Capítulo 7

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Assim que o monstro encostou na cortina de gelo, seu corpo começou a tremer.

Meus soldados gritaram e olharam para mim.
Comemoraram antes da hora, logo depois dos gritos a cortina de gelo caiu e o monstro ainda está de pé.

Arregalei os olhos e dei um passo para traz.

Ok, vamos para uma última alternativa.

Me posicionei de uma maneira estratégica sobrea a areia e comecei um pequeno encantamento com a água.

Irei transferir minha alma e formar um monstro de água do tamanho desse em minha frente.

Não é uma coisa fácil de fazer, mas para derrota-lo faço qualquer coisa.

Senti o tridente balançar e vi quando a água começou a levantar.

Dentre poucos segundos senti meu corpo formirgar e quando percebi estava no mostro de água.

Olhei meu corpo caído na areia, pensando que estava desprotegido e mandei um guarda o proteger.
Peguei o tridente agora grande e sorri.

Agora que estamos de igual para igual, vamos que quem vive - pensei sorrindo para o monstro.

Corri até ele e lancei meu corpo sobre o seu, pegando seis de seus tentáculos e os cortando.

Logo em seguida segurei em sua cabeça e enfiei o tridente em sua boca.

Uma gosma preta escorreu em meu braço e queimou a água por onde passava.

Percebi que ficaria queimado em meu corpo também.

Aproveitei seu momento de dor e alcancei seu tentáculo protegido.
O puxei com todas as forças e separei de seu corpo.

O monstro cambaleou e recuou, me dando brecha para continuar investindo.

Dei um soco em seu estômago e uma rasteira em sua calda. Assim que ele caiu, meus guardas começaram a cortar seu corpo.

Ouvi seus gritos e só consegui sorrir. Deveria ficar triste por ter ajudado a matar alguém, mesmo que seja um monstro.

Mas não estou.
 
Olhei diretamente em seu olho e acabei com sua vida, cortando sua cabeça.

Quando percebi o que tinha feito, sorri não acreditando.
Eu matei um monstro nível 9.

Mas Logo esse sorriso se desmanhcou ao lembrar que esse monstro matou minha mãe.

Olhei o tridente em minha mão e me concentrei em voltar ao meu corpo de origem.

Segundos depois, despertei na areia. Meu corpo está um pouco dolorido, mas nada que o tempo não resolva.

Me levantei e olhei o corpo do monstro morto na água.
Teríamos que levar seu corpo para jogar no poço do infinito. O Local mais fundo do oceano.

Olhei meus guardas em formação e suspirei.

Eu: Vamos embora - falei firme - matamos esse mostro em nome daqueles que morreram tentando - conclui.

Olhei para a mata, me lembrando do outro monstro com quem lutei e respirei profundamente.

Irei descobrir o que ele é, e o matarei por me machucar.

Voltei para a água e apontei o tridente para a carcaça do monstro.
O coloquei em uma bolha de água e comecei a nadar.

A noite já estava aparecendo, então a lua iluminava nosso caminho.
Nos guiando em nosso trageto.

Nadamos a maioria da noite até o poço e quando chegamos o monstro foi jogado ali, para ser esquecido pela eternidade.

Como estamos todos muito cansados, perguntei a meus soldados se queriam uma pausa para dormir. A maioria recusou preferindo ir para suas casas.

Concordei com eles e recomeçamos a nadar.
Na manhã do outro dia chegamos a oceana.

Dispensei os guardas lhes dando uma semana de folga por sua coragem e fui a procura da rainha.

Quando entrei no castelo encontrei minha tia comendo algumas ostras.

Eu: Tia - chamei sorrindo levemente.

Tatiana se virou para mim e arregalou os olhos surpresa.

Tatiana: Blue - susurrou nadando e me apertando em um abraço apertado.

Apontei minha cabeça em seu ombro e suspirei me sentindo em casa.

Eu: Eu o matei - sussurrei em seu ouvido.

Minha tia se afastou e olhou bem fundo em meus olhos.

Tatiana: Se sentiu melhor? - questionou suave.

Neguei com a cabeça e deixei que as lágrimas caíssem.

Eu: Não - falei triste.

Fui levada até meu quarto e me deitei na cama.

Tatiana: Nem sempre matar resolve meu bem - disse acariciando meu cabelo - aprendemos isso da pior maneira possível - falou para si mesma.

Eu: Já matou algum monstro? - perguntei curiosa.

Tatiana: Não meu bem, mas foi algo parecido - sorriu me abraçando e saindo.

Olhei meu tridente no canto do quarto e fechei meus olhos, pensando que tudo não tinha passado de um sonho.




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Anjo Negro - Vol.1  [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora