Certain Things

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Obrigada pelos 4.1K, vocês são um máximo! 

Boa leitura.

Beijos, Anna

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Macarena Achaga


Estávamos fazendo check-in na recepção do hotel na Grécia, enquanto eu e Bárbara cuidávamos de todos os trâmites do hotel, minha filha tirava fotos de todo o hall do hotel, gravava os seus pés enquanto andava e o mais importante, estava sorrindo. Eu consegui fazer ela sorrir um pouco lá no Canadá, mas vê-la sorrindo assim é mais gratificante ainda.

- Obrigada. - Bárbara diz pegando as duas chaves dos quartos e se virando para mim. - Acho que a viagem fez bem para ela. - Ela diz enquanto se apoiava no meu braço.

- Está fazendo, acho que é tudo novo e ela tirou um pouco a Haley da cabeça.

- Eu gostei da Haley, tomara que elas se acertem logo.

- Eu dou um mês depois que as aulas delas voltarem. - Falo olhando para Bárbara quase que pendurada no meu ombro.

- Eu dou duas semanas. - Apertamos nossas mãos e fomos caminhando até minha filha. Bárbara joga as chaves na sua direção e Kate as pega no ar, no final ela sorri confiante.

- Eu achei que ficaria de vela de noite, mas parece que não. - Minha filha fala balançando as chaves na altura do seu rosto.

- É o quarto do lado do nosso, não ache que vai conseguir fugir de noite para ir na piscina. - Falo cruzando os braços.

- Sabe que na varanda tem piscina, não sabe ? - Kate fala erguendo uma das sobrancelhas.

- Sei, e da nossa varanda, temos um perfeita visão da sua.

- Ah qual é, mãe. Confia em mim. - Minha filha diz vindo até mim e me abraçando.

- Da última vez que me disse isto, tive que te buscar no banco da delegacia. - Bárbara levanta a cabeça e ergue a sobrancelha olhando para mim e minha filha. - Conte para ela a proeza que você fez para me aparecer na delegacia as três da tarde.

- Bom, eu e alguns amigos dos Estados Unidos estávamos tomando sorvete em um esquimó perto de uma avenida, aí meus amigos decidiram jogar sorvete na avenida, onde estavam passando os carros. - Vejo Bárbara negar com a cabeça. - E quando eu joguei, pegou no vidro de um carro e o homem que estava dirigindo quase bateu o carro, então ele estacionou no acostamento e olhou para nós. Quando ele nos viu, desceu correndo o barranco e começou a ir atrás da gente, alguns amigos meus correram para o shopping, quando eu fui perceber, era só eu na rua correndo do homem que não parava de correr atrás de mim. Então eu corri até a delegacia que ficava a cinco quadras.

- Me ligaram porque ela estava chorando e tendo uma crise de riso ao mesmo tempo que chorava. - Bárbara trava uma risada na garganta e para disfarçar pigarreia.

- Um homem me perseguiu. - Kate diz colocando a mochila nas costas enquanto nós nos dirigíamos até o elevador.

- Você jogou sorvete no para-brisa dele, Lara Ketherine. - Minha filha sorri e se encosta na parede de metal, a outra mulher ao meu lado mexia em algo no seu telefone. Por fim as portas se abriram e nós caminhamos pelo corredor até os nossos quartos. - Esse é o seu. - Aponto para uma das portas olhando para a Kate. - Este, é o meu com a Bárbara. - Aponto para a outra porta na frente da que eu havia acabado de indicar.

- Achei que você conseguia ver a minha varanda da sua.

- Consigo com isto. - Ergo as chaves que estavam no meu bolso, tinham duas no molho. Uma do meu quarto e outra do quarto dela. - Mas eu sei que não vou precisar delas, só vou ficar porque, sabe, você me conhece.

Azul Oceano - BarbarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora