CAPITULO 22

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*SCARLETT ON*

É tão bom e libertador contar para alguém sobre o acidente da minha irmã, e é melhor ainda saber que o que eu sinto e recíproco. Mas ainda sim não pude deixar de notar que ele estava com o mesmo olhar indecifrável que eu vi apenas uma outra vez, que foi no dia do casamento, e como daquela vez ele mudou de assunto. Isso é estranho há que sempre que pergunto algo ele responde com a maior sinceridade que as vezes dá medo dele.

- Está me encarando a 15 minutos, o que tanto pensa?

Essa foi a frase que fez eu despertar de meus devaneios.

- Scarlett está aqui? O que houve? A comida está ruim?

- Que! Não! Eu só tava pensando em algumas coisas, e não, a comida está muito boa. Nunca me falou que cozinhava.

- Nunca perguntou. - Ele sorriu simples.

- Claro, nunca imaginei. Mais quem te ensinou? - Ele ia falar algo mais eu o interrompi - Não fala, deixa eu adivinhar. - Dei um sorriso grande.

Ele fez um gesto com o talher como se dissesse "continue".

- Sua mãe?

Ele abriu um sorriso divertido e negou com a cabeça levando o talher a boca novamente.

- Pai? - Negou e deu uma gargalhada. - Irmão ou irmã?

- Vou dar uma dica, ninguém da minha família, ou que tenha dinheiro o suficiente para comprar mais coisas fúteis e inúteis. É bem fácil. Vemos você é bem inteligente certo?

Falou como se estivesse zombando da minha cara.

- Alguma empregada então! - Ele assentiu - Cozinheira?

- Não mais sim também. A filha dela era uma grande amiga. Me ensinou algumas receitas.

- Era?

- Ela faleceu a uns 6 anos eu acho.

- Sinto muito. Qual era a idade dela?

- Sutil Scarlett, sutil - Sorri com o comentário dele - 20. A mãe dela era muito querida para mim e minha família, digamos que foi de geração para geração. Trabalharam para a família do meu pai, ela acabou se apegando a minha mãe, que se apegou a filha, então era como minha segundo mãe e a filha a outra única figura feminina sem ter 40 anos ou mais.

- Você também disse 'era' sobre a mãe da garota.

- Depois que a filha faleceu ela foi embora.

- Como ela morreu? - Curiosidade de merda - Esquece que eu perguntei isso. Foi indelicado da minha parte. Desculpe.

- Tudo bem. - Ele dá um sorriso tranquilo - Foi um acidente bobó - Ele dá mais um sorriso, mais esse era diferente misterioso, e também tinha o mesmo olhar vago. Senti cada parte do meu corpo tremer e arrepiar com aquele olhar - Satisfeita?

Demorei um pouco para voltar a realidade ainda perdida e confusa, em como tudo aquilo havia se transformado em algo simples e confortável como das outras vezes.

- Estou! Estou satisfeita. Obrigada pela refeição maravilhosa, e desculpe novamente pela minha há intromissão. - Dei um sorriso sincero.

- Claro. E disponha pela comida. Acredito que precise descansar um pouco. Os próximos dias serão extremamente estressantes, corridos e cansativos.

Como aconselhado fui para meu quarto descansar.

Meu PsicoterapeutaOnde histórias criam vida. Descubra agora