CAPÍTULO 62

4K 243 95
                                    

Garcia

Me sentia completo, estava com ela. Com a Jess, estava beijando e abraçando a Jess sabendo que eu estava seguro para me abrir para ela, para contar a ela até os meus pensamentos mais íntimos, e sabendo que, com sorte, ela também se sentia assim em relação a mim. Eu a tinha, ela me tinha.

Me sinto como a pessoa mais leve do mundo. Agora que estou com ela, que tomei coragem para falar que gosto dela, para dizer a ela que eu também quero ela tanto quanto ela me quer, agora me sinto completo, mesmo que o mundo esteja girando e o tempo passando, o tempo parou para mim, para nós. Estou aqui.

Ela me olha com os olhos mais brilhantes do que o modesto brilho do sol, e seu sorriso, desta vez, transmite tudo o que ela sente dentro dela, e pela primeira vez, tenha a impressão de que estou começando a entendê-la. E talvez a entender até a mim mesmo.

Seus lábios encontram os meus novamente, e não quero me separar deles, não quero me separar dela. A abraço forte contra o meu corpo e a prendo entre meus braços. Ela fica na ponta dos pés para alcançar a minha boca, e para facilitar seu trabalho, eu a agarro pelas coxas e a seguro no meu colo.

Não sei se este é o momento certo para nós fazermos isso, mas não vou conseguir ficar mais tempo longe dela, estou com muita saudade. Já fiquei tempo demais sem ao menos falar com ela. Talvez aquilo não tenha sido uma eternidade, mas para mim foi mais do que suficiente, e não quero que aquilo aconteça de novo.

Estamos em perfeita sintonia. Nossos corpos, nossas bocas, nossos sentimentos. Tudo, TUDO. Nada pode estragar isso agora, não vou permitir que nada estrague isso. Essa adrenalina, essa coisa que faz meu coração bater mais rápido.

Jess passa as mãos pelo meu cabelo e pressiona seu corpo junto ao meu. Eu a levo em direção a cama e a deito com cuidado, me posicionando em cima dela.

- Você quer fazer isso? - Pergunto como confirmação para ela, que se encontra completamente inquieta e impaciente.

Mas neste segundo ela para e olha para os meus olhos, os descansando no fundo dos meus. Ela passa a mão pelo meu rosto e passa o polegar pelos meus lábios, como se os estudasse antes de fazer a parte prática. Então com um sorriso, diz:

- Isso é diferente, estou sentindo coisas diferentes, Garcia. Isso não vai ser como das outras vezes, eu sei disso, mas também quero saber como será. Então sim, quero fazer isso agora.

Eu não respondo com palavras, mas sim com um sorriso sincero e um beijo ardente. Coloco minhas mãos no rosto dela e a puxo para mim, puxo sua boca para a minha.

Mas Jess, com um movimento rápido e engenhoso, nos faz girar e mudar de posição. Ela fica por cima de mim, sentada no meu colo e me deixa deitado na cama. Eu observo seus movimentos e suas mãos, que movem do meu peito até a barra da sua blusa.

Ao puxar a blusa para cima, ela morde os lábios e sorri ao mesmo tempo. Jess joga a blusa no chão e vira a cabeça de lado, me observando, me pedindo para eu tirar a minha blusa também. Mas fico concentrado em seus seios, fico hipnotizado por eles. Coloco a mão em seus seios, por cima só seu sutiã e tento me levantar um pouco para beijar-los, mas ela coloca a mão no meu peito e começa a puxar a minha blusa para cima.

- Não seja injusto, agora é a sua vez, - diz ela.

- Como quiser, - respondo.

Tiro minha blusa e a jogo para o lado. Então movo meus dedos até o fecho do sutiã dela, mas antes de o abrir, olho para ela pensando sua permissão, porque aparentemente é a Jess que manda em tudo aqui.

- Como quiser, - diz ela.


Sorrio e desabotoo seu sutiã já o tirando do corpo dela, criando uma deslumbrante paisagem da sua frente nua.

- Você é perfeita, - comento.

- Não minta para mim, - responde em tom brincalhão. Mas não tenho tempo de dizer mais alguma coisa, sua boca logo vem ao meu encontro.

