Eterno Talvez ~ Aidan Gallagher

Não deixa ela ir

*S/n pov*

Acordei e abri meus olhos levemente, olhei para os lados e Aidan não estava ali. Aquilo me despertou e me fez pensar na merda que eu fiz, o que eu estava pensando que ele iria fazer? Me dar um beijo de bom dia e café na cama? QUE BURRA! Ele é um babaca, mas que estúpida que eu fui.
Levantei rapidamente e fui para o banheiro tomar um banho. No chuveiro  eu começei a relembrar a noite de ontem, aquilo foi incrível. Foi a primeira vez que consegui ter um orgasmo.
Eu só transei uma vez, que foi horrível. Liam fez questão de tirar minha virgindade e depois disso me largou. Foi puro sofrimento, ele ficava basicamente me cobrando aquilo.
Aidan me fez ir do céu ao inferno ontem, mas hoje me jogou um balde de água fria ao fugir. O que custava ele pelo menos ter avisado que iria sair?
Ele é um babaca, egocêntrico e um completo ridículo. Eu cometi o erro de cair em suas mãos, mas eu não vou me abalar e rastejar por ele como as outras fazem. 
As aulas voltariam amanhã e eu só pensava no quanto eu não estava preparada para olhar para cara dele novamente.
Sai dos meus devaneios e desci para tomar café.

- Bom dia filha - Minha mãe deu um beijo na minha testa.

- Bom dia mãe - Sorri para a mesma.

- É, bom dia né S/n - Nicolas fala me olhando estranho.

Franzi o cenho para o mesmo e ele negou com a cabeça, depois me uns segundos minha mãe saiu da cozinha.

- Eu ouvi tudo de ontem a noite - Nicolas fala enquanto cortava o bolo.

Naquele momento eu senti minhas bochechas se esquentarem mas permaneci firme.

- Ouviu o que? - Me fiz de desentendida.

- Você sabe muito bem, o seu quarto é do lado do meu, sua sorte é que a mamãe não ouviu - Ele me encarou - Eu não vou contar para ela por que você nunca contou as minhas merdas.

- Obrigada, e eu me arrependo, não vai acontecer denovo. JURO - Dei ênfase no juro.

- Não conto se ao menos me dizer quem foi - Filho da puta, o olhei incrédula.

- Foi... Aidan - Disse baixinho.

- Porra, você foi mais uma das vítimas. Eu imaginei que fosse ele mesmo.

- É, eu sei. Mas vou cortar meus laços com ele e pronto - Disse firme.

- Já que você diz, força guerreira.

O dia passou rápido e nenhuma mensagem de Aidan. Eu sei que sou uma idiota por ainda esperar uma mensagem, mas eu não conseguia controlar. Toda hora parece que consigo sentir os seus toques, o seu cheiro, seu gosto. Eu acho que estou ficando maluca!

*Aidan pov*

Depois de chegar em casa, entrei no meu quarto e voltei a dormir. A acordei às 14:00 horas da tarde e estava acabado. Desci para comer e vi minha mãe chorando no balcão da cozinha.

- Oi - Disse dando um beijo na sua cabeça.

- Oi meu filho, onde vc estava? - Perguntou enchugando as lágrimas.

- Por ai, mas relaxa que fiz nada de errado - Analisei os papéis em suas mãos, eram do divórcio - Assina mãe, ele não te faz bem. Ele não para em casa, vai saber por onde ele está agora.

- Eu sei filho, só é difícil. É uma vida inteira - A abraçei - Quando você encontrar alguém que você se sinta acolhido, que você se sinta bem, não deixe ela ir.

Aquilo fez meu coração apertar, ver minha mãe daquele jeito. Pensar que eu tive uma atitude parecida com S/n essa manhã, faz eu me sentir um covarde. Mas ela merece coisa melhor, ela quer sentimentos a mais, e isso é algo que não posso dar para ela e não quero.
A nossa transa é demais, isso é o que tenho para oferecer.
Ela não me mandou mensagem o dia todo, eu me esqueço que ela não é como as outras que imploram por mais na cara dura.
Não mandei mensagem para não parecer que quero algo a mais, eu não vou enganar ela dizendo que quero algo a mais sendo que não quero. Não vou enganar ela só para tirar proveito, se ela quiser vai saber de que é sem compromisso.

O dia passou rápido e amanhã era dia de aula.

No dia seguinte

Acordei cedo e me arrumei, subi na minha moto e dei partida rumo a escola. O corredor estava uma loucura, então fui direto para sala de história.   S/n já estava lá sorridente com Camila e Luiz, porém quando me viu sua cara se fechou e voltou a olhar para seus amigos que ficaram sem entender.
Eu não iria falar com ela, se ela está brava por uma coisa que ela também quis fazer não é culpa minha, não a prometi nada.
Com o passar do dia S/n ainda não tinha falado comigo e nem olhava na minha cara. Aquilo já estava me incomodando.
Chegamos na última aula, era de artes e eu me lembrei que hoje era a apresentação do vídeo. O nosso era o primeiro. Aquilo me deixou um tanto desconfortável, mas me soltei na cadeira e assisti o resultado final, não tinhamos visto com a edição.
Quando chegou nas partes em que eu e S/n encenavamos juntos, nós trocamos olhares estranhos, olhar de desejo mas também revolta. O resto da turma ficou de boca aberta e uns gritaram no beijo.

- Depois dessa com certeza rolou algo, eu não teria resistido - Um garoto moreno gritou do fundo, aquilo me encheu de ódio.

- Cala boca arrombado - Gritei de volta e finalmente o vídeo acabou.

- Ta falando o que em? Não conseguiu e ta estressadinho? - Ele e seus amigos riram.

S/n se levantou e saiu da sala, olhei para a professora e ela sinalizou um "vai".

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