Capítulo 2

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Sim, acordei e estou um pouquinho de nada atrasada.

Corri para entrar no carro e joguei meus materiais no banco de trás.

As veses queria saber me teletransportar, mas sereias não sabem fazer isso.

Fiz 160/h e cheguei na faculdade 2 minutos atrasada.
Mas parece que me enganei um pouco, porque estão todos do lado de fora.
Estacionei em uma vaga vazia, comecando a ficar anciosa e incrivelmente vermelha, porque todos estão encarando meu carro.

Esperei para ver se paravam de olhar, mas não resolveu muita coisa.

Mandei minha vergonha de volta para o mar e sai do carro.
Peguei minha coisas e comecei a andar pelo campus.

Andei até a sala do reitor e bati levemente na porta.
Após escutar um 'entre', entrei e me sentei na cadeira disponível.

Irei pagar o primeiro mês de faculdade para não dar problemas depois.

Tirei um talão de cheques da bolsa e preenchi o valor necessario.

Com tudo acertado, me levantei e parti para minha aula.

Entrei e todos estavam conversando. Achei uma cadeira vaga na primeira fila e me sentei.

Observei a curiosidade no rosto de algumas pessoas, acho que era a única nova.

Sim, todos ali já eram colegas a muito tempo. Eu entrei em uma turma avançada, então não conhecia ninguém.

Quando o professor entrou, todos sentaram em seus lugares e começaram a apertar atenção.

Seus métodos de ensino são muito primordiais. Suas palavras não tem muita veracidade. Seus conceitos são básicos.

Me afundei na cadeira e fechei meus olhos, me imaginando em casa brincando com minhas tias.

Humanos tem conhecimento básico sobre animais marinhos. A muito para descobrirem.

Para eles um tubarão é um animal extremamente perigoso. Para nos ele é dócil, amável, companheiro e brincalhão.

Após 3 horas de aulas, saímos para um intevalos de 30 minutos.

Caminhei pela faculdade tentando achar o refeitório.
No caminho encontrei uma garota sentada no chão e corri até ela.

Eu: Você sabe me indicar onde fica o refeitório? - perguntei tímida.

A garota me olhou assustada e logo sorriu.

XXX: Claro, vem comigo - me puxou e começou a andar.

Andamos por uns 2 minutos e logo avistei um local repleto de pessoas.

Senti meu rosto corar e minha boca secar. Nunca é bom ficar em um lugar com pessoas desconhecidas.

Abaixei um pouco a cabeça e entramos naquele lugar lotado.

XXX: Ali é onde pegamos nossa comida - apontou para um balcão - vamos lá pegar e nos sentar - completou largando minha mão.

Andei atrás dela e peguei um salgado com um copo de suco.
Já ela pegou um pedaço de bolo e uma coca cola.

A segui e nos sentamos em uma mesa afastada de todos.

Eu: Qual seu nome? - perguntei mexendo meus dedos no colo.

XXX: Agatha e o seu?- falou sorrindo

Eu: Blue - respondi com um sorriso tímido.

Agatha: Bom Blue, apartir de agora seremos eu e você contra o mundo - falou piscando um olho.

Sorri e continuamos comendo até ver que o lugar se tornou silencioso.

Ergui a cabeça confusa e vi um cara andando entre as pessoas e empurrando algumas.

Eu: Quem é ele? - perguntei preocupada.

Agatha: Draco Williams - respondeu com nojo na voz - o maior babaca de todos os tempos, se eu fosse você não passava perto dele - avisou suspirando.

Eu: Muito ruim? - perguntei surpresa.

Agatha: Não importa se é mulher ou homem, se olhar para ele errado ele mata - deu de ombros como se não acaba-se de dizer que o homem mata pessoas.

Eu: O que? - gritei chamando uma atenção desnessessaria - ele mata pessoas? - perguntei mais baixo.

Agatha: Dizem que sim, a maioria dos rumores estão certos - falou novamente dando de ombros.

Olhei para o homem e peguei seu olhar em uma pobre garota encolhida no canto da parede.

Seu andar até ela era como o de um predador em sua presa.

Olhei ao redor e as pessoas não faziam nada, em seus olhares havia apenas medo.

Olhei o bebedouro do outro lado do refeitório e tive uma ideia.

Esquentei a água até seu ponto de ebulição e explodi o objeto atraindo assim a atenção de todos, inclusive a de Draco.

Deixei um sorriso escapar ao ver que a menina havia fugido.

Agatha: Nem me surpreendo mais - resmungou terminando seu bolo.

Dei uma risada baixa e terminamos de comer em paz, já que Draco tinha saído ameaçando matar quem o distraiu.

Tadinho, ele acha que pode matar uma sereia.





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Anjo Negro - Vol.1  [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora