Anjo Negro - Vol.1 [CONCLUÍDO]

Capítulo 17

Encarei a porta sentindo sua mão acariciar minha intimidade e pensei em quão irônico isso é.

Senti um tremor no chão e olhei esperançosa para a porta.

Que seja Draco - implorei a deusa lua.

Encarei o professor que franziu a testa confuso e suspirei aliviada quando se afastou de mim.

Ele passou os olhos por meu corpo exposto e sorriu.

Professor: Não vai ser um pequeno tremor que me impedirá - resmungou desabotoando as calças.

Tentei resmungar o mais alto possível para que Draco me achasse e comecei balançar minhas pernas.

Esse monstro não vai me estuprar!

Ouvi um baque na porta e logo ela estava no chão.

Vi o mesmo lobo que me atacou na ilha olhando para o homem com um olhar mortal.

Dei um suspiro aliviado e senti meus nervos se acalmarem.

Ele veio por mim.

Seus olhos capturaram os meu por breves momentos e transmitiram um ódio inimaginável.

O professor se encolheu em uma parede e começou a gritar de medo.

Vi Draco expor suas presas e avançar em cima dele.

Tentei gritar com a mordaça e ganhei sua atenção.
Seus olhos foram para minha intimidade nua e um rosnado mais alto ainda saiu de seu peito.

Resmunguei novamente e o vi caminhar até mim.

Suas garras cortaram a mordaça e as corrente que prendiam meus braços.

Eu: Ele é meu - falei sentindo minha voz rouca.

Me sentei sentindo uma imensa vergonha por estar nua.
Draco arrebentou as corrente do meus pés e me sentia na cama.

Quando fui levantar, senti o mundo girar e me sentei novamente.

Sentia o olhar de Draco a todo momento em mim, mas estava concentrada em levantar sem que caísse novamente.

Alguns segundos depois tentei denovo e consegui.

A passos lentos, caminhei até meu antigo professor, parando em sua frente.

Invoquei o canto do fundo da minha garganta e deixei que as palavras fluissem.

Eu: Irá nos seguir, sem chances de lutar. Fará o que mandarmos sem questionar.

Assim que acabei seu olhar ficou vidrado.

Me levantei e vi Draco olhando minha bunda.

Eu: Meus olhos são aqui - falei apontando para cima.

O lobo rosnou e me encarou.

Sorri agradecida em sua direção e deixei meus ombros cairem.

Eu: Nunca pensei que ficaria grata por alguém me ver nua - brinquei sentindo as lágrimas voltaram a meus olhos.

Draco se aproximou de mim e voltou a forma humana.

Senti seus braços me puxaram para um abraço e desabei ali mesmo.

Eu: Obrigada - sussurrei.

Senti sua mão acariciar meu cabelo e me afastei enxugando as lágrimas.

Draco: Ninguém vai machucar você - garantiu com a voz amena.

Acenti e voltei meu olhar até o homem no chão.

Eu: Vamos embora daqui - falei caminhando até a porta.

Quando sai, percebi que estava em algum tipo de galpão com um quarto só.

Avistei meu carro estacionado ao lado do galpão.

Me virei para Draco que escoltava o homem e ergui uma sombrancelha.

Eu: Você veio de que? - perguntei - não precisa responder - falei quando vi que ia falar a mesma coisa de quando perguntei mais cedo.

Tenho meus meios!

Procurei a chave e a achei na ignição.
Entrei no banco do passageiro e deixei Draco dirigir.

Ele jogou o homem de qualquer geito no banco de trás e assumiu a direção.

Eu: Vamos para uma praia deserta - falei para ele que acentiu.

Encostei minha cabeça no banco e pulei ao sentir sua mão em meu joelho.

O olhei com um olhar culpado e balancei a cabeça.

Eu: Desculpa - falei envergonhada.

Draco: Não tem o que se desculpar - falou calmo.

Sorri e olhei minhas pernas nuas. Nem estou ligando para isso,  sinto confiança vindo de Draco então não me preocupo em estar nua na sua frente.

Alguns minutos depois, Draco parou em frente a uma praia.
Conferi se não tinha alguém e deci com meu ex professor.

Eu: Entra na água - mandei séria.

Olhei preocupada para Draco e suspirei. Ele não exitou em aparecer transformado para me salvar.

Corri até a água e mergulhei sentindo a calda aparecer.
Vi o olhar imprecionado de Draco.

Nadei até o fundo puxando o homem e parei ao constatar que era suficiente.

Eu: Assim como você me fez sofrer vai sentir a mesma coisa de uma maneira diferente - disse.

Mergulhei e puxei sua perna para afunda-lo. Alguns segundos depois ele começou a se debater e deixei que subisse a superfície.
Repetimos esse esquema até me cansar e mata-lo de vez.

Chamei um tubarão que estava perto e ofereci o corpo como alimento.

Assim que ele acabou de comer o corpo, voltei para a praia.

Me arrastei pela areia e esperei minha calda secar.
Enquanto isso Draco me observava encostado no carro.

Quando voltei a ter pernas, usei a água e fiz uma roupa simples para mim.

Entrei no carro e esperei Draco dirigir.
Eu só quero dormir e esquecer tudo isso.

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