Diga meu nome | Renato Garcia (Concluída)

CAPÍTULO 42

Garcia

Eu podia ver as meninas treinando no ginásio, mas não tenho certeza se elas conseguiram me ver no campo. Entrei para o time há alguns dias, e hoje os treinos começaram. Achei estranho por eles terem começado tão tarde, mas talvez eu entenda o motivo, já que a seleção para escolher os jogadores nem sempre é rápida.

O nosso treino terminou um pouco depois do delas, e quando estamos indo para o vestuário, vejo Jess andando pelo corredor com a sua roupa de líder de torcida. Alguns meninos a encaram e assoviam para ela, mas ela não parece ter gostado nada daquilo.

Ela está segurando sua bolsa, provavelmente deve ter esquecido na quadra e voltou para pegar. Jess entra novamente no vestiário feminino e fecha a porta com pressa. E pelo tempo que elas terminaram o treino, o vestuário deve estar vazio.

Quando todos os meninos já entraram para se trocar, eu saio no corredor e vou até o trocador das mulheres, rezando para não estar ninguém mais lá além da Jess.

Abro a porta devagar. Não vejo ninguém, nem mesmo Jess, mas consigo ouvi-la. Dou alguns passos silenciosos e fecho a porta sem fazer muito barulho.

Então entro entre os armários e a vejo sentada de costas para mim, tirando seu tênis.

- Espero que ainda não tenha tomado banho, - digo, e acabo a assustando. - Porque você está prestes a ficar suada.

Jess olha para mim surpresa e ao mesmo tempo com um olhar malicioso, mas seu rosto logo fica sério.

- O que você está fazendo aqui? Você não pode entrar aqui. Alguém te viu? - Ela pergunta vindo até mim.

- Voce não ouviu o que eu acabei de dizer?

- Eu ainda estou brava com você. - Jess dá alguns passos para trás e coloca seus tênis em cima do banco.

- Brava? Porque?

- Não se lembra? Por você se intrometer em assuntos que não são da sua conta, - ela diz, mais rápido do que eu poderia adivinhar.

- Me intrometer? Vocês estavam falando de mim, e isso é da minha conta.

- Mesmo assim, - ela responde baixo, e realmente parece chateada.

- O que aconteceu? - Pergunto com a voz mais preocupada do que o esperado.

Jess não diz nada. Ela olha para mim com a cabeça levemente pendida para o lado, então suas sobrancelhas ficam com uma expressão curiosa, e seus lábios abrem um pequeno sorriso, mas vejo que não está entendo o que quer que seja que esteja passando pela sua mente.

- Espera, o que você está fazendo com essa roupa? Agora está no time? - Ela pergunta vindo até mim.

- Não queria, mas isso nos dá muitas vantagens, - digo. - Agora vou poder faltar mais.

- É claro que é por isso que você está jogando.

- E o que tem de errado nisso?

Jess dá mais um passo. Ela fica logo diante de mim, com uma mão em cima do meu uniforme, então olha para cima, para os meus olhos, e sorri.

- Nada, nada de errado, - ela responde. - Na verdade, esse uniforme fica bem em você.

Como assim ela está me elogiando? O que está acontecendo com a gente? Não estamos brigando, não estamos falando alto um com outro como normalmente fazemos. Quando ela falou que estava brava comigo, eu estava esperando gritos, mas não isso.

Sem pensar duas vezes, eu agarro sua cintura e junto seu corpo no meu em um movimento rápido. Jess respira fundo com o segundo susto que dei nela e me encara, apenas esperando.

- Esse uniforme também fica bem em você, mas ainda prefiro quanto você não está vestindo nada, - digo, então puxo seu rosto para perto do meu e a beijo.

Jess se rende nos meus braços e me beija saborosamente.

- Me convenceu, - ela diz, logo antes de passar as mãos pelo meu pescoço e suas pernas ao redor do meu corpo.

Eu a apoio na parede e começo a tirar a minha blusa e minha calça.

Jess tira sua saia, mas continua com a blusa vermelha justa no seu corpo.

- Quer saber, assim está ótimo, - ela diz puxando meu rosto ao seu pescoço. - Não temos muito tempo.

Eu a beijo e a acaricio com meus dedos. Jess solta um gemido e morde minha orelha, pressionando ainda mais seu corpo contra o meu, o que também me faz gemer.

- Vá logo Garcia, antes que alguém chegue, - ela diz.

- Está com pressa, Jess? Você não consegue mais esperar? - Eu rio. - Desde quando você está esperando por isso?

Coloco a ponta dos meus dedos dentro ela, e Jess me segura forte.

- Você ama fazer isso, não ama?

- Meu passatempo favorito, - respondo a beijando lentamente.

Então eu a solto e pego uma camisinha nas minhas roupas no chão. Enquanto Jess se deita em um dos bancos, eu visto a camisinha e vou até ela.

Me posiciono em cima dela e sinto suas mãos passando por mim.

- Está pronta? - Pergunto.

Ela faz que sim com a cabeça e me beija.

Enquanto nos beijamos, eu a penetro lentamente, e a ouço gemer na minha boca. Minha respiração fica mais pesada e ofegante conforme eu me movimento dentro dela. Jess me segura de uma forma que me impeça de me afastar dela, mas essa é a última coisa que eu quero fazer agora. Ela prende nossos corpo juntos e os mantêm grudados, roçando um contra o outro.

Alguns minutos depois já estamos suando, e começo a aumentar a velocidade das estocadas.

Nós não paramos de nos beijar nem por um segundo, o que me faz me sentir tão vivo que me faz querer fica desse jeito para sempre. Seus quadris se movem junto aos meus, e o nosso ritmo se encaixa perfeitamente um no outro, sempre intensos.

Eu interrompo nosso beijo para tirar dela a blusa que ela ainda está vestindo. Quero senti-la totalmente, e não quero que o toque dos nossos corpos seja limitado por um pedaço de tecido.

Quando tiro sua blusa, seus seios saltam como se me cumprimentassem. Não consigo prender o sorriso que escapa dos meus lábios. Jess percebe e morde os lábios, de alguma forma, isso a deixou ainda mais excitada.

- Você gosta deles? - Ela pergunta maliciosamente.

- São perfeitos, - respondo.

Eu os aperto em minhas mãos e volto a beija-la.

Quando o ritmo começa a se intensificar, assim como nossos gemidos quentes, Jess olha para mim do mesmo jeito que eu olho pra ela, e nós dois sabemos o que isso significa. Eu gozo, e dois segundos depois chega a vez dela.

Eu recupero o fôlego e saio de cima dela. Jess está completamente molhada, tanto de suor como de outras substâncias deliciosas, e isso a deixa ainda mais gostosa.

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