Há quanto tempo eu não me sentia tão feliz e completa como eu me sentia nesse momento? Provavelmente eu nunca me senti assim antes. Era uma mistura de adrenalina, entusiasmo e insanidade. Uma gama de emoções mexia com minha cabeça e o meu desejo era gritar para o mundo inteiro o quanto eu amo Steve Rogers.
De repente, sinto um olhar intenso sobre mim. Buscando a fonte de meu desconforto, meus olhos percorrem todos os pontos visíveis do salão, até que tenho a impressão de ter visto Johann Schmidt me encarando com um sorriso perigoso nos lábios no outro lado do salão. Levanto-me de uma vez e diversos casais acabam atrapalhando meu campo de visão. Quando volto a enxergar o lugar onde eu havia visto o homem, não há sinal algum de que ele em algum momento esteve lá.
Continuo a procurar pelo assassino, até que sinto a mão de alguém em meu ombro. Pulo assustada e levo a mão ao peito, suspirando aliviada ao ver que apenas se tratava de Steve. Ele me encara preocupado e segurava duas taças de ponche em mãos.
- O que houve? Você está pálida. – Comenta Steve, colocando as taças sobre a mesa. Volto a encarar em volta, procurando por Schmidt, mas não o encontro em lugar algum.
- Nada. Eu acho... acho que apenas confundi uma pessoa. Não foi nada. – Garanto, forçando um sorriso.
- Você tem certeza? – Pergunta Steve, preocupado.
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Memórias de Novembro
Hayran KurguAs únicas certezas de que Peggy Carter tinha em sua vida era que poderia confiar sempre em seus instintos e que era a única pessoa que sabia todos os segredos de Steve Rogers, afinal eram amigos desde o jardim de infância e esteve ao lado dele em to...