Cinco Dias (RABIA)

[BÔNUS]

BUUU! 👻

Bom, antes de mais nada: FELIZ ANO NOVO, minhas surtadinhas e surtadinhos de quem eu sinto tanta falta!

De resto, será que tem alguém aí ainda?

Eu vou amar se tiver, mas isso não importa tanto, porque, na verdade, eu trouxe esse [BÔNUS] hoje para quem gosta o suficiente para ainda estar aqui.

O impulso de escrevê-lo teve início na noite de Natal, quando duas amigas queridas do grupo Rafika estavam precisando de um reforço de positividade naquela noite e, infelizmente, a única moeda de troca que eu tinha era prometer que, se elas se animassem, eu postaria um "Mimo" de Cinco Dias.

Como elas "colaboraram", só me restava cumprir. E eu sou boa cumpridora de promessas.

Beijo, Grupo Rafika!

Quando passou esse impulso inicial, é claro, eu me enchi de alegria com a hipótese de também alegrar as pessoas que vez ou outra eu ainda vejo na tl suspirando por Cinco Dias e a possibilidade de um mimo.

Fui escrevendo de pouquinho em pouquinho, todos os dias das minhas férias, sem me pressionar e sem tornar o processo desgastante e, quando cheguei ao final, deu nisso aqui:

17,5K palavras.

Nunca houve um capítulo em Cinco Dias desse tamanho, então, com imenso carinho do mundo, eu espero que gostem e se entretenham mais um pouco com as nossas meninas! :)

-----

PARIS, 3 DEZEMBRO DE 2021:

Fazia muito frio nas primeiras horas daquela manhã de sexta-feira, do tipo que poucos minutinhos de exposição externa seriam suficientes a desencadear a quase dormência que, espalhando-se pelo corpo inteiro gelado, milagrosa e contraditoriamente teria a força necessária a anestesiar o incômodo.

Esse era o contexto externo, é verdade, mas ali dentro o cenário não poderia ser mais caloroso e acolhedor.

Sentindo o peso de um edredom de tecido nobre e aconchegante envolvendo seu corpo, Rafaella abriu os olhos vagarosamente e o sorriso foi automático quando ela também se deu conta do peso extra de um par de pernas jogadas sobre as suas.

Mordeu o lábio e girou o rosto para a direita para injetar de uma vez sua dose de alívio diário, porque era mesmo alívio que ela sentia a cada manhã acordando ao lado de Bianca.

Era uma manhã importante em muitos níveis por toda a expectativa com as atividades do dia, mas que estava começando ainda mais especial pelo cenário e pela reminiscência preciosa que aquela posição da namorada sempre lhe traria.

Afinal, havia sido exatamente assim que Rafa tinha acordado pela primeira vez na cama da carioca, depois da primeira noite delas juntas: com Bia esparramada ao seu lado e as pernas jogadas sobre as suas.

Tal qual naquela manhã de um ano e meio antes, Rafaella girou o corpo com cuidado para ficar de lado e passou a encarar o semblante adormecido de Bianca.

Perdeu-se um tempo nas lembranças daqueles primeiros dias lendários; sentiu-se a detentora de toda a sorte do mundo por se sentirem tão à vontade uma com a outra desde os primeiros momentos delas juntas; divagou tanto que, quando se deu conta, só o que a prendia era mesmo a simetria perfeita do rosto de seu amor.