Capítulo 4

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Estacionei meu carro na mesma vaga de ontem e logo de cara vi Draco parado na entrada do prédio.

Meu coração parou por alguns segundos e quando voltou estava acelerado.

Pensei em dar meia volta e não ir para a aula, mas não me inscrevi e fiquei aturando um professor que não sabe de nada atoa.

Sai do carro de cabeça erguida e andei calmamente até a entrada.

O olhar de Draco está grudado a cada passo meu, me acompanhando com um ódio incomum. Suas mãos fechadas em punho e seu maxilar travado.

Deixei um pequeno suspiro escapar ao pensar que um homem tão bonito por fora, fosse tão feio por dentro.

Passei por ele respirando seu forte perfume amadeirado e senti sua mão segurar meu pulso com força.

Eu: Solta meu braço - falei calma.

Draco: Você me deve uma conversa - falou me olhando psicoticamente.

Eu: Não te devo nada - falei puxando meu braço - me deixa em paz - rosnei correndo para minha sala.

Sentei na cadeira e logo o professor entrou.
Respirei fundo acalmando meu coração e copiei o que está sendo escrito no quadro.

Fiquei tão preocupada com Draco que não procurei Agatha pelos universitários.
Me repreendi mentalmente e fiz uma jura de procura-la no intervalo.

3 aulas depois, sai da sala e comecei minha procura.

Agatha estava sentada em uma mesa no fundo, mas quando me viu se levantou e veio correndo.

Agatha: Bom dia, fiquei sabendo que é a nova diversão do Draco, eu te falei pra tomar cuidado Blue - falou preocupada.

Eu: O que? - perguntei confusa.

Agatha: A Universidade toda tá comentando sobre você ser a nova vítima do Draco amiga - explicou.

Eu: Eu esbarrei nele ontem - falei dando de ombros - desde então ele não me larga mais - completei bufando.

Agatha: Seu pior erro foi ter esbarrando nele amiga, Draco detesta que encostem nele - falou de olhos arregalados.

Eu: E eu tenho culpa? - perguntei zangada.

Peguei minha comida e me sentei no chão mesmo. Agatha se sentou ao meu lado e passamos o intervalo todo olhando ao redor atrás de Draco.
Mas graças a deusa da lua ele não apareceu.

No fim de tudo, consegui ficar o resto da manhã sem vê-lo.

Quando fui embora, vi que meu carro está todo sujo de tinta.
Arregalei os olhos e vi um pequeno bilhete no parabrisa.

               Isso é o começo!

Amacei o papel e joguei lonje. Ouvi alguns comentários maldosos e fechei meus olhos respirando fundo.

Quando os abri novamente, entrei no carro e dirigi até o lava jato mais próximo.

Passei quase a tarde toda esperando a limpeza ficar pronta.
Gastei um fortuna só pra limpar.

Assim que cheguei em casa, fiz um almoço atrasado e fui arrumar a casa. Com luvas de borracha claro.

Logo depois me sentei no sofá e peguei meu telefone.
Não tem nenhuma mensagem, peguei só pra ficar jogando.
De amiga só tenho a Agatha e minha família nem sabe o que é um telefone.

Nos comunicamos através de uma concha mágica, ela tem o mesmo papel de um telefone só que menos moderna.

Carrego a minha em qualquer lugar que vou dentro da bolsa.

Quando enjoei do jogo, me levantei e fui para o quarto. Vou dormir.

Coloquei um pijama confortável de bolinha e me cobri.

Em alguns minutos estava dormindo profundamente.

Sabe Quando acordamos no meio da noite com uma sensação estranha no peito?
Pois é, eu estou sentindo isso agora.

Me sentei na cama ofegante e tive uma leve sensação de estar sendo observada.
Mas o quarto está vazio, então é só paranoia.

Fiquei durante alguns segundo olhando para o nada até que ouvi o barulho da concha.

Minha mãe está me ligando - pensei confusa.

Estiquei a mão até o criado mudo ao lado da cama e a peguei.

Eu: Mãe? - perguntei curiosa.

XXX: Não minha querida, sua tia - falou com uma voz triste.

Eu: Tia? - perguntei para mim mesma  - o que aconteceu para a senhora me chamar a essa hora? - perguntei novamente.

Tia Tatiana: Meu amor o que tenho para falar agora vai doer muito, mas você terá que aguentar - avisou e ouvi que respirou fundo.

Eu: Pode falar tia - disse me levantando.

Tatiana: Sua mãe saiu junto aos soldados para procurar e prender os monstros que fugiram, a poucos minutos recebemos a notícia que ninguém sobreviveu a missão - falou com a voz embargada.





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Anjo Negro - Vol.1  [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora