Ficaram assim por alguns minutos, enquanto seus fôlegos ainda aguentavam. Adora podia sentir a mão de Catra passando pela lateral da sua cabeça, mexendo nos fios loiros e prendendo os dedos ali. Com a outra mão, a qual estava pousada no ombro da tatuada, foi subindo pelo trapézio da garota até chegar ao pescoço, passando as unhas ali de forma delicada, o que causou arrepios em Adora.A mais alta brincava com a barra da camiseta de Catra, não demorando muito ali e logo adentrando com os dedos por dentro da peça, acariciando a pele escura e macia da morena e apalpando a base da sua coluna, puxando-a para mais perto de si em busca de mais contato, como se fosse possível.
Parecia que, quanto mais se beijavam, mais fôlego tinham.
Ainda sem separar as bocas, Adora se levantou da pia, segurando Catra pelos posteriores das coxas e pressionando o corpo da morena contra os azulejos em uma das paredes do banheiro, aumentando assim o calor entre elas. A mais baixa prendeu as pernas na cintura de Adora com firmeza, a segurando pelas costas e passando as mãos na pele branca que havia por baixo da camiseta, deslizando as pontas das unhas ali com cuidado para que não machucasse a tatuada. Para não perder o equilíbrio, a loira posicionou uma das mãos na parede ao lado da cabeça de Catra enquanto a outra mão mantinha-se na coxa da garota, deslizando para cima e para baixo.
Os corpos estavam mais próximos ainda e o beijo que havia começado calmo e suave, agora era cheio de luxúria e fervor, como uma árdua briga por poder e espaço. De uma maneira estranha, tinha tanta violência quanto cautela.
Sem aviso prévio, Catra desceu com a boca para o pescoço nu de Adora e cravou os dentes ali, alternando os movimentos entre beijos e mordidas leves, tomando cuidado para não deixar nenhuma marca no lugar ali exposto, já que possuía os caninos mais afiados do que os de uma pessoa comum e a pele da loira parecia ficar facilmente marcada.
Adora se surpreendeu com o gesto a princípio, o que a fez respirar com mais força. Conforme Catra deslizava a língua no seu pescoço, a tatuada entrava em êxtase, o que a fez apertar a cintura da mais baixa com força, afundando suas mãos contra a pele da garota sem perceber e sem dosar a força.
Catra, no entanto, parecia estar em outro universo, nem chegando a sentir totalmente a força que Adora colocava nas mãos ao segurá-la. Talvez sentisse depois, mas não pararia para pensar naquilo. Passou alguns minutos explorando o pescoço da mais alta e então voltou aos lábios da garota, sentindo-a agarrar os fios de cabelos mais claros que ela tinha na nuca, dando um puxão leve.
Então, depois de um tempo, separaram os lábios ao perder o fôlego, olhando nos olhos uma da outra ainda sem descolar os corpos.
Se encaravam sem dizer uma palavra, apenas sentindo a respiração uma da outra e o calor que parecia emanar de cada um dos seus poros, completamente em êxtase.
Antes que pudessem dizer qualquer coisa ou abrir a boca, ouviram o celular de Catra tocar ao longe, fazendo-as despertar de seu transe e se separarem.
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Burning Bridges | Catradora
FanfictionAdora e Catra são como almas opostas que, se fossem depender do tempo, jamais se encontrariam. Em meio a estudos, trabalho e nervos à flor da pele, tudo o que menos queriam era instabilidade ou emoções complexas. Não queriam grandes feitos, dores...