Cap. 25 | Lua

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Não diga que não é justoVocê claramente não estava ciente de queMe deixou péssimo

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Não diga que não é justo
Você claramente não estava ciente de que
Me deixou péssimo

Billie Eilish, Happier Than Ever


LUA DOLCHE SCHÄFER

      Faz alguns minutos que acordei e estou me decidindo se devo aparecer na sala, ou se passo o resto de meus dias aqui. Nesse quarto bagunçado, na cama estupidamente macia e no edredom com o cheiro dele. Tudo aqui tem o cheiro dele.

Levanto e desco as escadas silenciosamente. Oliver pode esta aqui. Pior, seu pai pode estar aqui. Com certeza não quero o encontrar nesse estado: devo estar péssima. Vestindo uma calça maior que eu e com os cabelos desgrenhados. Ninguém pode me ver assim.

Dei uma olhada em volta: Ravi não está na sala. Deve ter saído, o que significa que está tarde. Eu não poderia ter vindo aqui, dormido aqui, e estado aqui até tarde.

Peguei uma caneta e papel que encontrei em algum lugar por aqui: tem tantos cômodos que nem sei o que são cada um deles. É uma casa gigante. Uma decoração perfeita. Me apoiei na mesa de cerejeira próxima da sala e comecei a escrever um bilhete, agradecendo por ontem.


─ Lua? ─ uma voz rouca profere atrás de mim.

Lá estava Ravi: parado com uma caneca em mãos e coçando os olhos.

Puta merda.

Como ele é lindo ao acordar.

─ Oi. ─ deixei a caneta cair sobre o papel. ─ Eu já estava indo. ─ sorri sem graça, e me condenei por isso.

Ele sorriu de volta.

─ Não acredito que ia ir sem se despedir de mim.

─ Isso era pra você. ─ apontei para o bilhete atrás de mim.

Ele não pareceu se importar sobre como estou horrível.

─ Não tô falando disso. Se despedir de verdade. ─ afrontou. ─ Passou a noite na minha cama. Não é educado que saia sem falar comigo.

Ravi ainda é o mesmo filho da puta de sempre, mesmo depois de ter me acolhido.

─ Certo. ─ me dei por vencida, cruzando os braços e entrando no jogo. ─ Ravi Ricci Petrov, muito obrigada por ter me deixado dormir na sua cama. É extremamente confortável.

Uma malícia pairou em seu olhar.

─ Pode voltar mais vezes. Não sabe das coisas que ela é capaz de aguentar.

Caramba.

─ Essa é a deixa perfeita pra eu te dar um soco, ou ir embora. ─ ele deixou uma risada escapar dos lábios.

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