— Merda… - Adora proferiu, praticamente sem fôlego. Ela respirava ofegante, com os lábios entreabertos os olhos fechados e as sobrancelhas franzidas, sentindo o suor escorrer pela sua testa.
Afundou as mãos na cintura de Lonnie, mordendo o lábio inferior. Suas testas estavam coladas e a loira podia sentir o hálito quente da garota bater no seu rosto com um leve cheiro de álcool enquanto seus seios roçavam uns nos outros. Suas pernas estavam estrelaçadas e ambas faziam movimentos intercalados, para cima e para baixo e para frente e para trás, esfregando suas intimidades com vontade, o que deixava a cama e seus corpos melados com a lubrificação.
Ambas se abraçaram mais, juntando mais ainda seus corpos enquanto olhavam nos olhos uma da outra, ficando com os rostos cada vez mais perto. Então, acabaram com o pouco espaço que havia entre elas e colaram os lábios ferozmente, abrindo uma disputa por espaço enquanto passavam as mãos pelo corpo uma da outra, apertando tudo o que tinham direito.
As pernas de Adora começaram a tremer, fraquejar e seus músculos das costas se enrijeceram quando ela sentiu uma onda de energia passar pela sua coluna e o corpo de Lonnie tensionar sob suas mãos, o ápice estava perto.
— Adora, eu… - Lonnie não conseguiu terminar a frase e seus suspiros necessitados se converteram em um gemido alto e arrastado, os quais provavelmente os vizinhos ouviriam. A de dreads tombou o pescoço para trás e Adora enterrou seu rosto na região desnuda, cravando os dentes de leve na pele negra da garota, abafando o gemido alto que saía de seus lábios enquanto tentava juntar mais ainda o corpo da garota com o seu.
Sentiu sua respiração ficar mais branda e seu peito subir e descer numa velocidade reduzida depois daquela incrível sensação.
Ambos os corpos relaxaram sobre os lençóis depois daquele longo orgasmo, sentiram seus músculos desapertarem e, então, descolaram seus corpos suados e deitaram lado a lado, com o tronco virado para cima. Adora colocou um dos braços atrás da cabeça e encarou o teto meio amarelado, ficando em silêncio por alguns minutos.
— Tá com fome? - Lonnie quebrou a quietude e virou o rosto para o lado, olhando para Adora.
— Acabei de comer mas sim, estou. - Adora brincou e ambas riram. A loira levantou-se da cama e procurou suas roupas jogadas no chão do quarto, vestindo-se enquanto a outra tirava a camisinha de dentro de si. — Mas, eu tenho que ir agora, prometi que ia passar em casa pra almoçar.
— Vocês levam essas coisas mesmo a sério, né? - Lonnie perguntou, entregando o preservativo usado para a loira, que jogou o objeto de látex no lixo do pequeno banheiro que havia no quarto. Adora assentiu com a cabeça. Por mais que não tivessem tido um namoro longo, a de olhos castanhos já sabia de alguns costumes que a família da loira tinha e o quanto valorizavam os pequenos momentos em família, principalmente depois da morte da mãe da Adora. Então, não costumava questionar. — Bom, eu tenho um compromisso daqui uns trinta minutos, de qualquer maneira. — Lonnie disse de forma casual e Adora virou-se para a garota, levantando uma das sobrancelhas.
— Compromisso? Ah, tá, desde quando você anda compromissada?
— Desde semana passada, idiota. - Lonnie jogou um travesseiro em Adora, que riu. — É um encontro.
— Uau, as coisas estão evoluindo rápido entre vocês três. - a loira respondeu, surpresa. Não era segredo que Lonnie estava tendo uma espécie de lance triplo com Kyle, o loiro que trabalhava junto com ela na adega e Rogelio, um dos seguranças da boate em que Adora trabalhava. Os três viviam saindo e, por conta disso, os encontros sexuais das duas ficaram menos frequentes. Era surpreendente a velocidade em que as coisas estavam evoluindo mas, Adora estava feliz por Lonnie ter conhecido pessoas legais e encontrado seu caminho romântico no poliamor. — Como estão as coisas?
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Burning Bridges | Catradora
FanfictionAdora e Catra são como almas opostas que, se fossem depender do tempo, jamais se encontrariam. Em meio a estudos, trabalho e nervos à flor da pele, tudo o que menos queriam era instabilidade ou emoções complexas. Não queriam grandes feitos, dores...