2. Em casa dela!

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― Olá Milena! – cumprimentou ele e a mesma permaneceu petrificada encarando-o, e pouco depois desvia sua atenção pro chão e para os outros lados a procura de talvez, um lugar onde pudesse se concentrar melhor e pensar melhor

"O que ele faz aqui?" – Pensou Milena consigo mesma

― Filha, não cumprimentas o rapaz? – disse Vera, que estava preparando qualquer coisa na cozinha, quando se apercebeu do silêncio da Milena após ser cumprimentada pelo Francis

― Olá – disse Milena após voltar a si, e logo de seguida subiu correndo ao seu quarto

― O que foi que deu nela? – perguntou Vera, estranhando a atitude da filha

― Sei lá eu... - deu de ombros e continuou com o que estava falando à Vera – Então, como estava dizendo...

Milena, assim que fechou a porta de seu quarto, parou ficando de costas para a porta, meneando a cabeça, tentando assimilar o que estava acontecendo.

O que ele faz aqui? Como ele soube que eu moro aqui? Ai meu Deus, porque será que isso está me acontecendo assim desse jeito?

Longos segundos depois a mesma havia retirado as costas da porta, colocando assim sua mochila na cama, e indo sentar em sua escrivaninha.

Abriu sua gaveta e retirou de lá uma pena, uma tampinha de um frasco de água, que logo depois encheu-a de tinta e um pouco de água, e uma folha.

E prosseguiu escrevendo no mesmo:

"Querido Coração.

Como já disse anteriormente, se por acaso ganhasses um corpo agora, e conversasses comigo cara-a-cara, meu principal objectivo seria, com certeza, tentar entender como funcionas.

Hoje, te escrevo porque estou buscando respostas, às perguntas que surgem em minha cabeça, acerca dos meus sentimentos.

Sério, Coração. Como te poderei entender? Será mesmo que o que minhas amigas disseram é verdade, e que tenha sido o amor à primeira vista? Se por acaso for isso, por favor eu te peço, coração... Me ajude, me dê um sinal..."

E assim que a mesma datou o que escrevera, pegou no papel e juntou-o à colecção, numa caixa debaixo da madeira do chão da escrivaninha, onde contém outras várias cartas escritas única e exclusivamente ao seu Querido Coração.

Tomou para si um livro da sua estante, e começou a folheá-lo, procurando a página, e o último parágrafo, em que havia parado em sua última leitura, para talvez assim prosseguir com a actividade.

E quando já ia lendo-o, a mesma ouve um bater em sua porta e vai averiguar.

Ao abrir a porta, seus olhos seguem o braço do rapaz, que o rapaz usava para se apoiar com o cotovelo na batente da mesma, até que a porta já estava bem aberta e seus olhos novamente foram parar nos do Francis, que também a olhava fixamente.

― O que fazes aqui? – disse Milena interrompendo aquele constrangedor silêncio que havia se instalado, durante poucos segundos

― Hum... - foi o que primeiro saiu da sua boca e logo após, Francis, mirou por poucos segundos o que pôde ver no interior do quarto dela e logo que se lembrou do que vinha fazer ali, ele prosseguiu voltando a fitar a Milena – Seus amigos chegaram e estão ali embaixo à sua espera, e sua mãe pediu que eu a chamasse e...

― Não – interrompeu-lhe – o que você faz em minha casa? – quis saber

― Desculpa se minha presença te incomoda, não sei porquê, mas eu só estava passando para cumprimentar os meus novos vizinhos e a senhora Vera, sendo ela uma senhora agradável e simpática, convidou-me e eu não podia negar

Querido CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora