Anjo Negro - Vol.1 [CONCLUÍDO]

Capítulo 24

Nadei até a superfície e me arrastei pela areia até minha cauda dar lugar as minhas pernas.

Quando me levantei, tirei a areia do corpo e procurei um táxi.
Vou falar com Draco antes mesmo de ir para casa.

30 minutos depois bati em sua porta.

Esperei por alguns minutos e nada, mas por algum motivo eu senti sua presença lá dentro.

Eu: Draco abre a porta - falei batendo novamente.

Novamente fui ignorada.

Dei um suspiro frustrada e comecei a congelar a maçaneta.
Ele querendo ou não vou entrar.

Assim que foi totalmente congelada, chutei a porta e entrei.

Na parte de baixo não havia ninguém, então segui para a de cima.
Parei em frente a porta de seu quarto e dei uma pequena batida antes de entrar.

Vi seu corpo sobre a cama e seus olhos fechados.
Sei que não está dormindo, mas sim me ignorando.

Me aproximei e deitei ao seu lado, olhando para o teto.

Eu: Quando vou na casa de pessoas normais, elas abrem a porta para mim - brinquei sorrindo tensa.

Ouvi um suspiro sair de seu peito e fechei meu sorriso.

Eu: Você querendo ou não vai me escutar - rosnei começando a ficar brava - entendo que tem o direito de ficar bravo, mas tenta compreender meu lado. Eu tinha que salvar meu reino - falei não sentindo nenhum pingo de remorso.

Mudo, era o que ele está parecendo. Nem os olhos ele abriu.

Eu: Você não tem o direito de ficar bravo comigo. Sim somos companheiros, mas você me despreza e me usa - falei sentindo uma coragem me invadir -  eu gosto de você e provavelmente você já sabe, mas não faz nada para mudar isso - completei suspirando.

Comecei a andar sentindo o ar pesado devido a minha agitação.

Eu: Eu gosto de você Draco, mesmo tendo feito tudo que me fez -sussurrei - se precisar de algo sabe onde moro - avisei saindo de seu quarto.

Se quisermos ser um casal ele precisará me contar toda a verdade sobre sua vida ou se está verdadeiramente disposto a ser meu companheiro.

Um relacionamento não funciona só com um.

Procurei a chave do meu carro pela sala e deci até a garagem.
Porque Agatha não o buscou? Será que ficou com medo de Draco?

Dirigi até em casa e fui fazer algo para comer.
Em oceana comi apenas algumas ostras pequenas, então ainda estou com fome.

Preparei um macarrão caprichado e fiz um suco natural de laranja.

Enquanto comia pensei em como falar com Agatha. Ela provavelmente acha que estou morta ou em outra cidade.

Fui para meu quarto, peguei o telefone e vi 37 novas mensagens suas.
As abri e a maioria são perguntando onde eu ia e se era verdade a coisa de morrer.

Aproveitei a chance e respondi que não, que era tudo uma brincadeira.

Pouco e segundos depois recebi um áudio seu falando que quer conversar comigo e que sabia de toda a verdade.

Arregalei meus olhos e deixei o telefone cair na cama.
Será que Draco contou toda a verdade a ela?

Peguei novamente o telefone e falei para conversarmos aqui.
Me sentei no sofá e esperei até que chegasse.

45 minutos depois ouvi batidas na porta.

Criei coragem para levantar e quando vi seu rosto deixei um sorriso culpado abrir.

Eu: Entra - falei dando espaço a ela.

Nos sentamos no sofá e comecei a explicar tudo o que tinha para explicar. Sem deixar de fora nenhum detalhe.

Vi magoa e culpa se apossar de seus olhos.
Mas porque a culpa?

Agatha: Eu entendo seu lado Blue, mas não sei se irá entender o meu - falou suspirando e mexendo os dedos de forma descompassada.

Eu: Que lado? - perguntei curiosa.

Agatha: Draco é meu irmão - falou baixando os olhos.

O que? Não credito nisso!

Eu: Porque não me contaram? - perguntei.

Agatha: Fiquei com medo de perder sua amizade e pedi a Draco para não falar nada e me tratar como trata os outros - disse se levantando.

Eu: Não posso falar que gostei do que ouvi, mas o importante é que estamos aqui, pedindo perdão pelos erros que cometemos - falei me aproximando e pegando sua mão - e perdoando uma a outra - completei sorrindo.

Um sorriso de alívio e felicidade.

Agatha: Não sei o que faria sem você - confessou sorrindo.

Balancei a cabeça e logo me lembrei de quando fui falar com Draco.

Eu: Seu irmão me ignorou completamente quando fui falar com ele - disse suspirando - ele estava deitado e nem sequer abriu os olhos - completei frustrada.

Agatha: Meu irmão fez isso? - perguntou surpresa - ele não deixa ninguém entrar no quarto dele e quando deixa fica igual a um urubu em cima - explicou surpresa.

Eu: Muito obrigada pelo ninguém Agatha - falei magoada.

Agatha: Não foi isso que eu quis dizer e você sabe muito bem - empurrou meu ombro.

Eu: Pra entrar em seu apartamento tive que arrombar a porta - dei de ombros insatisfeita.

Agatha: Alguma coisa está errada nessa história - falou confusa.

Se você não entende seu irmão, quem sou eu pra entender!

Deixem a 🌟