Capítulo 9

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3 SEMANAS DEPOIS...

𝐒𝐡𝐢𝐯𝐚𝐧𝐢 𝐏𝐚𝐥𝐢𝐰𝐚𝐥

Quase um mês se passou depois daquele dia do baile. Depois daquele vechame que o James passou, eu e ele conversamos e decidimos continuar ficando daquele mesmo jeito mesmo com ele sentindo algo por mim.

Toda vez que transavamos eu não conseguia tirar o merda do Bailey da minha cabeça, na verdade até hoje eu não consigo tirar ele da minha cabeça quando estou com James ou com qualquer outra pessoa, mas fazer o que né.

Minha relação com a Joalin continua a mesma, mesmo ela me falando todo dia do seu relacionamento com o Noah e até chegou a comentar que uma vez o Bailey perguntou por mim. Confesso que eu fiquei toda boba por saber que ele perguntou por mim mas é melhor assim, até porque eu só fui mais uma sem significado nenhum.

Bom hoje era sábado e eu acordei às 07:00 da manhã e vou fazer minha higiene pessoal. Visto uma roupa, bonita até, e fico mexendo em meu celular.

Por volta das 11:00 horas começo a escutar uma gritaria vindo de lá debaixo. Sem ao menos pensar em nada eu desço as escadas com toda a pressa e quando chego na sala encontro minha mãe chorando, meu pai sendo enforcado por um homem moreno que eu não consegui ver seu rosto e logo vejo os dois meninos da festa o Noah e o Josh com mais um menino que eu provavelmente não conhecia.

Termino de descer as escadas enquanto Noah e o Josh me olhavam com um olhar de preocupação é ao mesmo tempo de pena.

Shivani: — O que está acontecendo aqui? – pergunto já ficando preocupada. — SOLTA ELE! – grito me aproximando do meu pai que estava prestes a desmaiar.

O homem moreno que enforcava meu pai o solta na mesma hora que escuta minha voz. Olho para o mesmo e fico sem acreditar. O babaca do Bailey estava na sala da minha casa!

Ele me olha com raiva e ao mesmo tempo surpreso, mas logo abre o seu sorriso sedutor de sempre o que claro não me fez ao menos tirar um pouco da raiva e desespero que eu estava sentindo naquele momento.

Shivani: — Alguém pode me explicar por favor o que está acontecendo? – pergunto desesperada.

Rosangela: — Filha sobe para o seu quarto! – minha mãe diz me puxando pelo braço.

Bailey: — Deixa ela ficar! – ele diz num toma autoritário me fazendo o olhar.

Rodrigo: — Deixa ela ficar Rosangela. – meu pai diz baixo.

Shivani: — O que está acontecendo? Por que vocês estão aqui? – pergunto quase chorando e o Bailey se senta em uma das poltronas da sala e me olha, ele acende seu cigarro e o fuma deixando a fumaça do mesmo ser solta.

Bailey: — É bem simples Patty Girl. – ele diz abrindo um sorriso e eu o encaro séria. — Seu querido papai está me devendo uma grana muito alta e como ele não tem dinheiro para me pagar, pois EU estava bancando vocês, a única forma vai ser matar ele já que ele não tem como me pagar! – ele diz com um sorriso cínico.

Shivani: — Não! Você não pode! Eu vou dar um jeito mas por favor não faz isso! – falo chorando enquanto o mesmo se levantava vindo até mim. Ele para em minha frente abrindo um sorriso e diz.

Bailey: — Eu posso fazer, e eu vou fazer! Agora chega de papo e vamos direto ao que interessa, a e você vai querer ficar aqui para ver a morte do seu querido papai ou prefere subir? A escolha é sua! – ele diz com um sorriso cínico novamente em seus lábios o que me fez quase matá-lo ali mesmo.

Eu não consigo dizer nada então ele pega a arma que havia em seu bolso ainda me encarando e logo mira a arma na cabeça do meu pai.

Rodrigo: — Leva ela! – meu pai diz.

Shivani: — Como assim? – pergunto.

Rodrigo: — Leve ela como pagamento e faça o que quiser com ela! – meu pai diz e o Bailey me olha.

Shivani: — NÃO! – grito chorando. — Eu não vou fazer isso, você não pode fazer isso comigo! – falo olhando para o meu pai.

Rodrigo: — Eu posso sim, só resta ele aceitar! – meu pai diz e eu olho para minha mãe.

Shivani: — A senhora não vai falar nada? – pergunto.

Rosangela: — Vai ser melhor assim. – ela diz e eu fico chorando sem acreditar que os meus pais estavam fazendo isso comigo, praticamente me dando de presente pra ele, na verdade é o que eles estavam fazendo.

Rodrigo: — Eai Bailey, aceita? – meu pai pergunta e o Bailey me olha.

Bailey: — Aceito, mas você vai me dar a metade do dinheiro! – ele diz para o meu pai.

Rodrigo: — Fechado! – meu pai diz e eu fico em choque sem saber o que fazer. EU FUI VENDIDA PRA ELE, LOGO PRA ELE!

Rosangela: — Vai arrumar suas coisas filha, você vai com ele ainda hoje! – ela diz tocando em meu ombro.

Shivani: — Não encosta em mim e nem me chama de filha! A partir do momento que vocês dois me venderam eu não sou mais filha de vocês e muito menos dessa família! – falo e subo as escadas correndo enquanto o Bailey ficava me olhando.

Entrei no meu quarto chorando pegando uma mala e colocando todas as minhas roupas, maquiagens, meus sapatos essas coisas. Eu estava com tanta raiva que comecei a quebrar os quadros, a jogar os vasos de plantas na parede e acabei quebrando o enorme espelho que havia em uma parede do meu quarto e acabo me cortando.

Bailey: — Chega de pirraça Patty. – o mesmo diz com sua voz rouca escorado em minha porta.

O mesmo fica me olhando enquanto as lágrimas insistiam em cair sobe meu rosto. Volto a minha concentração para terminar de arrumar minhas coisas e o mesmo vem na minha direção, ficando do meu lado sem dizer nada.

Shivani: — O que você quer? – pergunto.

Bailey: — Eu vim te ajudar. – ele diz pegando uma blusa que eu estava dobrando e começa a dobrar a mesma novamente.

Shivani: — Eu não preciso da sua ajuda. – respondo seca e sem o olhar.

Bailey: — Mas eu não perguntei, e também eu quero sair daqui o mais rápido possível! – ele diz agora dobrando outra peça minha e eu não respondo nada.

Confesso que a sua ajuda foi bem útil. Quando terminarmos de dobrar tudo eu pego minhas duas malas que por sinal estavam pesadas e logo sinto ele as pegar de minhas mãos.

Shivani: — Me deixa levar isso sozinha, eu não quero sua ajuda! – falo e o encaro é ele não diz nada e desce carregando as duas malas.

Quando chegamos na sala o Noah e o Josh pegam minhas malas as levando para fora enquanto os meus pais vinham na minha direção.

Rodrigo: — Filha... – ele diz tentando tocar meu rosto mas eu desvio.

Shivani: — Não encosta em mim! – falo e ele tenta encostar novamente em mim.

Bailey: — Ela disse pra não encostar nela porra! – ele diz e eu me afasto novamente da sua tentativa de me tocar.

Rodrigo: — Mas ela é minha filha ainda e.. – o Bailey o interrompe.

Bailey: — Você a vendeu para mim, então ela não é mais sua propriedade. – ele diz e sai da minha casa e eu sigo o mesmo para fora de casa.

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Notas finais:

Que o cabaré pegue fogo.

𝖵𝖾𝗇𝖽𝗂𝖽𝖺 𝖺𝗈 𝖽𝗈𝗇𝗈 𝖽𝗈 𝗆𝗈𝗋𝗋𝗈|𝐒𝐡𝐢𝐯𝐥𝐞𝐲 Onde histórias criam vida. Descubra agora