Capítulo 1

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AVISO
Oieeeeee, tudo ok???? Queria falar umas coisinhas aqui antes de tudo.
Primeiramente, avisar que essa história é uma adaptação livre da trilogia The Royals, algumas coisas vão estar diferentes do livro por aqui então se você já leu, não estranhe. Muitas coisas vão fugir da realidade, afinal, é uma fanfic (incluindo nomes, histórias, enfim...). Vou postar sempre que der e vou tentar não abandonar a fic, mas também preciso do retorno de vocês e vou estar sempre de olho nos comentários e tentar melhorar sempre.
Desde já, gratidão <3
Espero que vocês gostem!!




Capítulo 1

- Dulce, você foi chamada no escritório do diretor. - a minha professora de cálculo diz antes que eu possa entrar na sala. Eu verifico o meu relógio.

- Eu não estou atrasada. - eu sei disso porque no meu relógio falta um minuto para as nove e ele nunca está errado. Provavelmente é o meu item de maior valor. Minha mãe disse que era do meu pai. Além do esperma, essa foi a única coisa que ele deixou para trás.

- Não, não é sobre o atraso... desta vez. - percebi pelo seu tom e olhar estranhamente amigável que era sério.

- Tudo bem. Vou indo, então. - eu disse e saí andando em direção à minha forca.
Antes de entrar nessa escola, eu ja tinha perdido tudo que era de mais importante pra mim, a minha mãe. Então, não há nada que o Sr. García possa fazer que vá realmente mexer comigo. O máximo que pode ter acontecido é que ele descobriu que eu venho mentindo pra permanecer nesta escola e vai me expulsar. Consigo viver com isso.

Cheguei na recepção e a secretária não estava, me sentei no sofá e fiquei esperando ser chamada, quando notei que a porta da sala do diretor estava aberta e de lá eu vi um homem alto, forte e de cabelos castanhos falando com o Sr. García. Ele é totalmente o meu oposto. Sou ruiva dos olhos castanhos. Esse cara me lembra os empresários de fora da cidade, que pagavam a minha mãe para fingir ser sua namorada durante a noite. Mas estou falando o que ela fazia, eu não precisei seguir por esse caminho... ainda.

Depois de quase 30 minutos esperando a conversa dos dois se encerrar, o diretor sai da sala e olha pra mim.

- Senhorita Saviñón, por favor, entre.

- Mas, diretor, já tem alguém no seu escritório. Não quer que eu espere? - digo isso já desconfiada, isso aqui tá me cheirando à armação.
García se vira e olha pro Don Juan que antes se encontrava sentado mas nesse momento já estava de pé e vindo em minha direção.

- Sim, então, é por isso que você está aqui. Por favor entre e se sente.

Entro mas cruzo os braços e fico de pé, prostrada ao lado da porta. Sabe como é, né? Mais fácil fugir se já estiver preparada.

- Dulce Maria, este é Victor Von Uckermann. - escuto isso do meu diretor seguido por uma pausa, como se eu tivesse o dever de saber quem é aquele homem bonitão. O Don Juan fica calado, me encarando de um jeito constrangedor, como se ele nunca tivesse visto uma garota na vida.

- Prazer em conhecê-lo, senhor Von Uckermann. - parece que a minha voz tira o homem da hipnose.

- Meu Deus, você é a cara dele! - ele sussurra tão baixo que eu tenho que me esforçar pra entender as palavras que saem de sua boca. - Por favor, me chame de Victor.

- O que significa tudo isso? - Pergunto, dessa vez olhando para o meu diretor.

- Eu não sei como dizer, mas não temos tempo então vou ser bem direto. O Senhor Von Uckermann me disse que seus pais são falecidos e que ele agora é seu guardião. - ele fala mas eu me recuso a ouvir.

- Uma porra! - o palavrão sai antes que eu possa controlar. - Quem pode provar que isso é verdade?

- A papelada indica que essa alegação é legítima. - Ele organiza os papéis e me entrega para que eu possa dar uma olhada.

- Ele está mentindo! Nunca vi esse homem na minha vida. Se você me deixar sair com ele, a próxima matéria que vai ver no jornal é "aluna desaparece após escola liberar a saída com um bonitão comandante do tráfico humano".

- É verdade, não nos conhecemos. - agora é a vez do estranho falar. - Mas isso não muda a realidade que eu estou mostrando aqui.

Me dou conta que estou segurando a papelada faz tempo mas ainda não li uma palavra. E se for verdade? O que eu vou fazer? Como vai ser minha vida? Rolo os olhos pelas páginas sem realmente ler, esperando que as palavras chave saltem para mim e que eu entenda o que esse homem quer de mim.

-Talvez se sua mãe puder vir aqui, nós esclareceríamos tudo. - Sr. García nota meu desespero e tenta me acalmar. O von Uckermann fala alguma coisa mas eu não escuto. Ou simplesmente não me importo o bastante pra prestar atenção.

- Essa papelada não significa nada! Qualquer um pode criar uma igual no Photoshop. - sinto uma pontada de dúvida vindo dos olhos dele e percebo que é a deixa que eu precisava pra me livrar desse problema. - Preciso voltar para minha aula. O semestre começou agora, não quero ser a aluna atrasada por causa de problemas que não são meus.

Olho para Victor, ele me encara de uma maneira incerta. Mas eu não tenho pai. E, obviamente, não tenho um tutor. Se eu tivesse, onde ele estava? Por toda minha vida, quando minha mãe abria mão do seu próprio corpo pra pagar as despesas da casa? Quando ela estava se definhando numa cama, com uma dor horrível de seu câncer, onde ele estava? Quando ela chorava em sua cama por medo de me deixar sozinha? Quero saber onde é que ele estava.

- Tudo bem, Dulce, acho melhor você voltar para sua classe mesmo. O senhor Uckermann e eu temos muito a conversar ainda.

Eu saio da sala antes que mais alguma coisa me impeça, fecho a porta, corro e nem olho para trás. Mas eu não volto à classe. Eu nunca mais vou voltar. Eu corro para a parada de ônibus mais próxima para pegar o ônibus que me deixe mais distante daquele lugar. Foi bom enquanto durou, mas novamente vou ter que recomeçar minha vida.

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