Cap. 20 | Ravi

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RAVI RICCI PETROV

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RAVI RICCI PETROV

        Péssimas notícias maninho. ─ Oliver anunciou sua presença, se jogando ao meu lado no sofá.

Seu jeito diferente de dizer bom dia as 19:00 da noite. Nunca sei como esse desgraçado consegue dormir tanto.

─ Sério, Oliver? ─ franzi o cenho. ─ Essa é a primeira coisa que você diz quando me vê?

Ele fez menção de responder, mas parou analisando meu rosto com uma careta estranha.

─ Não é minha culpa se você é azarado. ─ deu de ombros. ─ Ai, cara, passou a noite fora? ─ julgou.

─ Tá tão na cara assim?

Deve estar. Nunca bebi tanto como ontem a noite. Na verdade, algumas vezes. Mas nada se compara a estupidez que cometi quando meu corpo estava inebriado pela madrugada e por umas 20 doses de vodka. Nem sabia que tinha tantas guardadas no armário. É um dos lados bom de ser um Ricci: caso contrário teria que ir até o bar buscar algo.

─ Qual é, pediu comida japonesa? ─ apontou para os resquícios em cima do balcão da sala em frente a tevê.

─ Não é minha culpa se você é azarado. ─ foi minha vez de o deixar com cara de idiota, mesmo que esse seja seu habitual.

Uma sorriso pairou em seu rosto inchado e os olhos vermelhos se esticaram para o canto: acontece quando ele sorri.

─ Lua cancelou o Karaokê hoje a noite. ─ cruzou os braços e se ajeitou vitoriosamente ao meu lado. ─ Quem é o azarado agora?

Lua: estava tentando evitar seu nome desde acordei. Qualquer coisa seria melhor do que ver seu rosto se desfazendo em minha mente nas minhas memórias borradas da noite passada.

Merda. O Karaokê.

Ela estava ansiosa pra sair com Oliver e Nemesis quando marcaram isso semana passada. Meu irmão me avisou mas eu dispensei a ideia: não sou muito de cantar. Não mais. Acontece que quando ela esta envolvida, tudo fica diferente. E sei que ela quer estar lá hoje e seu único medo é cruzar comigo novamente.

Não posso ter estragado tudo.
Não posso ter estragado tudo.
Não posso ter estragado tudo.

─ No que tá pensando? ─ meu irmão perguntou, me encarando como um louco.

─ Nada... só... esquece. ─ estalei a língua. Oliver não precisa saber de todas as vezes que fico bêbado e seria humilhante contar dessa última. ─ Por que Lua cancelou?

Tentei esconder toda minha preocupação. Talvez ela esteja doente ou algo do tipo por ter pego frio ontem. Lembro que seu nariz estava vermelho como uma maçã.

─ Parece que o gato dela ficou doente. Algo do tipo. ─ Oliver contou, apertando o controle da tevê tantas vezes que fiquei com vontade de jogá-lo contra a parede.

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