Feliz ano novo, meus amores lindes.
Postando hoje pois amanhã meu dia será corrido e eu não terei tempo para fazê-lo.
Como de costume, não me matem.
Me digam o que estão achando, por favor.
Boa leitura
Beijos, Anna
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Lara Katherine
Três incansáveis dias haviam se passado desde que eu recebi aquele maldito telefonema. Três dias que a minha vida tinha virado de cabeça para baixo. Não comi mais do que duas refeições durante esses dias e mal dormi tampouco. Minha namorada estava desacordada ainda, com a cabeça enfaixada e o rosto totalmente pálido. Parecia não estar mais ali, parecia um cadáver e este pensamento me assustava.
Haley havia sofrido um acidente na volta para casa, o ônibus que ela estava bateu contra a barreira da ponte após o motorista perder o controle do veículo e bater diretamente contra o concreto. Por sorte a barreira segurou o ônibus e não o deixou cair para o mar. Mas, minha namorada bateu a cabeça com tanta força no vidro, que apagou na hora e teve que ser arrastada para fora.
Seus livros e pertences foram queimados devido o fogo que havia sido criado com a batida. Os bombeiros ainda não sabem dizer como o veículo não explodiu ou algo do tipo, se isso tivesse acontecido, ela estaria morta agora.
Eu não conseguia ir as aulas, só passava o dia todo no hospital que eu acordei no dia que a minha mãe levou o tiro. Bárbara havia providenciado este detalhe. A mãe da Haley compareu algumas vezes no hospital, seu pai não veio nenhuma sequer. O papo com a minha sogra foi bem curto, só para explicar o estado da sua filha e saudações educadas. Eu passava o dia todo naquele hospital, naquele quarto e já nem ligava mais para o cheiro de remédio e morte que aquele lugar tinha.
Segurava a sua mão totalmente gélida e chorava todo o líquido que tinha no meu corpo. Eu não sei o que farei se ela não acordar. Seu quadro não era um dos piores, mas também não era o melhor. Ela não teve um traumatismo crâniano, mas mesmo assim não melhora. Se ela estivesse acordada, seria mais fácil para que o médico a ajudasse, que a curasse. Mas, com ela desacordada, era um tiro no escuro tudo o que eles faziam.
Depois do segundo dia, eu passei a colocar música no meu telefone, pois não aguentava mais o som da máquina que monitorava os seus batimentos cardíacos. Eles estavam me deixando completamente louca.
As meninas que faziam parte das líderes de torcida, a visitavam por alguns minutos após a escola. Rick passava aqui também, mas ele ficava toda a tarde e parte da noite. Me passava a matéria e repetia várias vezes enquanto me abraçava que iria ficar tudo bem.
- Eu te amo, cabelo espetado. - Rick sorri fraco com o apelido e me abraça fortemente.
- Eu também te amo, Larinha. - Uma lágrima escorre do meu rosto e eu o solto para poder me sentar novamente. Senti minha visão ficar escura e a feição preocupada do meu melhor amigo. - Você está bem ?
- Sim, só a... só a minha visã que ficou turva. - Rick olha para a bandeja onde continha o meu susposto almoço, aquele que eu não toquei.
- Você precisa comer, Katherine.
- Não tenho fome.
- Eu não perguntei se você tinha fome, falei que precisa comer. - Rick se levantou e pegou na minha mão, forçando-me a levantar e apoiar-me no seu ombro. - Vamos até a lanchonete e pegar alguma coisa para você comer, já que essa gororoba ai já está fria. - Eu até iria argumentar, mas sabia que de nada adiantaria. Deixei o quarto com um aperto no coração, não queria sair de perto da minha namorada, pois sabia que ela iria acordar e eu queria estar lá neste momento.

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Azul Oceano - Barbarena
RomanceAos 14 anos Bárbara López e sua família sofreram um grave acidente de avião, com a queda da aeronave Bárbara e sua irmã mais nova, Mariana, perderam o pai e a mãe. Seu pai era dono da maior empresa do México, a L-Corp. Nessa trágica noite, uma menin...