Rafael II

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Macarena Achaga

Depois da ligação da Bárbara eu automaticamente entrei em desespero, eu já havia chegado na delegacia e estava descendo da moto quando atendi o telefone. Imediatamente eu chamei o policial e duas viaturas da polícia estavam me seguindo até a casa da Bárbara, eu estava preocupada não só com ela, com a minha filha também, se eu chegar lá e qualquer uma das duas estiver ferida eu realmente não sei o que irei fazer. Estávamos a mais ou menos um minuto e meio da casa dela e a única coisa que eu fazia era pedir para todos os Deuses possíveis para que elas estivessem bem.

Faltava passar pela ponte e ai sim eu conseguiria chegar em sua casa, mas devido a chuva ela estava fechada. Paro a moto e tiro o capacete indo correndo até o flanelinha que estava ali.

- Moço a gente precisa passar. - Falo apontando para os carros da polícia que também estavam parados.

- A ponte está fechada senhora. - Ele diz iluminando a barragem com a lanterna.

- Eu sei, mas eu sou da polícia e preciso que você permita o nosso acesso, por favor. - Ele acente com a cabeça e puxa a barragem de madeira para o lado, subo na moto novamente e continuo em direção para a casa da Bárbara.

Chegamos na frente da casa e escutamos um tiro.

- Vamos! - Grito passando pelo portão aberto e quase me jogando da moto, um policial me entrega uma pistola e nós formamos a posição envolta da porta. - Um, dois, três. - Faço a contagem antes de chutar a porta que se abre. Escutamos vozes e mais um tiro. - Esquadrão A, comigo, esquadrão B verifica aqui em baixo. - Separo quatro policiais para vir comigo e quatro para procurar por alguém aqui. O esquadrão B passa por nós indo na frente e verificando se tem alguém na parte de baixo da casa, mas não tinha ninguém.

- Ninguém senhora. - Um dos policias fala ao me olhar.

- Então venham comigo, eles estão lá em cima. - Vou na frente com os outros policiais a minha volta e atrás de mim. Subimos degrau por degrau até chegar no segundo andar da casa. - Tem uma cozinha e uma sala de jogos aqui em cima, esquadrão B se separe em dois e verifiquem esses locais, eles ficam desse lado. - Aponto para o lado esquerdo do corredor. - Esquedrão A, ficamos com os quartos, agora vamos, avisem algo pelo rádio. - Falo mostrando o rádio que o policial me entregou junto com a arma.

- Sim senhora. - Os quatro agentes vão para o lado esquerdo e eu com os outro quatro policiais vamos para a direção dos quartos.

A primeira porta era o escritório da Bárbara, um policial entrou e olhou em volta.

- Limpo! - Ele fala assim que entra. A próxima porta era o quarto da Bárbara. O mesmo agente entra. - Limpo!

- Eles tem que estar aqui, faltam apenas três portas, um banheiro e dois quartos. - Quando eu termino de falar um homem aparece na nossa direção e atira, o tiro pega de raspão no meu braço me fazendo virar o corpo para o lado, o policial que estava atrás de mim atira no homem e me puxa para trás.

- Devia estar com um colete, senhora.

- Não tenho tempo... - Falo pressionando o ferimento. - Para isso, agora vamos continuar. - Os tiros começaram a ser trocados dos dois lados, dos policiais e dos bandidos. - Vai, e fala para o esquadrão abrir caminho assim que eu chegar atrás. - Ele assente com a cabeça. Olho para cima ( já que eu estava no meio da escada ) vejo um policial caído, e os outros espalhados, estavam se escondendo na escada e voltavam para atirar mais, um no quarto da Bárbara e outro no escritório. Vou até o final da escada e conto até três com os dedos, dois policias abrem caminho para mim e eu passo atirando até chegar na porta do quarto da Bárbara. - Me cobre que eu vou até o banheiro. - Falo para o policial e faço a mesma contagem de antes para passar. Ao passar atiro em outro homem o fazendo cair no chão, um tiro certeiro no coração e ele caí. Quando chego na porta do banheiro vejo um corpo caído dentro do quarto da Mariana.

Azul Oceano - BarbarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora