Cap. 16 | Lua

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LUA DOLCHE SCHÄFER

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LUA DOLCHE SCHÄFER

Estou começando a achar que Ravi é mesmo bom com surpresas. Ou bom em me surpreender. Por mais que as duas opções sejam parecidas, dividem muita das minhas dúvidas. Até por que; por que diabos ele insiste em me surpreender? Talvez esteja cansado desse quase.

Quase inimigos.

Quase namorados.

Talvez fugitivos tentando não serem pegos.

Onde esta a porra da certeza? E por que sinto que estou mais longe de ter uma do que parece? Ravi soa como uma droga pra mim. Me faz perder a consciência e dar um salto da realidade. Tudo que ele diz me faz sentir um impulso e de repente, estou fazendo coisas que nunca faria e dizendo coisas que nunca diria. Questionando minhas decisões e sentido uma mistura de raiva e adrenalina me afogando.

Ele me faz dizer sem pensar, questionar sem querer e sentir demais.

Ele provoca coisas em mim que me fazem dizer, questionar e sentir.

O nosso "talvez, tentando e quase" é um disfarce pra "dizer, questionar e sentir"

─ Ai meu Deus. ─ Nemesis disse pausadamente, surpresa. ─ Esse é o lugar que queria me trazer, Oliver?

─ Nada mal. ─ concordei com seu entusiasmo, parando ao seu lado. Ela sorriu em minha direção.

─ Eu e Ravi vínhamos aqui e achamos uma boa trazer vocês também. ─ Oliver entrelaçam seus braços fortes por trás do meu ombro e da garota ao meu lado. ─ São uma de nós agora.

Com as pontas dos dedos retirei suas mãos em volta de meu ombro e lancei uma careta para ele, que respondeu com outra. Oliver parece uma copia do Ravi: jaquetas de couro. Cabelos dourados desgrenhados. Heterocromia. Ainda assim, pode ficar ao lado de uma garota sem a fazer surtar. Ravi não tem esse poder. Ou se tem, não funciona comigo.

─ Divirtam-se, crianças. ─ O loiro bateu com as mãos no jeans escuro. ─ Temos que ir.

─ Como assim "temos que ir?" ─ reclamei e avistei Ravi parando ao lado do irmão. ─ Pensei que ficariam com a gente. Sabe, juntos.

─ Não trouxe uma câmera fotográfica atoa, Lua. ─ Nemesis a pegou da mão de seu cunhado e pendurou em seu pescoço, com um sorriso. ─ Fotos são memórias.

─ E memórias são especiais. ─ Oliver e eu completamos em uníssono. Rejeitei seu high five quando se aproximou.

Nemesis adora fotos. Devia ter imaginado que ela com certeza iria querer fotografar tudo em sua volta. Ainda mais nessa cidade, onde tudo é claro e florido. As lojas são bem decoradas e coloridas, e como se tivesse adivinhado, Oliver acrescentou:

─ Tem uma sorveteira aqui perto. Na volta eu trago sorvete de morango para os dois. ─ estalou o pescoço. ─ Se se comportarem. ─ advertiu divertido.

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