Capítulo 5

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Menina, mexe a cadeira

Mexe a cadeira, hey

Bota pra danar, hey


Helô

Minha primeira semana como editora da revista foi agitada, mas muito gratificante. Apesar de um medo quase inconsciente de cometer algum erro, me saí melhor do que o esperado. Estou plenamente satisfeita comigo e isso é tão bom!

— Eu amei, Elisa. Amei sua pesquisa, sua reportagem, tudo. Faltam apenas alguns ajustes.

— Obrigada, Helô!

Elisa é uma das colunistas da revista, uma mulher totalmente empoderada que busca sempre trazer para as pautas diversos assuntos relacionados ao novo universo feminino. Ela não podia ter escolhido tema melhor para o mês em que comemoramos o dia internacional das mulheres: "Mulheres que brilham", uma reportagem com mulheres que são sucesso em cargos que, até então, eram executados por homens em sua grande maioria.

— Você conversou com as entrevistadas sobre as fotos? ― questiono.

— Sim, e elas adoraram a sua sugestão.

Sugeri à Elisa que, ao invés de fotos feitas em estúdio, levaríamos o fotógrafo até os locais de trabalho delas para mostrar algo mais real.

— Que bom! Já enviei um e-mail para a empresa que trabalhamos e disse o que preciso. Em breve, eles devem me dar uma resposta. Acho que em dois dias conseguiremos fotografar as quatro mulheres ― aviso.

— Só me passe a data para que eu possa agendar com as nossas mulheres que brilham.

— Provavelmente será na semana que vem, Elisa. Mas, assim que eles me retornarem, eu te aviso.

— Certo.

— Obrigada, por enquanto, querida!

Ela sorri para mim e sai da sala. Larissa entra logo na sequência.

— Enviei para o seu e-mail mais três textos dos colunistas freelances para que leia e veja se há alguma alteração a fazer.

— Certo. Você já leu?

— Li e gostei bastante, tomei a liberdade de colocar alguns comentários também.

Eu sorrio.

— Sabia que você não ia me desamparar, Lari.

Desde que começamos a trabalhar juntas, nossa sincronia foi perfeita. Confiamos uma na outra de olhos fechados. Sempre conferimos o trabalho uma da outra, dessa forma, as coisas funcionam de uma forma melhor, afinal, duas cabeças sempre pensam melhor que uma.

— Não irei te desamparar nunca. Como eu disse, sou a melhor! — Sorri.

— A melhor, com certeza.

— Também recebi alguns e-mails de propostas de patrocinadores, mas ainda não li todos. Vou sentar agora e analisar. Se precisar de mim, me chame.

— Acho que estamos cheias de trabalho hoje.

— Felizmente, sim. É provável que ultrapassemos nosso horário hoje. — Ela dá de ombros.

— Por mim não há problemas.

— Por mim também não. Vou para minha mesa. Qualquer coisa, me chama. — Ela fecha a porta atrás de si.

Abro o primeiro e-mail que ela me encaminhou, mas nem ao menos tenho tempo de ler, pois meu celular começa a tocar em cima da mesa. Olho para o visor e o nome da minha mãe pisca suplicante. Suspiro fundo, faz algum tempo que não nos falamos. Ela ainda não sabe sobre meu término com o Rafael.

Quando um amor floresce ** Apenas degustação ***Onde histórias criam vida. Descubra agora