Capítulo 15

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Brinquei com os tentáculos de um polvo e sorri quando ele se pregou em meu braço.

Passei minha mão em sua cabeça e acariciei sua pele.

Eu: Tudo bem amiguinho, está na hora de ir - falei sorrindo calma.

Ele se despregou e foi nadando sem rumo.

Brinquei também com alguns peixinhos e vi uma baleia fazendo sua refeição.
Sempre achei lindo como elas ficam esperando os peixinhos pularem dentro de sua boca.

Dei um tchausinho quando acabou e nadei até a praia. Sempre em uma deserta.

Esperei a calda secar e voltei para casa.

Com o passar do dia, mais anciosa eu ficava para falar com Draco e saber toda a verdade.

Quando anoiteceu, dei graças a lua e fui dormir.

Na manhã seguinte me levantei e nem tomei café. Fui direto para a faculdade.

Assim que estacionei o carro, sai e fui procura-lo.

Desculpa Agatha, mas o que tenho a tratar com ele é mais importante - pensei.

O achei com seu grupinho sentado nas arquibancadas do ginásio fumando.

Eu: Preciso falar com você - disse me aproximando.

Sua atenção se voltou a mim assim como a de todos que ali estavam.

Draco ergueu uma sombrancelha e me olhou irônico.

Draco: Pode falar aqui mesmo - fez pouco caso.

Fechei as mãos em punhos e tive uma bela ideia.

Eu: Tudo bem - falei sorrindo - olha a culpa não é sua se não se excita mais por mulheres, alguns homens se atraem mais por outros do seu gênero, o que é super normal hoje em dia - terminei vendo seu olhar se tornar assassino.

Vi seus amigos arregalarem os olhos e muitos deram sorrisinhos zombeteiros.

Draco: Que porra Blue - rosnou me pegando pelo braço e começando a andar.

Eu: O que você é? - perguntei sem enrolação.

Draco: Não é você quem faz as perguntas por aqui amorzinho - rosnou - que porra foi aquela lá atrás? - perguntou possesso.

Eu: Você não queria falar comigo em particular, então inventei uma mentira que te tirasse dali - falei simples.

Draco: Blue, Blue, Blue, acho que você se esqueceu de quem sou eu - me rondou ameaçadoramemte.

Eu: Pelo contrário, acho que sei muito bem quem você é - olhei fundo em seus olhos demonstrando minha real intensão.

Draco: E quem eu sou amorzinho? - perguntou sorrindo estranho.

Eu: A fera - falei olhando em seus olhos.

Vi novamente seus olhos ficarem negros e um rosnado potente sair de seu peito.

Draco: Alguém dentro de mim gostou de ser chamado assim - ironizou mordendo o lábio.

Movimento capturado por meu olhos.

Me afastei balançando a cabeça e franzi a testa.

Muito coisa para processar. Não imaginava uma revelação fácil assim.

Olhei novamente para seu rosto e vi lá no fundo uma pitada de preocupação.

Porque ele estaria preocupado, só se....

Eu: Não se preocupe, seu segredinho está guardado comigo - falei e sai rapidamente dali.

Já tenho minha informação, não preciso mais ficar perto dele.

Nem preciso adivinhar o motivo de ter me atacado. Esse homem é um perigo para os humanos.

Fui para minha sala e encarei a nova professora.
Fizeram uma rápida substituição.

Andei até minha carteira e me sentei, esperando a aula começar.

4 horas depois, sai da faculdade entediada.
Agatha novamente tinha faltado.

Entrei no carro e comecei a dirigir.

Pouco antes de chegar de chegar em casa, senti alguém segurar meu pescoço.

Como assim tem alguém dentro do meu carro?

Me mexi assustada e olhei pelo espelho.
Arregalei os olhos ao ver meu antigo professor me encarando psicoticamente.

Professor: Vamos passear junto que tal? - perguntou sorrindo.

Abri a boca para responder, mas sua mão me impediu.

Professor: Não não, sei de seu segredinho garota, não tente me hipnotizar - falou me fazendo arregalar os olhos.

Pronto, agora esse cara sabe mais da minha vida que eu mesma.

Ele afastou a faca que eu nem tinha percebido do meu pescoço e colou uma fita na minha boca.

Professor: Vira a esquerda - falou ao ver que chegamos a rua da minha casa.

Pensei em mil alternativas para me livrar dele, mas em todas eu saia esfaqueada. E convenhamos que não é bom.

Então por enquanto resolvi acatar suas ordens.

Virei a esquerda e continuei dirigindo sob suas ordens.

Professor: Estaciona e pula para o outro banco - mandou apertando a faca em meu pescoço.

Acabei com a cabeça e estacionei.

Pulei para o outro banco e quando ele foi entrar no do passageiro, abri a porta e sai correndo.

Por inconveniência desse maluco estamos em lugar deserto.

Olhei para traz e o vi acelerar o carro e me seguir.
Tentei correr mais rápido, mas infelizmente não sou mais rápida que um carro.

Senti um baque em minhas costas e cair gemendo no chão.

Esse cretino me atropelou!

Ouvi seus passos se aproximando e tentei levantar a cabeça.

Professor: Eu avisei, agora faremos do meu geito - falou tirando um pano da calça.

Ele colocou esse pano no meu nariz e me forçou a respirar.
Não entendi o que era aquilo até sentir uma sonolência me tomar.





Deixem a 🌟

Anjo Negro - Vol.1  [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora