Capitulo 1

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       *AUTORA ON*          

Dr.- Bom Dia Senhorita Baker, como tem estado desde a nossa última sessão?

Silêncio, a única coisa que habitava aquela sala além da respiração pesada da parte de Scarlett.

A semana para ela não tinha sido a melhor. Basicamente ela a passou sob observação 24 horas por dia todos os dias, já que tentará se suicidar durante a semana toda.

Nesse momento ela se encontra com uma camisa de força sentada em uma cadeira até confortável na sala do terapeuta, para ser mais exato psicoterapeuta.

Durante os três anos em que vive naquele lugar nunca se sentiu confortável com ninguém e isso com toda certeza dificultava e muito para a pobre garota.

Para ela é uma tortura acordar em um quarto que dizem ser seu, ver aquelas paredes brancas, janelas com grades e tela de proteção sempre trancada, cortinas, chão, paredes, teto e até suas roupas eram brancas já que era o padrão daquele hospital psiquiátrico.

Fora o lugar onde vive a três anos, a comida e as pessoas, Branco era o que ela mais odiava.

Dr.- Os enfermeiros me avisaram que tem andado inquieta e agressiva, falaram que chegou a agredir um de seus professores além de tentar cometer suicídio a semana toda. Gostaria de me contar como tem se sentido?

                           *SCARLETT ON*

E pela milésima vez em menos de 10 minutos, eu reviro os olhos, essa é a minha 6° sessão com esse engomadinho de merda, e ele ainda não percebeu que eu o "ODEIO" os outros não precisou nem da 4° para vazarem mais esse perece que não tem cérebro para perceber isso.

- Você é Burro, mais do que os outros! - falei com o máximo de ignorância para ver se ele percebia alguma coisa. E para minha surpresa ou não ele anotou algo em seu caderninho e voltou a me fitar. Idiota.

Dr.- Poderia me dizer porque acho que sou Burro?

Nossa! Ele tá me perguntando porque eu acho que ele é Burro.

Acredito cegamente que ele seja mais que Burro para até hoje não ter percebido que eu o quero fora das minhas vistas.

Assim como os outros ele me dá nos nervos de uma forma que se eu não estivesse em uma camisa de força estaria batendo sua cabeça na parede como fiz com os outros. Mas não posso.

- Quero ir para o meu quarto agora, não gosto da sua companhia, quero ir para o meu quarto agora! AGORA, AGORA, AGORA!!!

Bom nesse momento estou me debatendo enquanto os enfermeiros tentam me acalmar. Depois de terem ouvido os meus gritos do lado de fora eles entraram. Como se isso fosse me impedir de gritar, esperniar e até morder.

Sinto uma dor fina e incomoda no meu pescoço e minutos depois começo a sentir um peso, e um breu começa a me dominar, e aos poucos eu me entrego a esse breu, rezando para não acordar no dia seguinte.
     

Meu PsicoterapeutaOnde histórias criam vida. Descubra agora