Cap. 12 | Lua

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LUA DOLCHE SCHAFER

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LUA DOLCHE SCHAFER

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    O olhar que lancei para Ravi significava duas coisas. A primeira delas é que eu nunca precisei dele. E a segunda é que fica ótimo em jaquetas de couro e roupas escuras. Ele não pareceu entender a segunda parte e agradeci mentalmente por não ter sido tão obvia e observadora. Nem a escuridão de suas vestes podem disfarçar o seu jeito presunçoso.

Os cabelos dourados estão jogados para trás e cada um dos fios brilham de uma forma chamativa, que decido ignorar. Ele parece perceber que estou o analisando mais do que deveria e por algum motivo isso o deixa preocupado, e se remexe desconfortávelmente. Nunca o vi tão ansioso, ou curioso. Ainda não consigo o desvendar tão bem.

─ Nemesis avisou que eu estaria aqui, não é? ─ perguntou assim que desviei meu olhar do seu.

Não o respondi.

─ Algo me diz que não devo ficar contente por estar me procurando, bonitinha. ─ zombou, apoiando os cotovelos na mesa e se lançando sobre ela.

Por alguma razão minhas bochechas queimam todas as vezes que usa esse apelido comigo. Normalmente, eu não deixaria que me chamasse assim. Mas para ele tudo funciona como um jogo e se eu deixar claro que odeio que faça algo, ele vai fazer 100 vezes.

Respiro fundo antes de tentar conversar com Ravi. Pela última vez.

─ O colégio não pode achar que estamos juntos. ─ ele arcou para trás ao ouvir minhas palavras.

Uma espécie de desapontamento pairou em seu rosto e espero estar errada quanto a isso. A apenas duas opções para Ravi insistir em sermos um casal de mentira. 1: ele precisa de mim para não ferir seu ego. 2: esta deixando de me odiar tanto assim. Meu subconsciente riu ao saber que a última opção não é verdadeira, e acrescentou que Ravi Ricci Petrov nunca seria capaz de controlar seus sentimentos tão bem assim. Não pode simplesmente deixar de me odiar.

─ Achei que não se preocupasse com o que pensam de você. ─ provocou com o único sorriso que pode dar no momento.

Fico aliviada por saber que esta levando a sério. Do jeito dele, ao menos.

─ São só julgamentos. ─ dei de ombros. ─ Não dou a mínima pra eles.

Ele me encarou de um jeito reconfortante e curioso, ao mesmo tempo. Queria que eu dissese mais, e estava deixando isso muito claro com aquelas íris de cores diferentes. E estava tendo cuidado para não ser tão invasivo.

─ Mesmo que na maioria das vezes eles estejam 99% certos. ─ acrescentei, me jogando de costas no assento.

Não sei o que deu em mim para deixar de vê-lo como uma ameaça e em um segundo dizer como me sinto. Não quero que saiba que as pessoas fazem um julgamento justo sobre mim quando dizem que sou egoísta e nem um pouco sensível. Sei que estão certas.

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