13. Algo inesperado - Parte 2

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― David, você pode por favor me explicar o que está acontecendo? – questionou ela, do lado de fora do carro à sua frente

― Não tenho autorização pra dizer nada...

― David, deixa-te de brincadeiras, e por favor me diz logo o que é que ta acontecendo?

― Não tenho autorização! Entra logo Milena – disse David com a voz ligeiramente levantada – o tempo está acabando...

E assim ela o fez, entrando e sentando-se no banco de trás e David deu partida ao carro, levando-a até um lugar por ela desconhecido.

― O que fazemos aqui?

― Desce logo! – disse David revirando os olhos, meio impaciente, sabe-se lá por que causa. Talvez pelo facto da Milena não ter calado um segundo sequer durante toda viagem de cerca de dez minutos.

― Tudo bem – disse Milena, saindo do mesmo e observando o carro do amigo se retirando do lugar logo após de lhe dar um papel que continha mais um enigma:

"O que vemos e tocamos mas não pegamos,

Enfeitado com espuma e com o sabor salgado,

Desta forma encontrei a melhor comparação

Para determinar a grandeza do seu coração"

E Milena, mais uma vez, com algum medo, no meio daquela praça, onde um de seus melhores amigos a deixou ali, plantada, permaneceu ela parada, pensando, em imensas coisas. Dentre elas, o facto de o porquê de ainda não ter saído daquele lugar desértico e estar num lugar melhor, só por precaução, o facto do porquê seu amigo a deixou ali e também no presente enigma, escrito no papel em suas mão, se realmente aquilo tinha alguma mão do Francis.

Mas após pensar melhor, concluiu que realmente era o Francis quem estava por trás daquilo tudo, afinal, quem mais saberia de tudo aquilo? A janela, o quarto, a coisa da loucura, a lua e as estrelas, o mar e...

E foi quando ela parou e pensou melhor, quando na sua cabeça já ia aparecendo a imagem do mar.

"É isso... Vemos, tocamos e não pegamos... Com espuma como enfeite, segundo ele, e é salgado... E lembro-me de quando ele disse o quão grande é o meu coração e que a melhor comparação, seria com o mar..." – pensou ela.

Flashback On

― Querida, não podemos... Já está tarde! – disse Francis

― Então vá você, eu vou voltar...

E Francis encarou ela, que o olhava séria decidida e logo após, Francis, cedeu suspirando fundo.

― Tudo bem, eu vou com você...

― Legal – disse ela sorrindo vitoriosa

E assim os dois caminharam no sentido contrário dos amigos que se dirigiam à casa da Samantha, jogar alguns jogos de tabuleiro, por sugestão da Alexia, que na verdade era mais uma das suas ideias de juntar ainda mais o Francis da Milena.

Francis e Milena se dirigiram, até onde estavam, dois meninos, com a feição triste, e Milena, aproximou-se ainda mais deles, apesar dos mesmos, à priori demonstrarem algum medo, pelos dois estranhos, que se aproximaram deles.

― Oi, como vocês, estão? – perguntou Milena – não tenham medo de mim, eu quero vos ajudar – e os meninos sequer disseram alguma palavra – vocês estão perdidos?

Querido CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora