Cap. 22 | Lua

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              LUA DOLCHE SCHÄFER

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LUA DOLCHE SCHÄFER

      Meus olhos queimaram nessa manhã quando tentei acordar. Me convenci de que seu deixasse eles fechados por mais um tempo a dor aliviaria: só que aconteceu o contrário. Meu corpo ficou estranho de repente, dolorido em cada extremidade.

Eu preciso de um café da manhã gigante. Preciso de um banho quente. Preciso de qualquer coisa que me arraste pra fora dessa cama e que tire esse enjoo de mim. Coloquei os pés para fora e toquei o chão, descalça, e um arrepio percorreu até o topo da minha cabeça: a fazendo arder outra vez.

Não me lembro de nada que aconteceu antes de eu vir parar aqui. Tudo é embaçado e distante. Minhas memórias são impossíveis de serem acessadas: o que me deixa mais preocupada do que nunca. O que eu fiz na noite passada?

Massageei as têmporas esperando que aliviasse a pressão em meu rosto. Dores e uma maldita tontura me acompanharam até a porta de meu quarto; onde eu parei incrédula.

Que caralhos é isso?

Franzi o cenho ao encontrar meu reflexo no espelho perto da parede com discos. Essa não sou eu. Pensei estar no mínimo com olheiras gigantes e olhos inchados. Ao inves disso estão cobertos por um borrão escuro. O batom que estava delineando a minha boca agora esta a deixando manchada e se arrastando até minhas bochechas. Meu cabelo esta um caos.

Como meu rosto ficou assim?

Desço os olhos e fito a camiseta que cobre todo meu tronco; até os joelhos. Foquei na rosa vermelha desenhada no tecido escuro. Segurei ele entre meus dedos e subi até meu rosto; aproximando de meu nariz. Respiro fundo com ela perto de mim.

Eu conheço esse cheiro. Ravi.

Essa é camisa dele. Sei disso porque noite passada ele estava com ela por trás da jaqueta de couro que vestia. Passei a odiar essa camisa desde a vez em que ele a comparou com a minha de Harry Potter, e disse que era péssima.

Meu cérebro entrou em curto circuito. Onde esta o meu vestido?

Girei os calcanhares dando as costas para o espelho.

─ Ta tudo bem, Lua. É só um pesadelo. ─ disse para mim mesma.

Sentei na minha cama pronta para passar o resto do dia ali me enchendo de duvidas. Até que uma outra apareceu na minha escrivaninha, em forma de uma caixinha enrolada por uma fita lilás.  Doces? Do lado da minha cama? Que tipo de sonho é esse e por que parece estar melhorado?

Vi um bilhete na parte de cima, mas o deixei de lado. Ao abrir a caixa, me deparei com 5 muffins agrupados simetricamente. Segurei um deles e mordisquei com vontade; estou mesmo com fome. Equilibrei o bilhete em minhas mãos ocupadas e rolei meus olhos pelas palavras escritas desleixadamente.

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