Quando um amor floresce ** Apenas degustação ***

Capítulo 33

♪Eu tenho passado todo o meu tempo

Somente pensando em você

Não sei o que fazer

Acho que estou me apaixonando por você♪

Helô

Chegamos em Campos do Jordão cerca de duas horas após deixar São Paulo, e como ainda é cedo, o clima está um tanto frio, ainda bem que vim preparada. Alex fez nosso check-in e somos levados até o chalé, que fica em uma região mais afastada da movimentação da pousada que ele escolheu.

— Sejam bem-vindos ao Chalé London, garanto que terão uma estadia perfeita nestes dois dias de viagem.

O concierge abre a porta para nós e começa a citar as regalias que o chalé oferece, mas nem presto atenção no que ele diz, pois estou muito encantada com tudo que vejo. Mesmo nascida em São Paulo, nunca visitei o local, sempre que decidia sair da agitação, optava por ir para a praia. Agora vejo o que perdi.

A decoração é temática e luxuosa. Passamos pela sala e há uma lareira, e eu já começo a nos imaginar sentados ali tomando um vinho e nos aquecendo com a lenha crepitando. O quarto é espaçoso e a cama, confortável, e é no banheiro que vem o exagero, uma banheira com vista para as montanhas que é de tirar o fôlego.

Ele termina as devidas apresentações sobre o imóvel e se despede. Alex o acompanha até a porta, enquanto eu ainda caminho ao redor do chalé, maravilhada com tudo que vejo. Paro diante de uma das janelas e observo a paisagem do lado de fora, fecho os olhos e respiro fundo, sentindo-me plena.

Sinto Alex se aproximar e logo suas mãos estão em volta de mim. Ele apoia a cabeça na curva do meu pescoço.

— É lindo aqui. Não conhecia!

— Eu também não. E realmente é muito lindo e você, exagerado. Precisava de todo esse luxo?

Ele me vira, colocando-me de frente para ele.

— Eu só quero ficar um pouco a sós com você, longe da correria da cidade, dos nossos deveres e afazeres. Um tempo passeando e curtindo esse clima agradável da serra. Passamos por muita coisa nos últimos dias, acho que merecemos essa regalia.

Contorno as mãos ao redor de sua cintura e o puxo para um beijo.

— Você está certo, muito obrigada por me trazer pra cá. Eu nem sabia que estava precisando disso, mas, agora que estou aqui, me sinto tão bem.

— Eu também estou me sentindo muito bem! — Ele beija meus cabelos. — Está com fome?

— Faminta! — Afinal de contas, tudo que coloquei no estômago até agora foi apenas um copo de café.

— Vamos dar uma volta pela Vila Inglesa mesmo e procurar um bom lugar para um café da manhã reforçado, depois podemos escolher quais passeios faremos. O que acha?

— Acho maravilhoso! Só te digo uma coisa — alerto com uma carranca. — Eu não subo em um teleférico nem pagando!

***

— Sério, eu te odeio neste momento! — grito para que Alex seja capaz de me ouvir na cadeirinha em frente à minha no teleférico, o qual ele me convenceu a subir. Eu, que não suporto altura e fico zonza até em elevador.

— Relaxe e aproveite a vista! — responde sorridente.

Reviro os olhos, cogitando a possibilidade de esganá-lo quando chegarmos em terra firme.