Cap. 14 | Ravi

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RAVI RICCI PETROV

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RAVI RICCI PETROV

Lua esfregou os olhos tantas vezes que pensei que eles fossem cair e jamais poderia sentir seu olhar queimar sobre mim. Será que ela acha que está dentro de um pesadelo? É o que parece.

─ O que pensa que esta fazendo? ─ murmurou rispidamente.

Seu rosto está inchado e os fios de cabelos amarrados no topo de sua cabeça. Esta livre de maquiagem mas ainda esta bonita. Seu piercing está torto no nariz, fisgando minha atenção.

─ Porra, você dorme cedo. ─ ironizei. ─ Vem, temos que ir.

─ Você esta enlouquecendo, Ravi? ─ adoro a forma que xinga meu nome quando esta com raiva. ─ Não pode aparecer aqui assim.

Eu acho que já fiz isso, bonitinha. Se soubesse para onde quero levá-la, já estaria aqui embaixo. Mas decidi não avisar para onde vamos, assim eu evito duas coisas: 1: que ela faça perguntas. 2: que tenha o controle. Quero a surpreender, o bastante para que quebre a imagem que tenha de mim. Embora ela esteja certa pra caralho.

─ Não vou com você. ─ disse ao ver que não iria desistir tão fácil. Sabe que posso ser teimoso e insistente quando quero.

─ Ótimo. Então parece que vou ter que me apresentar para sua mãe.

Aprendi algumas coisas sobre Lua. Uma delas é que odeia seguir ordens. E a outra é que odeia mentiras. Fica fácil de saber sobre isso, já que ela me odeia. E odiaria ainda mais se eu aparecesse na porta de sua casa dizendo para sua mãe que eu a namoro e a fazendo acreditar que "eu sou o cara certo" para ela. Eu não sou o cara certo para ninguém. Isso me manteve longe de relacionamentos por anos e agora que estou em um ─ falso ─ quero me divertir. Como sempre.

Lua sabe que sou capaz de levar isso a sério, mesmo não dando a minima para o nosso namoro. Então segui até a entrada de sua casa, pronto para fazer o que havia dito que ia fazer. Mas ela me impediu, jogando uma das pedras que lancei em sua janela em minha perna.

─ Isso doeu, caralho. ─ reclamei com o ardor que se espalhou em minha pele. ─ Vai descer?

Agora seus cabelos ruivos estão soltos, e a mecha pintada de branco caiu sobre o rosto: provavelmente por ter feito um movimento brusco. Ela lançou os fios para trás e voltou a me encarar, preocupada e desejando que eu de o fora.

─ Eu não posso sair de casa. ─ me aproximei de seu quarto. ─ minha mãe vai me matar!

Qual é. Ela não acha que isso vai me impedir de arrancá-la dali.

─ Ela não vai saber o que você fez. ─ um sorriso deslizou sobre meus lábios. ─ Pula. Eu seguro você.

Posso impedir que caia ao chão. A distância não é tão grande assim e o corpo dela é leviano. Ela fitou seu quarto e pensei que iria me deixar falando sozinho. Não posso deixar que pense demais no que esta fazendo. Ela seria lógica, como sempre. E isso acabaria com tudo que planejei.

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