Jess preenche minha boca com a sua língua, dando voltas e a deliciando da maneira mais sensual que já vi. Ela de fato era perfeita, e não importa o que os outros digam.

Enquanto me beija, ela desce suas mãos até a minha calça e começa a retirar o cinto. E antes que eu possa contar até três, minha calça já está fora do meu corpo. A sinto fazendo pressão no meu pau, me deixando mais duro ainda, me deixando ainda mais louco por ela.

Então percebo, agora eu estava completamente nu e a Jess estava parcialmente vestida. Isso não era justo para mim.

Faço a mesma manobra que ela e a deixo debaixo de mim. Ela solta uma breve gargalhada e coloca suas pernas em volta de mim com suavidade.

- Você é esperto, - comenta.

- Eu já ia dizer isso sobre você.

Com um gesto rápido, tiro sua saia e a sua calcinha do seu corpo, me permitindo ver o paraíso.

Antes de fazer qualquer coisa, observo seu corpo como se fosse a obra de arte mais cara da história, a mais bela e a mais preciosa, até que percebo que isso é verdade.

- Garcia, - ela chama. - Acho que já enrolamos demais. Venha cá.

Ela me puxa e me faz deitar sobre ela. Pego suas mãos e as seguro acima de sua cabeça. Ela estava certa, já enrolamos demais. Um segundo antes de penetra-la, dou-lhe um selinho macio e solto uma risadinha. O estranho é que de todas as outras obras de artes, ela me escolheu, o mero faxineiro do museu, mas talvez aquele que mais aprecie a arte. Ou pelo menos é o que eu vou fazer de agora em diante, algo que eu já deveria ter feito a muito tempo.

Quando entro nela, um gemido baixo sai de sua boca. Também solto respirações pesadas e lentas, me encantando por a beleza de seus sons e do seu sabor. Não podia parar de olhar para ela, para o modo que reagia a mim, a nós dois juntos. A invadia com cuidado e com lentidão, aproveitando cada centímetro e cada segundo.

Suas pernas novamente davam a volta pela minha cintura, me permitindo mais abertura. Eu soltava gemidos baixos, um atrás do outro, e ela também. Nossos sons se tornaram em música instantaneamente, e os dois juntos soavam perfeitamente. Da maneira mais bagunçada possível, mas do nosso jeito. Aquela era a nossa música.

Energia. Adrenalina. Prazer. Paixão. Vicio. Conexão. Instabilidade. Medo.

Tudo corria pelo meu corpo. Jess estava certa, isso era diferente. Por mais que todas as esse que nós estávamos juntos eu sentia isso, ainda sim era diferente, tinha algo a mais, e era isso que permitia que tudo isso ficasse junto.

Ela joga o pescoço para trás e acelera o movimento dos quadris. O move ainda ainda mais rápido, assim como eu. Seus braços continuam presos acima de sua cabeça, sem poder se mexer, e sinto que é isso que está a matando, mas também é o que está fazendo ela amar isso ainda mais.

Sua boca se abre, a voz sai, mas logo se cala novamente. Ela está perto, eu estou perto.

Estamos em silêncio. Agora nossas bocas juntas é quem fazem som, nossas línguas juntas, nossos corpos juntos.

Estou suado, e ela também. Seus seios são pressionados contra o meu corpo, os sinto detalhadamente ao encostarem na minha pele, sinto todo o seu corpo.

Toda a energia se concentra nos nossos olhos. Ela olha pra mim e me encara, eu também a encaro, e por um momento sinto que vou explodir. Jess vai me fazer explodir.

Eu começo a dar estocadas mais profundas. A cada vez que eu entro nela é um novo gemido. Um gemido meu, um dela. Nós enchemos o quarto de música.

Então eu explodo, ela me faz explodir, mas ela também explode.

Continuo em cima dela, sem saber direito o que fazer agora, mas sinto que não preciso saber o que fazer agora, porque de alguma forma, isso é natural.

Depois de alguns minutos em silêncio, abraçados, Jess olha para mim e beija minha bochecha. Eu abro meus olhos que estavam previamente fechados e me dou conta de que estou com ela. Então a seguro ainda mais forte entre meus braços e beijo cada canto do seu rosto.

- Se levante, vamos fazer alguma coisa, - digo. - Quero passar o resto do dia com você.

— — —
+30

Diga meu nome | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora