- Por que você se mete com gente assim?
Ele apenas dá de ombros. A adrenalina surge em meu sangue quando eu olho para ele, incrédula. Esse cara poderia ter matado a gente e ele está lá de pé, como se não ligasse. O canto da sua boca ainda se arqueou, como se ele estivesse tentando não sorrir.
— Isso é divertido para você?— Eu grito. — Quase ser morto lhe dá tesão, é isso?
Ele finalmente fala.
— Dulce...
— Não, apenas cale a boca. Eu não quero te ouvir agora. —Eu enfio a mão na minha bolsa e pego meu telefone, envio uma mensagem para que Chris saiba que Alfonso está voltando comigo e que vamos nos encontrar em casa.
— Dulce— Alfonso começa. Eu levanto a minha mão.
— Agora não. Eu tenho que encontrar Any.— Eu disco o número dela, esperando que ela ouça dentro do clube. —Ei, está tudo bem? Vamos agora. Você pode nos encontrar do lado fora, no carro?
— Estou indo.
— Dul, — Alfonso tenta novamente.
— Eu não estou no clima.
Ele cruza os braços de boca fechada, e nós esperamos num silêncio tenso, Any aparecer.
Quando ela faz, eu forço Alfonso para se sentar na parte de trás. Any abre a boca para protestar, mas decide que é inútil. A viagem para a casa dela, foi feita em completo silêncio.— Liga amanhã?— Diz ela enquanto sai. Alfonso segue para fora do carro.
— Sim, e eu sinto muito por esta noite.
— Merda acontece, querida. Nada demais.
— Boa noite, Any.
Ela acena com os dedos e desaparece dentro da mansão Portilla.
Silenciosamente, Alfonso desliza para o banco de passageiro. Aperto o volante em um aperto de morte e forço-me a concentrar na condução, mas é difícil de fazer quando estou a segundos de bater no cara ao meu lado.
— Eu sinto Muito.
Há um genuíno arrependimento na voz dele, então me viro para olhar para ele.
— Você deveria sentir mesmo.
Ele hesita.
— Por que você tem dinheiro escondido no seu carro?— Porque sim. — É uma resposta estúpida, mas isso é tudo o que ele vai receber de mim.
Mas Alfonso prova que ele me conhece melhor do que eu penso.— Meu pai deu a você, né? É assim que ele te convenceu a vir morar conosco, e agora você está mantendo-o escondido em caso de necessidade de fuga.
Eu cerro os dentes.
— Dulce.
Eu pulo quando sua mão quente cobre a minha, e, em seguida, sua cabeça se move para descansar no meu ombro. Seu cabelo macio faz cócegas na minha pele nua, e eu me forço a não passar uma mão reconfortante nele. Ele não merece o conforto agora.
— Você não pode nos deixar,— ele sussurra.
— Eu não quero ir.
Ele beija meu ombro, mas não há nada sexual nisso. Nada de romântico na maneira como a mão dele aperta sobre os nós dos meus dedos.
— Você pertence a nós. Você é a melhor coisa que já aconteceu a esta família. Você é nossa, — resmunga Alfonso. — Sinto muito sobre esta noite. Eu realmente sinto, Dulce. Por favor... não fique com raiva de mim.
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Los caminos de la vida - vondy
Teen FictionDulce Maria é uma sobrevivente. Nunca conheceu o pai e passou a vida mudando de cidade em cidade com a mãe, uma mulher instável e problemática mas que sempre amou incondicionalmente sua filha. Mas agora a mãe morreu, e Dulce está sozinha. É quando a...