Prólogo

260 34 10
                                    

Alex


Eu quero viver olhando você, ouvindo você.
Eu quero ter você vivendo dentro do meu coração.
Olhe para mim, venha para os meus braços.

                   My Everything — Lee Min Ho                                                                                                        


Alex

Oprimeiro amor — A garota de laço rosa 

Eu me lembro da primeira vez que vi Heloísa. Naquele tempo, aos 13 anos de idade, não fui capaz de compreender o motivo de tanto nervosismo ao conhecer a irmã do meu novo amigo. Só sei que no instante que ela abriu aporta da sua casa, imediatamente fiquei nervoso, as mãos suadas, e o coração batendo tão forte que as palavras me falharam. Ela me observou ali parado, cruzou os braços e ergueu uma de suas sobrancelhas em uma atitude questionadora.

— Hm... O Pedro está? — Foi tudo que consegui falar, sem ao menos dizer bom dia. Nossa Alex, sério isso?

— E você é? — encostou na lateral da porta, o que fez com que seus seios ficassem em evidência sob a regata branca que usava, o que me deixou ainda mais nervoso. O que estava acontecendo comigo? É claro que já tinha observado as meninas da escola, mas todas eram jovens como eu, a irmã de Pedro já era mais velha e arriscaria dizer que jamais havia visto uma mulher tão bonita como ela. Seus longos cabelos ruivos estavam presos de forma desordenada em um laço rosa e o rosto sardento era um charme a parte sobre seu corpo... Balancei a cabeça para reorganizar as ideias e tentei desviar o olhar de seu decote exposto, pois meu corpo estava reagindo de uma forma estranha a sua presença.

— Esse é o Alex, Helô. Eu te disse que ele estava subindo, não seja idiota. — A voz de Pedro se aproximando me salvou da maneira desastrosa que estava me portando. Heloísa me olhou e cerrou os olhos com um sorrisinho debochado nos lábios.

— Não estou fazendo nada, só perguntei o nome dele. Não imaginei que para vocês moleques fosse algum incomodo se apresentarem de forma decente. — ela revirou os olhos.

— Eu te conheço sua demônia, tá agindo dessa forma só por causa do que te disse. — Ele vem até a porta e me questiono o que meu amigo disse sobre mim à irmã.

— Eu não fiz nada, vocês que são muito sensíveis...

— Que seja. Vamos Alex, vamos estudar lá no meu quarto. —Completou, olhando feio para a irmã.

— Foi um prazer te conhecer, eu disse enquanto passava por ela seguindo Pedro até o quarto.

— Igualmente. — respondeu, de forma desinteressada.

— Não liga para a Helô, ela é insuportável e chata. — Pedro falou em alto e bom tom para que a irmã ouvisse — Mamãe diz que é a fase de transição, onde se acha velha demais para dividir momentos comigo, mas nova demais para as responsabilidades da vida adulta. E ainda tem a pressão da faculdade, o trabalho de conclusão de curso... A cada dia ela está pior.

— Eu estou ouvindo, Pedro. — ela gritou da sala, o fazendo revirar os olhos e não pude evitar sorrir. 

— Está tudo bem... —realmente ela foi bem irritante, minha reação diante dela foi bem desastrosa, achei melhor não prolongar muito o assunto.

— Vamos estudar. -  Pedro quis encerrar o assunto, mas eu queria saber um pouco mais, tanto que perguntei:

— O que você disse a ela sobre mim? - Pedro ficou encabulado, coçou a cabeça e desviou o olhar antes de responder:

— Minha irmã é terrível, só pedi para que pegasse leve, porque você é tímido. Era melhor não ter dito nada. Por isso ela foi tão debochada. Me desculpe. - Não era mentira, sempre fui o mais calado e tímido entre os amigos, mas por mais que ela tenha sido debochada como Pedro disse, não consegui ver nela a maldade que o irmão enxergava. Eu não tinha irmãos, mas sabia que a implicância é algo comum nesse tipo de relação.

— Relaxa, ela realmente não me incomodou. 

Pedro sorriu e se virou para ir em direção ao seu quarto e eu o segui. Mas, antes de me afastar totalmente, parei e a olhei novamente. Nossos olhares se cruzaram por uma fração de segundos, tempo suficiente para fazer meu coração acelerar. Me virei rapidamente e acelerei os passos em direção ao corredor. Eu não tive noção naquele momento, não sabia explicar o que estava sentido, mas conforme o tempo passou, eu soube, foi naquele instante que me apaixonei pela primeira vez na vida...

Quando um amor floresce ** Apenas degustação ***Onde histórias criam vida. Descubra agora