Cap. 8 | Ravi

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RAVI RICCI PETROV

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RAVI RICCI PETROV

Noite passada foi um porre. Não estava preparado para tantas emoções e informações novas em tão pouco tempo. Senti uma adrenalina ferver em meu corpo, e uma outra sensação estranha ainda desconhecida para mim. Seja la qual for, espero que não seja perigosa.

O dia passou rápido mesmo que eu não tenha o aproveitado tanto. O sofá foi minha companhia na maior parte dele. E durante umas horas estive fora. Oliver me levou até uma cafeteria e partiu para faculdade de arquitetura logo em seguida. Não me importei em ficar sozinho, apenas cheguei a ficar levemente incomodado com os olhares que me cercavam. Garotas bonitas. Muito bonitas. Algo em mim soou diferente quando encontrei seus rostos. Não senti o mesmo interesse que costumava sentir. E quando se aproximaram, inventei uma desculpa qualquer pra dar o fora. Que porra esta acontecendo comigo?

Devia ter aproveitado ao menos uma delas.

Ao voltar pra casa dei de cara com um cartão postal deixado sobre um dos balcões decorativos da sala. Me apoiei nele desleixadamente e li o que estava escrito. Direto de Massachusetts. Nathalie lamentou não ter me visto e disse que nos encontraríamos no Natal. Natal. Ninguém na cidade costuma comemorar o Natal da forma tradicional. Claro, assamos alguns biscoitos e aproveitamos quando a neve cai. Mas apenas isso não é sufiente para alguns e então, eles fogem para Nova York. Perto daqui. Nunca me encantou tanto quanto encanta Oliver. Se der sorte, ela estará aproveitando a cidade onde os sonhos se realizam neste ano, e eu irei viver um pesadelo em seu lugar.

Fitei um ponto fixo até sair de meus pensamentos, com uma piscada forte e rápida. Lembrei-me de algo muito importante que devo fazer daqui alguns minutos e que não pode ser deixado de lado. Desbloqueei a tela de meu celular e analisei o horário. Porra, já estou atrasado.

* * *

Enfrentei a tempestade apenas para cruzar a cidade. Me arrependi de ter pego um Táxi ao invés de ter esperado Oliver chegar para assaltar seu carro. Eu ainda não posso dirigir, de acordo com a lei. As vezes a lei é uma grande merda. Tudo que eu preciso é ir até uma lanchonete e não quero perder tempo para isso.

De qualquer forma, o trajeto foi rápido e silencioso, exceto pela chuva que caia e pintava as janelas do carro agressivamente. O mundo estava embaçado lá fora. Mas eu estava determinado a encará-lo, mesmo não tendo certeza do que me espera por trás dos vidros. Alguns pingos caíram sobre mim e quase me deixaram encharcado, amaldiçoei cada um deles mentalmente. Meus coturnos escuros me protegeram do chão molhado.

Ao parar em frente ao Dragon's abaixei meu pescoço lentamente e avaliei minhas roupas. Um jeans escuro como todos os outros e uma jaqueta para me proteger do frio. Senti meu nariz congelar ao ficar parado do lado de fora do estabelecimento, perdendo tempo. Numa dosagem curta de adrenalina, eu empurrei a porta suficientemente para criar coragem de encontrar-me com alguém. Estudei cada canto do lugar e nem sinal de quem estou procurando. Não sei o que, mas algo me fez pensar que ela estaria aqui num sábado a noite. E isso foi o bastante para me despencar pra cá.

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