CAPITULO 29

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*SCARLETT ON*

O que eu fiz para merecer isso? Sério estou participando de um jogo de vida ou morte com minha família, e pior "Meu Psicoterapeuta" é um lunático que também está participando do jogo assim como sua família. Lunáticos.

Acredito que eu tenha gastado uma hora inteira reclamando sobre isso e chutando pedrinhas imaginárias. Porque eu acho isso? Simples, minha mãe veio com uma multidão me procurar porque eu tinha desaparecido.

Em todo caminho de volta tentei centenas de vezes (falhas) explicar para minha mãe o que me disseram, o que resultou em minha mãe vendo se estou com febre e meu pai como louco procurando meu psicoterapeuta. Infelizmente o achando, nos colocaram em uma sala com as portas fechadas por dentro, mesmo com minhas (também falhas) tentativas de negar.

- Scarlett seus pais estão preocupados com você. O que aconteceu? Disseram que você está inventando histórias. - Disse ele calmamante.

- Não seja cínico Andrew! - Bufei revirando os olhos.

- Pense comigo Letty... Quem vai acreditar que seu psicoterapeuta de sua família são lunáticos, que gostam de brincar com a vida das pessoas?

- Parece até um Psicopata falando desse jeito. - E foi nesse momento, em que Andrew com um sorriso divertido e perverso que percebi o que havia falado. - Você é um Psicopata? Não pode ser! Certo?

- Errado gracinha. Minha família também, mas sou adotado.

- Pera! Para tudo! Sério! - Ele franziu as sobrancelhas e me olhou - Adotado? - Ok nesse momento você pensa: ' Acabou de descobrir que ser terapeuta é eu psicopata e pergunta se ele é adotado?'

- Letty acabou de descobrir quem sou e pergunta se sou adotado? Sabe que é maluca certo? - Olhei para ele incrédula. Maluca sério?! - Mas sim sou adotado.

- Como? E sua família de sangue o que houve? Você contou sua história eu lembro!

- Na verdade falei sobre minha família atual. Advogado, Médico acho que lembra.

- Mas sua segunda mãe e a filha dela morta, a escola sobre saber como é estar no meu lugar, eu... Eu não entendo. Foi tudo mentira? Tudo que me contou?

- Não! Eu apenas omiti algumas coisas, como por exemplo... Aquela for horrenda que eu estava sentindo passou quando eu cravei a fala no peito da filha da empregada, diminuía cada vez mais toda vez que eu enfiava e tirava, toda vez que eu a ouvia gritar, até ela parar de se debater. E o mesmo aconteceu com o garoto da escola, bati a cabeça dele repetidamente no chão da quadra vazia. Aí alguém viu e falou para o tio que falou para o diretor que ligou para os meus pais para polícia e ambulância. Eu fui para o hospital e diagnosticado com psicose, bipolaridade, depressão severa e claro um alto nível de agressividade. Meus pais usaram todas as economias que tinham e em mandaram para um hospital psiquiátrico. Uns meses depois meus irmão adotivo deu entrada, ele fez amizade comigo. Depois de uns cinco meses os pais dele invadiram e o tiraram de lá e por insistência dele a mim também a seis anos e alguns meses. Como eu precisava de uma profissão para não ficar nas costas deles escolhi essa. Eles tentaram negar dizendo seria perigoso e tudo que me fizesse mudar de ideia  mas no fim cederam já que estou aqui. - Sorriu - Fim da história! Agora você vai sair daqui e esquecer tudo o que lhe contei, sorrir e inventar uma desculpa qualquer sobre o que disse para eles...

Nesse momento, enquanto ele se alterou um pouco veio se aproximando a passos rígidos, lentos e tensos, mostrando uma feição mais assustadora. Sua postura estava seria e rígida enquanto contava a história, sua voz soava um pouco rouca e grossa. Ele ficou a centímetros do meu rosto com o braço esquerdo contra a parede na qual eu me encontrava prensada, com a mão direita ele acariciava minha bochecha olhando nos meus olhos como se pudesse ver e sentir tudo dentro de mim.

Meu peito subia e descia descontrolado eu não me lembrava como respirava, sentia um medo imenso percorrer meu corpo, minha cabeça apitava em aviso que se eu fizesse algo levaria algo em troca. Então apenas fiquei parada.

- ...Você vai colocar sua roupa perfeita, comer doces e beber ou não. Mas em momento nenhum vai comentar com alguém sobre isso. Quando você conta o final de uma história perde a graça e não queremos isso, certo? - Assenti freneticamente - Exato, então estamos entendidos? - Assenti novamente. Ele aos poucos se afastou e foi em direção a porta a abrindo e saindo dali como se realmente nada tivesse acontecido.

Demorei uns dez minutos para voltar a mim e sair dali. Fui para o meu quarto me vestir e arrumar o cabelo não esquecendo a maquiagem. Talvez me desse mais cor já que eu estava quase transparente. Dito e feito, realmente eu parecia normal. Coloquei meu sapato e sai para o quintal onde a maioria se encontrava. Todos os olhos pousaram em mim, assim como a primeira vez que sai do quarto no hospital para tomar café, foi completamente encomodo. Meus pais se aproximaram para ver se eu estava bem saber sobre aquela história maluca sobre meu psicoterapeuta, e tudo o que eu disse foi:

- Foi só uma piada gente, nunca imaginei que fossem acreditar! Sério meu terapeuta um lunático psicótico que brinca com a vida das pessoas. Parece inacreditável!

Na verdade é Inacreditável! Foi o que passou pela minha mente.

Depois da minha explicação decadente, tudo aconteceu bem rápido já que eu estava atrasada. A noiva chegou na hora certa um milagre...

Os votos do casamento foram as coisas mais ridículas e clichês da minha vida, até mais que as histórias de livros... Foi como: "Vou te amar pela eternidade" Sério? Uma hora você vai morrer! "Você é o amor da minha vida" Mentira absoluta! Já tiveram tantos que disseram amar! E outras baboseiras ridículas.

Sinceramente nem prestei atenção, tentei ao máximo ignorar o olhar de Andrew sobre mim. Em momento nenhum direcionem meu olhar para ele, estava com medo em primeiro lugar e segundo tentando ficar em tudo ao meu redor.

Fora isso o casamento foi lindo. Fiquei até tendo umas brisas pensando em como seria o meu casamento.

Na hora da festa dançamos e foi muito bom. Tive a honra eu acho de dançar com meu pai e também com Andrew pela insistência dos meus pais. Diferente do que pensei ele não agio como mais cedo me ameaçando nem nada, ele me elogiou dos pés a cabeça e contou piadas sobre cada um ali. Cheguei que se a esquecer tudo o que houve. (OBS: ISSO ACONTECEU EM QUATRO MINUTOS DE DANÇA!) Quando acabou ele beijou minha bochecha e me desejou Sorte.

Como seria uma tarde longa e noite maior ainda fui dormir umas 23h.

Meu PsicoterapeutaOnde histórias criam vida. Descubra agora