Jess
Fiquei o resto do final de semana inteiro sem ver Garcia. Meus pais me prenderam em casa durante o final de semana inteiro, com 100% de vigilância para que eu não o veja, e eu nem entendi direito o porquê de isso tudo estar acontecendo. Algo que aconteceu tão de repente.
Entendo que meus pais e o pai do Garcia provavelmente vão demorar no mínimo alguns meses até voltarem a se olharem na cara novamente, porque pelo que Garcia me disse por mensagem, - quando meu celular ainda não tinha sido confiscado - o Sr. Garcia está guardando quilos e quilos de mágoas e arrependimento por ter feito o contrato, e Renato diz que ele está colocando a culpa inteira nos meus pais, mas sei que eles não são os culpados. Contratos dão errado direto, relações dão errados toda hora, não importa se são profissionais ou pessoais. Tudo pode dar errado em alguma hora, mas a agonia e a mágoa de saber que eles levaram o que deu errado com eles até nós, apenas cresce dentro de mim.
Como eles poderiam fazer isso? Como poderiam nos afastar com argumentos tão inválidos assim? Isso pode parecer o justo ou o certo a se fazer para eles, para não chega nem perto disso.
Na segunda feira, recebo inúmeras ordens sobre horário e sobre quem devo conversar, como: volte cedo pra casa, logo depois da escola, não vá atrás dele, a não ser que seja para dizer que tudo acabou entre vocês, não insista, você sabe que isso não vai acabar bem, estamos fazendo o que é melhor pra você, sabe disso, não queremos que sofra no futuro, as vezes a dor pode ser evitada. E mais outras palavras e regras que se repetiram constantemente neste final de semana. Mas é claro que não vou seguir essas regras inúteis que eles impõem para mim. A regra que sei que devo respeitar - para as coisas não ficarem mil vezes piores do que já estão agora - é o horário, mas as outras são apenas inúteis, sei que essas palavras não servem para mim, não quando tenho tanta certeza do que quero, que no momento é a única coisa de que tenho certeza. Eu e Garcia.
Meu pai me deixa na escola, com medo que eu vá para outro lugar ao invés de ir para lá, mas a escola atualmente é o único lugar que poderei ver Garcia, e não faço ideia do que iremos fazer sobre isso.
O silêncio no carro se estendeu durante o caminho todo. Estou furiosa com eles por me obrigarem a fazer essas coisas que apenas me deixam mais infeliz, então não me importo em ficar sem falar com eles por até mesmo semanas. Não enquanto eles continuarem me tratando como uma prisioneira.
Logo depois que saio do carro, com frieza, entro no colégio e encontro o corredor lotado, como sempre.
Procuro Garcia pelo andar inteiro, mas não consigo encontrá-lo. O que eu mais quero agora é conversar com ele. Quero beija-lo e abraçá-lo e ouvir dos seus ouvidos que ele tem um plano, ou que, com o tempo, tudo vai ficar bem, mas ele não está aqui.
- Oi, - diz Jasmim, aparecendo de surpresa na minha frente.
- Olá, - retribuo, a dando um abraço. - Como foi o final de semana?
- Ah, você sabe, fiquei fazendo os meus vários nadas de sempre. Mas até que são divertidos, mas você deve sabe disso, ninguém faz nada neste mundo. É por isso que não me sinto culpada.
- E o pior é que você não está errada. Bem... mais ou menos.
Ela balança os ombro e faz uma careta. Sorrio para ela e continuo procurando por Garcia.
Preciso admitir, por dentro não estou nada bem. Por mais que esteja sorrindo para ela constantemente, tudo que posso encontrar dentro de mim é preocupação é angústia com o que pode acontecer agora, mas é injusto descarregar isso tudo em cima da Jasmim, quem eu não conheço há uma semana direito.
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Diga meu nome | Renato Garcia (Concluída)
FanfictionJess tem quase tudo o que quer. Dinheiro, popularidade, beleza, e um namorado maravilhoso, mas o que ela mais deseja não está ao seu alcance. Garcia é amado por todas na escola, e seu jeito bruto e sincero deixa claro que não quer que ninguém se int...