Capítulo 11

139 15 6
                                    

Eu tenho aula de Sociologia e Inglês na parte da manhã.
Anahi não está em qualquer uma dessas classes, mas Maite está e Alfonso está na classe de Inglês, mas ele se senta no fundo da sala com seus amigos e não diz uma palavra a mim. Eu não me importo.
Eu meio que espero que ele me ignore todo o semestre.
Ser ignorada parece ser o tema do dia. Ninguém diz uma palavra para mim, exceto meus professores.

Até o almoço, onde eu finalmente vejo um rosto familiar.
Anahi e eu carregamos as bandejas com alimentos e encontramos
uma mesa vazia no canto da sala. Ninguém nos olha. É como se Any e eu não existíssemos.

- Tudo certo. Então me diga mais sobre os Uckermann. - Depois de um tempo em silêncio, me sinto na obrigação de perguntar, eu cheguei à conclusão, que eu preciso me armar com munição contra eles.

- Oh não, não me diga que você já tem tesão por um deles.

- Aí credo. Nunca. - Eu me forço a não pensar sobre a maneira que meu coração acelera sempre que vejo Christopher von Uckermann. Eu só posso estar louca, caramba. Ele é um idiota e eu não quero ter nada a ver com ele. - Eu só quero saber o que estou enfrentando.

- Ok. Bem. Eu já lhe disse sobre Alfonso e Carla. Um gêmeo tem uma namorada, o outro é um vagabundo como seus irmãos mais velhos. Christopher, eu não sei sobre ele. Metade das garotas nesta escola afirma ter dormido com ele, mas quem sabe se isso é verdade. Apenas uma que eu sei com certeza é a amiga de Angelique, Belinda.

- O que mais? Escândalos? Rumores?

- Tudo bem... O que mais... a mãe morreu há um tempo atrás. - Anahi abaixa a voz. - De overdose.

Minha respiração trava.

- Sério?
- Sim. Saiu em todos os noticiários e em todos os jornais.

Apesar de tudo, meu coração dói pelos Uckermann. Toda vez que Victor a menciona de passagem, tristeza enche os olhos, o que me diz que ele realmente a amava.
Pergunto-me se ela estava perto de seus filhos e de repente me sinto realmente mal pelos meninos. Ninguém deveria ter que perder a sua mãe.

Desde que eu soube o que Anahi sabia sobre eles, eu mudo de assunto e conto a ela sobre meu novo emprego e conversamos até o sinal tocar.

Nós seguimos para a sala da minha aula de química. Trocamos nossos números no almoço, e ela promete enviar um texto mais tarde, com os babados.
Quando eu entro no laboratório de química, eu tento não olhar para os outros alunos, mas logo notei Alfonso em uma das mesas. Ele é o único aluno sem ninguém sentado ao lado dele. Merda.
Isso não é bom.

Oh alegria. Abafo um suspiro e vou para a mesa de Alfonso, onde largo minha mochila sob a mesa e sento na cadeira ao lado dele. Ele não parece feliz em me ver.
- Porra. - ele murmura.

- Ei, não olhe para mim. - murmuro de volta. - Não tive escolhe a não ser fazer dupla com você.

- Claro que não.

No segundo que o sinal toca, corro até meu armário para pegar meu livro da próxima aula.
Infelizmente, Angelique Portilla e suas amigas estão na esquina, antes que eu possa alcançar o meu armário.
As quatro param de sorrir quando me notam.

Eu ignoro-as quando eu alcanço meu armário e giro a combinação da
fechadura. Mais duas aulas e o inferno acaba.

Estou aliviada quando destrava na primeira tentativa. Então a porta do armário abre facilmente e uma montanha de lixo cai.
Escuto risos atrás de mim, e eu fecho meus olhos, desejando que o calor no meu rosto diminua.
Não quero que saibam que essa confusão fedorenta de lixo aos meus pés me afetou de alguma forma.
Eu não vou chorar.

Los caminos de la vida - vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora