CAPÍTULO 01

27.6K 774 309
                                    

Olá, querido leitor. Você está lendo uma obra que não foi escrita por mim, isso somente é uma adaptação (autorizada) pra uma versão Renato Garcia. Créditos estão dados devidamente na descrição.

Boa leitura.

______________________________________________

As pessoas abriam caminho quando eu passava pelo corredor. Me olhavam como se tivessem vergonha de si mesmos, e aquilo me incomodava. Não fiz nada para merecer toda aquela atenção, não sei qual é o motivo de eu tê-la.

Mas tenho certeza que não é por causa do meu cabelo louro ou meus olhos azuis, isso já não está tão na moda assim, hoje em dia você precisa de algo a mais para chamar a atenção.

Sempre tive muitos amigos. Desde o primeiro dia que estudei nesta escola, consegui fazer amizade com um grande número de pessoas, e acho que foi um dos motivos por me tornar tão popular como sou hoje. Mas não fiz nada além disso para merecê-la.

Antigamente, as pessoas gostavam muito de mim. Mas como nem tudo na vida é um rio de rosas, muitas fofocas acabaram surgindo na boca do povo, e mentiras absurdas eram ditas sobre mim, o que me fez ser um pouco mais grossa com as pessoas do que antes, e isso aumentou o número de pessoas que me odeiam.

Mas aquilo estava afetando minha saúde mental, não havia como continuar com aqueles comentários horríveis que estavam dizendo.

Mesmo que exista muitas pessoas que não gostam de mim, todas elas me seguem. E não sei se é por inveja, ódio, ou porque estão enganando elas mesmas, mas me tornei ainda mais conhecida depois que comecei a me proteger.

As aulas acabaram de voltar, e esse é o primeiro dia depois de meses de férias. Eu ainda não estou acostumada acordar cedo novamente, mas isso não me impede de me maquiar ao menos um pouco. Até porque, eu ganhei o status de popular, e não quero arruina-lo. Não vou mentir, gosto muito disso.

Vou para a sala da minha primeira aula, que é literatura, e me sento em uma das primeiras cadeiras. Nenhuma das minhas amigas mais próximas fazem essa aula comigo, então eu mexo no celular enquanto espero a aula começar.

- Bom dia alunos, - o professor Wilson diz ao entrar na sala. - Antes de começar a aula, gostaria de apresentar o novo aluno da escola para vocês. Este é o Garcia. - Ele aponta para o aluno que se sentou na última cadeira da sala.

Ele está de cara fechada e com uma jaqueta de couro velha, que aposto que era de seu pai, pelo estado que se encontra. Garcia não fala nada, nem da moral ao professor, e torna o clima da sala mais estranho que deveria.

- Você não quer se apresentar sr. Garcia? - O professor Wilson pergunta, mas o novato apenas rola os olhos e cruza os braços. - Bom, parece que o dia do nosso motoqueiro não está tão bom, - o professor brinca tentando amenizar o clima estranho dentro da sala.

Ele então da continuidade a aula, mas eu não consigo olhar para frente, meus olhos permanecem no aluno novo que se encontra de mal com a vida.

Ele tem cabelos pretos, assim como o resto de sua vestimenta. O cabelo tampa um pouco seu rosto, então não consigo ver seus olhos, mas posso jurar que sinto seu cheiro daqui. Eu quase chego a fechar meus olhos para que sinta com mais intensidade, até que seu rosto se vira até mim. Ele me olha como se estivesse me avisando sobre algo, mas não diz nada, e por algum motivo não desvio o olhar.

- Sra. Lush, - ouço alguém me chamando, mas não ligo, até que o novato para de olhar para mim. - Sra. Lush! Eu te fiz uma pergunta, onde você estava com a cabeça? - É o professor. Me viro para frente rapidamente e tento recompor minha postura.

- Sim? Me desculpa professor, ainda estou em clima de férias, você pode repetir? - Digo tentando disfarçar o fato de que fiquei completamente hipnotizada por Garcia.

Um aluno logo atrás de mim levanta a mão, e o professor da a palavra a ele.

- Diego já vai falar, - ele diz.

Passo o resto da aula escondendo minha vergonha da turma inteira, principalmente do aluno novo. Isso nunca havia acontecido antes.

O tempo não demora muito para passar, e logo estou sentada em uma mesa do refeitório almoçando com meus amigos.

- Jess, Jess, - minha amiga Melissa me chama desesperadamente.

- O que foi?

- Você já viu o aluno novo? - Ela pergunta, e aponta para ele com a cabeça.

Olho para o lado, e o vejo entrando no refeitório, e se sentando na mesa mais vazia do lugar. Agora consigo ver seus olhos, que são extremamente penetrantes, capazes de hipnotizar qualquer um, então eu não tenho culpa neste aspecto, mesmo que não tenha conseguido ver seus olhos naquela hora.

- Sim, nós fazemos aula de literatura juntos, - digo despreocupadamente. - Porque? Gostou dele?

- Você não? - Ela diz como se o fato dele ser bonito fosse óbvio. - Fiquei sabendo que ele foi expulso de outra escola, por isso que está aqui. E isso é ainda mais excitante.

- Bom, ele não é grande coisa, já vi alguns mais bonitos.

- Então por favor, me apresente, porque faz tempo que eu não conheço alguém assim. - Ela olha para ele como se fosse devora-lo aqui mesmo.

- Porque não vai até ele? O apresente a escola, - digo empurrando seu ombro na direção dele. - Se é que você me entende.

Ela ri e junta coragem para ir falar com ele. Melissa é muito bonita, seus olhos são pretos, e seus cabelos são cor de mel, ela tem cílios de dar inveja, e um corpo maravilhoso. Ela com certeza pode ter quem quiser.

A observo ir na direção dele, mas Jay atrapalha minha visão.

- Oi meu amor, - ele me cumprimenta me dando um selinho. - Estava com saudade. - Antes que eu possa falar algo, sua língua está dentro da minha boca mais rápido do que eu poderia contar.

Olho de relance para Garcia e Melissa, e vejo que ele está olhando para mim, então capricho no beijo que estou dando em Jay. O agarro com força e passo minhas mãos no cabelo dele o puxando para perto de mim. Jay passa a mão pelas minhas costas e vai descendo, e quando chega na minha bunda, eu me solto dele.

Olho para Jay, que está bronzeado por ter ido à praia. Ele está parecendo um típico surfista, mesmo que não surfe. Qualquer pessoa que olhasse para ele, iria ver seus olhos verdes e seu cabelo loiro mais comprido que o normal, e já iria saber que morava na Costa.

- Eu também, - digo com um sorriso malicioso. Olho novamente para o novato, que continua me observando, mesmo que Melissa esteja enchendo os ouvidos dele de palavras.

Volto a atenção para o meu almoço, e tento esquecer o que acabou de acontecer. Não sei porque estou fazendo isso, tenho um namorado extremamente atraente, que me ama e me respeita. Porque estou dando atenção para um menino que foi expulso de uma escola?

Diga meu nome | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora