Capítulo 32 (Último da primeira parte)

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Horas depois do testamento, estou deitada na minha cama tentando processar tudo que aconteceu hoje.

- Meu pai disse para lhe dar espaço. Então, dei duas horas. Mas isso agora acabou. Fala comigo, amor. - Chris chega no quarto, sentando em minha cama.

Eu enterro meu rosto em seu pescoço.

- Eu não me sinto pronta para falar.

- O que aconteceu com os advogados? Meu pai não diz nada.

Ele está determinado a me fazer falar, caramba. Gemendo, eu sento-me e encontro o seu olhar preocupado.

- Eu sou uma multimilionária, - eu deixo escapar. - Eu estou pirando agora. Estou falando sério! Que diabo é que eu vou fazer com esse dinheiro?, - eu lamento.

- Invista. Dê para a caridade. Gaste-o. - Chris me puxa para ele novamente. - Você pode fazer o que quiser.

- Eu... não mereço isso. - E a próxima coisa que eu sei, é que todas as minhas emoções correm para a superfície.

Conto a ele sobre a leitura, e a reação de Diana, e minha percepção de que Fernando realmente me considerava sua filha, embora ele nunca tenha me conhecido.
Chris não comenta nada, nem uma vez durante meu discurso e eu percebo, que é isso que eu queria dele. Eu não preciso de conselhos ou garantias, eu só preciso alguém para ouvir.

Quando eu finalmente me tranquilizo, ele faz algo ainda melhor, ele me beija, longo e profundo, e a força de seu corpo pressionado contra o meu, alivia a ansiedade em meu peito.
Seus lábios viajam ao longo do meu pescoço até a linha da minha mandíbula no meu rosto. Cada beijo faz eu me apaixonar mais por ele. É um sentimento terrível, e se aloja na minha garganta e desencadeia a vontade de correr.
Eu nunca amei ninguém antes. O que eu estou sentindo agora é... me consome.
É quente e dolorido e poderoso e é em todos os lugares, transbordando em meu coração, pulsando em meu sangue.
Christopher von Uckermann está dentro de mim. Figurativamente, mas eu preciso que seja literalmente, também. Eu preciso dele e eu vou tê-lo, e minhas mãos estão desesperadas quando agarro seu zíper.

- Dul, - ele geme, interceptando minhas mãos. -Não.

- Sim, - eu sussurro em seus lábios. - Eu quero isso.

- Victor está em casa.

O lembrete é como um balde de água fria no meu rosto. Seu pai podia bater na minha porta a qualquer momento. Eu amaldiçoo em frustração.

- Você está certo. Nós não podemos.

Chris me beija novamente, apenas encosta seus lábios macios, antes de deslizar para fora da cama.

- Você vai ficar bem? Poncho e eu vamos sair para tomar cervejas com alguns dos caras da equipe hoje à noite, mas posso cancelar se você precisar de mim por aqui.

- Não, está bem. Vá. Eu ainda estou digerindo essa coisa de dinheiro e eu provavelmente não serei boa companhia esta noite.

- Eu estarei de volta em algumas horas, - ele promete. - Podemos assistir a um filme ou algo, se você ainda estiver a fim.

Depois que ele sai, eu me enrolo novamente e acabo caindo no sono durante duas horas, o que vai totalmente estragar o meu horário de sono. Eu acordo quando meu celular toca, e fico assustada quando vejo o númerode Christian na tela. Eu atendo o telefone, ainda um pouco grogue.

- Ei. E aí?

- Está em casa?

- Sim, por quê?

- Eu estou aí em cinco minutos...

Ele aqui? Em uma segunda-feira? Christian nunca vem da faculdade para casa durante a semana.

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