Cap. 30 | Lua

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LUA DOLCHE SCHÄFER

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LUA DOLCHE SCHÄFER

       Meus olhos já estavam abertos, acostumados com a claridade do dia, quando Ravi acordou. Ele afundou as mãos no meu cabelo da forma que eu gosto, e eu me remexi com a cabeça encostada em seu peito nu.

─ Bom dia. ─ proferiu com a voz rouca

O carro de Oliver está estacionado próximo a praia, de frente pro mar. Estamos deitados no porta-malas, enrolados numa manta azul-bebê.

─ Bom dia. ─ respondi, sorrindo em seu direção

Analisei seu rosto: está inchado e os olhos estão vermelhos. Os cabelos dourados mais bagunçados do que nunca. Toquei suas bochechas, as acariciando.

─ O que foi, bonitinha? ─ perguntou em meio a um bocejo

─ Estou pensando no porquê demorei tanto pra me apaixonar por você. ─  confessei ─ O que eu estava fazendo todo esse tempo?

Um sorriso torto deslizou pelos seus lábios, e ele apertou meu corpo ao seu usando as mãos fortes.

─ Me odiando. ─ apontou, se divertindo.

Sorri e fechei os olhos, me aconchegando em seus braços. O sossego foi interrompido pelo celular de Ravi que bipou em seu bolso. A tela foi desbloqueada, revelando uma mensagem de seu irmão.

Oliver

Acho melhor trazerem meu carro de volta
Eu juro que vou dormir com essas chaves nos dentes
Qual o problema de vocês?
Onde estão?
Tragam a porra do carro de volta, caralho

Eu acho que ele está um pouco irritado. ─ comentei. ─ Devíamos mesmo ir embora. ─ sugeri ─

Ravi olhou-me com um olhar de desconfiança e arqueou as sobrancelhas loiras. Em seguida, colou seus lábios nos meus e arrastou os dedos ásperos sobre a pele exposta do meu pescoço. Ele se afastou, me deixando tonta e enlouquecida. Meus olhos pediam mais daquilo.

─ Devíamos, é? ─ provocou.

Não, com certeza não.

Aproximei meu rosto do seu, mas ele me travou colocando os dedos sobre meus lábios, deixando-me confusa.

─ Eu quero muito te beijar agora, Lua. ─ disse, sentando-se. Caramba, que costas são essas? Meu subconsciente me condenou. ─ Mas preciso fazer outra coisa primeiro. Me espera lá em cima?

"Lá em cima" é literalmente em cima do carro. Ontem a noite compramos batatas fritas e refrigerante, comemos sobre o carro de Oliver. Ele nunca pode saber disso.

Fiz o que me disse e o larguei sozinho dentro do porta-malas espaçoso. Aqui de cima posso ver as ondas do mar se quebrando e o som atingindo meus ouvidos. Trouxe a manta comigo e me enrolei nela, me protegendo da brisa fria. Um tempo depois Ravi subiu e parou ao meu lado, encarando meu rosto com um sorriso: que foi retribuído. Está usando apenas uma bermuda de moletom.

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