♪Eu encontrarei você
Eu irei te reconhecer
Onde quer que esteja
Onde quer que olhe
Eu irei te procurar
Eu me lembrarei de você♪
Alex
— Olha esse moleque, está todo crescido e homenzinho! — Pedro diz assim que abre a porta do apartamento.
Ele sempre foi um cara muito divertido e gozador, e antes mesmo de me abraçar, já estava dando um jeito de tirar um sarro de leve.
— Olha quem fala, Pedro ferrugem, o cara mais magrelo da escola, todo cheio de músculos. — Pedro e Heloísa são ruivos naturais, e na época da escola, por causa das suas sardas, ele ganhou esse "apelido carinhoso".
Eu o abraço. Nossa, como senti falta desse cara!
— Sente essa força, mano — diz, colocando seu braço para cima e mostrando seu bíceps.
Apenas balanço a cabeça.
— Quando você vai crescer, garoto? — uma voz feminina nos interrompe vindo da área da cozinha.
Viro-me e vejo que é Helena, a mãe de Pedro, que se aproxima.
— Dona Helena! — digo, já caminhando em sua direção e a abraçando ao ponto de tirar seus pés do chão.
Não é exagero dizer que, para mim, essa mulher é como se fosse da família, pois boa parte da minha infância eu passei aqui, neste apartamento, com Pedro.
— Me coloca no chão, menino! — ela grita e bate nas minhas costas enquanto eu giro com ela nos meus braços. Depois de abraçá-la muito, faço o que me pede. — Eu não tenho mais idade para isso. Se me gira dessa forma, a labirintite me ataca.
— Desculpe, é que senti saudades.
— Ora, eu também senti! — ela exclama. — Venha cá, deixa eu dar uma boa olhada em você, meu menino. — Puxa-me pelas mãos e começa a me analisar. — Se tornou um homem já, nem parece mais aquele garoto franzino que nos deixou anos atrás. Está muito bonito! — Acaricia meu rosto.
— Obrigado, e você continua linda como sempre!
— Eu estou aqui e te ouvindo dizer que minha mulher é linda, rapaz. — Alberto, o pai de Pedro, entra na sala e vem até mim.
— Só estava dizendo o óbvio — digo sorrindo, e ele também me puxa para um abraço caloroso.
— Cresceu mesmo esse rapaz — diz, afastando-se e me analisando.
— Um pouco, né, pai? Ainda continua meio magrinho, mas não é de todo mal, até bonitinho.
— Não ligue para ele — Alberto sussurra. — Ele já viu que você é mais bonito do que ele e por isso fica se desfazendo.
— Pai! Deveria achar o seu filho mais bonito! — Pedro exclama com uma falsa irritação.
— Que seja! Vem, vamos nos sentar. Pedro, pega uma cerveja para nós.
— Vai beber de novo, Alberto? — Helena grita da cozinha.
— Só uma, Helena, só uma! Ela vive me controlando — ele sussurra baixinho.
— Por que sua pressão sobe toda vez que bebe, né, papai? — Pedro o interrompe, adentrando a sala com três cervejas nas mãos.
Alberto revira os olhos.
— Tomei meu remédio certinho hoje e não vou beber mais que uma, eu prometo.
— Eu sei disso, mamãe e eu não deixaremos beber mais que isso.
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Quando um amor floresce ** Apenas degustação ***
Romance**** Apenas degustação **** O livro foi postado totalmente e retirado alguns capítulos da plataforma no dia 14/03/2021. Alex Lembro perfeitamente da primeira vez que vi Heloísa, naquela época, ainda tão jovem, não soube identificar direito o motivo...