— Você está bem, irmãzinha?, — Alfonso me olha da mesa enquanto eu cambaleio pela cozinha sentindo como se eu tivesse sid oatropelada por um caminhão.
— Não. Eu me sinto horrível.
— Bom dia! — A voz de animação de Victor surge da porta. Ele me lança um sorriso.
Minha cabeça está latejando muito difícil até mesmo para abrir um sorriso.
— Dulce, você está péssima. Que tipo de problemas que você a levou noite passada? — agora ele está falando com Alfonso.
— Apenas ao problema da bebida. Acontece que Dulce não pode lidar com bebida.
— Você ficou bêbada na noite passada?— A boca de Victor está apertado quando ele se vira para mim.
— Um pouco, — eu confesso.
— Oh, vamos lá, papai, não se torne conservador sobre nós agora,— a respiração de Alfonso sobe. — Você me deu minha primeira cerveja quando eu tinha doze anos.
— Onze para mim, — Christian diz, caminhando para a cozinha.
Ele olha para mim, sua simpatia óbvia.
— Como se sente?
— Ressaca, — Alfonso responde por mim, então olha para seu irmão quando seu pai não está olhando.
— Eu não quero você bebendo excessivamente.
Concordo com a cabeça e digo que não vai se repetir.
Passos ecoam no corredor, e minha respiração trava quando Christopher entra na cozinha. Ele não olha para mim enquanto se dirige para a geladeira. Meu estado de espírito despenca, embora eu não tenho certeza que tipo de reação que eu esperava. Acordar sozinha foi uma mensagem clara. E o que ele disse ontem— "isso não pode acontecer novamente" — somente fez a mensagem mais clara.— Oh, Dulce, — Victoe diz de repente. — Esqueci de te dizer. Seu carro está chegando amanhã, então você vai poder dirigir para trabalhar na segunda de manhã.
Embora eu esteja aliviada que Victor pode finalmente dizer a palavra — trabalho— sem franzir a testa para mim, eu também sou atingida por uma onda de decepção. Na geladeira, as costas de Christopher endurecem. Ele sabe o que isso significa, também. Sem caronas dele antes das aulas.
— Isso é ótimo, Obrigada. — eu digo.
— De qualquer forma. — Victor olha em torno da cozinha. — Qual o plano de todos hoje?
— Eu vou para o cais com Anahi. Nós vamos almoçar no restaurante de frutos do mar.
— Isso parece divertido. — Ele se vira para seus filhos. — Alguém quer ir ao clube comigo? Já faz tempo que nós fomos lá.
Nem um único irmão Uckermann aceita o seu convite, e quando Victor se dirige para fora da cozinha parecendo um cachorro perdido, eu não posso deixar a careta.
— Vocês não podem tentar fazer um esforço?,— pergunto a eles.
— Confie em mim, eu faço um esforço. — É Christian que responde, e seu desprezo feio me pega de surpresa.
Christian sai da cozinha e Christopher vai logo em seguida. Ele não tinha olhado para mim,n em sequer uma vez, e a dor que aperta meu coração é mil vezes pior do que qualquer ressaca.
O almoço com Anahi é divertido, mas saio cedo porque minha cabeça ainda parece estar explodindo. Ela ri e diz que quanto maior a ressaca, melhor a festa deve ter sido, e eu a deixo acreditar que eu bebi um pouco demais e agora estou sendo punida por isso. Eu não sei por que eu não contei a ela sobre Daniel. Any é minha amiga, mas algo me impede de dizer a ela. Talvez seja a vergonha. Eu não deveria sentir vergonha. Eu não deveria. Eu não fiz nada de errado, e se eu tivesse mesmo a menor suspeita de que Daniel era um psicopata, eu nunca teria dado bola.
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Los caminos de la vida - vondy
Teen FictionDulce Maria é uma sobrevivente. Nunca conheceu o pai e passou a vida mudando de cidade em cidade com a mãe, uma mulher instável e problemática mas que sempre amou incondicionalmente sua filha. Mas agora a mãe morreu, e Dulce está sozinha. É quando a...